A história das jóias religiosas



As joias são objetos feitos de pedras e materiais naturais preciosos, ou de metal precioso como, por exemplo, joias em ouro, joias religiosas, joias da Terra Santa, cruz em ouro, etc. São objetos finamente trabalhados e que funcionam como acessórios de vestuário, adorno de cabeça, pescoço, orelhas, braços e dedos. Mas será que é possível escrever uma “história das joias”? Como será que elas evoluíram até chagar ao que são hoje? Pesquisando um pouco pode-se descobrir coisas muito interessantes sobre essa evolução.

 

A palavra jóia origina-se no francês, joie ou joyau e significa objeto de material precioso, raro e belo, de grande valor material e sentimental. Procurando em tempos mais antigos encontramos a palavra latina jocale que significa objeto de brincar.

 

As joias aparecem em todos os períodos da história, desde que o homem surgiu na face da terra. Apesar de nos primórdios elas serem criadas para usos mais práticos, como prender peças de roupa, nos tempos mais recentes são usadas quase que exclusivamente para decoração pessoal ou decoração de um ambiente.

 

As primeiras joias eram feitas de materiais naturais como ossos e dentes de animais, conchas, madeira e pedras esculpidas. Nesse tempo as joias eram feitas, sobretudo, para pessoas muito importantes, para demonstrar estatus social e eram, na maioria das vezes, enterradas com seus proprietários.

 

O homem sempre gostou de ser decorado com joias. Isto contribuiu para o desenvolvimento desta grande indústria. A história mostra que há cerca de 40.000 anos, as primeiras joias foram usadas pelos Cro-Magnons, ancestrais do Homo sapiens. Seus colares e braceletes incluíam joias feitas de osso, de dentes e de pedra.

 

As primeiras joias em ouro datam de 3.500 a.C., descobertas na região da antiga cidade de Ur, fundada pelos sumérios, no vale do rio Eufrates.

 

No Egito antigo as joias surgiram ao redor de 1.000 a 3.000 a.C. Eles adoravam o brilho, a raridade e a durabilidade do ouro. Para eles as joias simbolizavam o poder e a classe dominante as usava não somente durante sua vida, mas também após a morte.

 

Na Mesopotâmia as joias eram feitas de metais com pedras brilhantes e coloridas como o ágate, o lápis, o carnelian e o jasper. Suas formas favoritas eram folhas, espirais, cones e grupos de uvas. Interessante que, para os mesopotâmios, as joias eram criadas para adornar as pessoas e também as estátuas.

 

Na Grécia as joias eram feitas de ouro, prata, marfim, gemas, bronze e argila. Inicialmente os gregos foram influenciados pelos europeus. Com o advento do Império Romano na Grécia, em 27 A.C., houve mudanças significativas para esta arte. Os gregos começaram a usar o ornamento mais comum da Roma antiga, que era o broche usado para fixar a roupa. Usaram também o ouro, o bronze, o osso, o vidro e a pérola. Há aproximadamente 2.000 anos atrás, começaram a importar safiras do Sri Lanka e diamantes da Índia. Eles também usavam as esmeraldas e o âmbar.

 

O Império Bizantino continuou a tradição Romana. Para os bizantinos, porém, os símbolos religiosos eram predominantes. Eles preferiam as joias em ouro ornamentadas com gemas. Em Bizâncio, as joias eram usadas principalmente por mulheres ricas enquanto que os homens se restringiam a usarem apenas um anel.

 

Os artesãos Minóicos, habitantes de Creta, produziam suas joias estampadas em finas lâminas de ouro. O contato com os fenícios resultou na fusão de conhecimentos e tendências, surgindo peças com motivos naturalistas e temas ligados à mitologia.

 

A cultura dos celtas, ancestrais dos franceses, criou joias intrigantes e "magnéticas", com um design de espirais e arcos concêntricos de linhas sinuosas, invocando misteriosas forças da natureza.

 

Os bárbaros, uma população seminômade que ocupava o sul da Europa Ocidental, tinha uma cultura bastante elaborada. Na arte em geral e, especificamente com as joias, os bárbaros alcançaram resultados extremamente refinados, produzindo algumas das peças tecnicamente mais elaboradas que se tem notícia na história da arte. Felizmente, o hábito que eles tinham de sepultar os mortos com suas joias permitiu documentar a sua atividade neste campo. As joias mais usadas pelos bárbaros eram os broches, fivelas e fechos em geral. Outro destaque eram as coroas feitas especialmente para os reis e rainhas. Eles tinham grande paixão pelas cores. Toda a superfície dos objetos era coberta por pequenas formas geométricas feitas com pedras preciosas e esmalte. Os desenhos decorativos eram uma mistura de motivos geométricos, de pássaros e desenhos da natureza. A contribuição do povo bárbaro no campo das joias foi muito importante e seus trabalhos podem ser vistos e admirados em diversos museus, em todo o mundo, de forma praticamente intacta.

 

·          Jóias Religiosas

As joias eram utilizadas como fonte de deleite e beleza, mas também tinham uma forte ligação com forças místicas. A principal finalidade das joias, em épocas antigas, era para defender as pessoas do mal. Com o passar o tempo, surge as joias religiosas, como as joias católicas, as joias da Terra Santa, a cruz em ouro, simbolizando a fé das pessoas em Deus e na cruz de Cristo, mostrando a esperança na vida eterna e não mais como amuletos de proteção ou sorte.

 

O homem contemporâneo não poderia desapontar seus ancestrais na evolução dessa arte. Hoje, conhecemos técnicas que nos possibilitam maior liberdade de criação, como a eletroformação, produzindo peças grandes, elaboradas com a maior economia possível de metal, deixando-as leves em peso e custo.

 

As joias acompanham a evolução do homem, mostrando suas expectativas, vida sócio-cultural, tendências, fé, religião e o intercâmbio de civilizações. Hoje, com a globalização, ao criar uma nova joia‚ o artista e seu material sofrem influências de outras culturas e civilizações, distantes no tempo e no espaço, e enriquece-as com visões futuristas.

 

Neste sentido, a produção de joias religiosas também é influenciada pelo passado e influencia o presente e o futuro. Isso acontece especialmente com as joias católicas. Hoje, temos um grande número de joias ricamente trabalhadas que exprimem toda a riqueza, a profundidade e a beleza da fé católica. São joias que servem de adorno pessoal e também de manifestação pública da fé. Assim, toda pessoa que goste de usar joias religiosas, pode adquirir e usar, por exemplo, joias da Terra Santa, joias católicas, ou uma cruz em ouro produzida com uma qualidade e beleza nunca antes imaginadas pelos artistas e artesãos joalheiros da antiguidade.


Autor: Vicente Paulo


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