A verdade dói, e como dói...



O conceito de espírito de época remonta a Johann Gottfried Herder e outros românticos alemães, mas ficou melhor conhecido pela obra de Hegel, Filosofia da História. Em 1769, Herder escreveu uma crítica ao trabalho Genius seculi do filólogo Christian Adolph Klotz, introduzindo a palavra Zeitgeist como uma tradução de genius seculi (Latim: genius - "espírito guardião" e saeculi - "do século"). Os alemães românticos, tentados normalmente à redução filosófica do passado às essências, trataram de construir o "espírito de época" como um argumento histórico de sua defesa intelectual.

Zeitgeist, the Movie (em português: Zeitgeist, o Filme) é um filme de 2007 produzido por Peter Joseph, que apresenta uma série de teorias de conspiração relacionadas ao Cristianismo, ataques de 11 de setembro e a Banco Central dos Estados Unidos da América (Federal Reserve). Ele foi lançado online livremente via Google Video em Junho de 2007. Uma versão remasterizada foi apresentada como um premiere global em 10 de novembro de 2007 no 4th Annual Artivist Film Festival & Artivist Awards.

O filme é estruturado em três seções:

Primeira Parte: The Greatest Story Ever Told (A maior história alguma vez contada)
A primeira parte do filme é uma avaliação crítica do cristianismo. O filme sugere que Jesus seja um híbrido literário e astrológico e que a bíblia trata de uma miscelânea de histórias baseadas em princípios astrológicos pertencentes a civilizações antigas (Egito, especialmente). A atenção do filme se foca inicialmente no movimento do Sol e das estrelas, fato este que é uma das características das religiões "pagãs" (pré-cristãs). É então apresentada uma série de semelhanças entre a história de Jesus e a de Hórus, o "deus Sol" egípcio que partilha de todos os predicados do messias cristão. Há referência sobre o papel de Constantino na formação da Igreja e seus dogmas.
Segunda Parte: All The World's a Stage (O mundo inteiro é um palco)

A segunda parte do filme foca-se nos ataques de 11 de setembro de 2001. O filme sugere que o governo dos Estados Unidos tinha conhecimento destes ataques e que a queda do World Trade Center foi uma demolição controlada pelo próprio Governo norte-americano. O filme assegura que a NORAD, entidade responsável pela defesa aérea dos Estados Unidos, tinha sido propositadamente baralhada no dia dos ataques com exercícios simulados em que os Estados Unidos estavam a ser atacados por aviões seqüestrados, justamente na mesma área dos reais ataques; mostra dezenas de testemunhas e reportagens que sugerem que as torres ruiram não por causa dos aviões, mas por explosões internas e sabotagens; demonstra as ligações entre a família Bush e a família Bin Laden, parceiros comerciais de longa data, entre outras teorias intrigantes e alarmantes acerca da política mundial atual.

Terceira Parte: Don't Mind The Men Behind The Curtain (Não se importe com os homens por detrás da cortina)
A terceira parte do filme focaliza-se no sistema bancário mundial, que supostamente tem estado nas mãos de uma elite de famílias burguesas que detém o verdadeiro poder sobre todos os países a eles associados, e na sua conspiração para obter um domínio mundial total eles tem modelado toda a mídia e cometido diversos crimes, muitos deles encenações para fins ocultos. O filme denuncia que a Banco Central dos Estados Unidos da América foi criada para roubar a riqueza dos Estados Unidos e também demonstra, como exemplo, o lucro que foi obtido pelos bancos durante a Primeira Guerra Mundial, Segunda Guerra Mundial, Guerra do Vietnã, Iraque, Afeganistão, e a futura invasão à Venezuela para obtenção de petróleo e comércio de armamento. O filme descreve a conspiração destes banqueiros, argumentando que o objetivo deles é o controle sobre toda a raça humana através da implantação de um chip localizador e identificador através do qual todas as operações e interações humanas serão realizadas, escravizando por fim a humanidade. Estão secretamente criando um governo unificado, com exército unificado, moeda unificada, e poder unificado, e que servirá apenas aos interesses dessa elite. Segundo o filme, o aspecto mais impressionante disso tudo é que tais mudanças serão aceitas pelo próprio povo naturalmente, pois está sendo manipulado pela mídia.

Em 2 de Outubro de 2008 foi lançado um segundo filme, continuação do primeiro, chamado Zeitgeist:Addendum, onde se trata da globalização, manipulação do homem pelas grandes corporações e instituições financeiras, e que apresenta sua visão da solução para o problema.

Peter Joseph disponibilizou no dia 03 de outubro de 2008 um segundo filme documentário, que daria continuidade aos assuntos tratados por ele no primeiro filme.

Governo? Zeitgeist Addendum

Em Zeitgeist: Addendum, ele parte da premissa que todo o nosso sistema financeiro mundial é criado para que se mantenham as diferenças sociais e para que os mesmos detentores de sua produção (sim, o dinheiro é produzido, criado. Em fábricas!) se mantenham no controle das finanças mundiais.

O filme começa mostrando como funciona esse sistema e como ele cria dívidas em cima de dívidas. Essas dívidas um dia terão que ser pagas. E se não forem pagas, quebras como essa ocorridas agora em 2008 ou como a de 1929 ocorreram.

Muitos presidentes latino-americanos foram dados como comunistas (mesmo se fossem, qual seria o problema (?)) e ditadores pela "história", sendo depostos e até mortos para que um "novo" governo fosse formado e o mundo ficasse livre do medo e de "déspotas" como esses. Na verdade o filme mostra como os governos norte-americanos durante anos influíram em governos de outros países, principalmente nos da América Latina, para que eles não adotassem políticas econômicas e sociais que prejudicassem os interesses econômicos das empresas americanas.

O que torna nosso mundo violento, com diferenças sociais gritantes, tanta pobreza, miséria, depressão, ganância é esse sistema monetário. Para que comecemos a mudar tudo isso, Peter Joseph traça algumas metas e dá alguns exemplos. Nenhuma mudança é fácil, ainda mais se tratando de mudanças globais paradigmáticas como essa. Mas em tempos de crise, como essa, não custa tentar! E uma dessas formas está em divulgar informação. Mostrar para os outros que o nosso buraco é muito mais embaixo. Que é muito fácil dizer que está tudo bem, que as coisas são assim mesmo, quando estamos em posição de conforto. E vou dizer mais... muitos que dizem coisas desse tipo e realmente estão em posição de conforto, diversas vezes se pegam em momentos profundos de crise existencial, depressão, tristeza, infelicidade, dúvidas sem respostas, ansiedade... E por aí vai...

Por isso, sejamos sempre divulgadores de informação! Geradores e mantenedores de debates como esses! Opiniões diferentes para se confrontarem! Sem EcoDebate não há diálogo, sem diálogo não há lógica, sem lógica não há sociedade...

Os filmes:

Zeigeist (legendado em Português)

Zeitgeist addendum (33 idiomas)


Autor: Nelson Tembra


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