FUNDAMENTOS E METODOLOGIAS DO BRINCAR, CUIDAR E EDUCAR.



Para a elaboração deste trabalho foi feito um levantamento digital e bibliográfico acerca do cuidado e educação de crianças pequenas. Através deste são apresentados grandes pensadores e conceitos de infância do decorrer dos séculos e aborda a diferença entre cuidar e educar além da importância do brincar. O professor precisa lidar com os conflitos, com a relatividade dos tempos e com a diversidade. E é para entender, estes pontos citados e administrá-los da melhor forma possível que se faz necessário conhecer a história. Elaborando a linha do tempo foi possível situar na história grandes pensadores e conceitos de infância de cada época. Aprendemos a diferença entre cuidar e educar, além da importância do brincar. Concluímos que é importante distinguirmos a criança à qual estamos nos referindo, porque este é o dado diferencial e fundamental para o nosso trabalho.

Através da linha do tempo anexada no final deste trabalho vimos que na idade média a criança era vista como um adulto em miniatura.

Porém na idade moderna começam a surgir pensadores como Comênio que defendia a educação universal incluindo as meninas, Russeau dizendo que a criança não é um adulto em miniatura, que esta é diferente e necessita de um olhar adequado. Pestalozzi que defendia a idéia de uma escola baseada nos princípios de um lar e Froebel que foi o primeiro a utilizar um brinquedo na educação.

Na idade contemporânea surge Montessori com uma pedagogia baseada na normatização, equilíbrio entre corpo e espírito, inteligência e vontade. Vygotsky com a teoria da zona proximal, a relação entre o que a criança consegue realizar sozinha e aquilo que é capaz de aprender com ajuda. Freinet que defendia uma escola centrada na criança e Piaget que acreditava que a aprendizagem começa quando o indivíduo nasce e termina quando o mesmo morre.

Na idade contemporânea, observamos cada pensador com seu conceito sobre infância, mas todos eles tinham em comum a idéia de que a criança precisa aprender fazendo, que a experiência é o caminho para que a criança alcance o conhecimento e que brincar é o meio de fazer e experimentar.

 A concepção de infância vem se construindo historicamente, não se apresentando de forma homogênea, mas de acordo com a organização econômica e social, em vigor, de cada sociedade.

Conforme o professor e deputado federal Carlos Abi Calil, na aula conversando com o legislativo sobre a educação brasileira, hoje a criança fala coisas que antigamente era inconcebível. A internet faz com que o aluno chegue à aula, carregado de informações. Este não tem mais paciência de ficar sentado apenas ouvindo. A proteção a criança está em excesso. E os pais muitas vezes não tem tempo para o filho porque nos dias atuais ambos trabalham.

Faltam limites em casa e os professores estão sendo podados de dar limites na escola.

Estudamos que na infância da geração passada havia mais segurança e mais criatividade referente a brincadeiras. E que hoje devido a tecnologia a vida adulta é mais precoce.

A criança nos dias atuais possui uma agenda cheia, é marcada pela ausência dos pais tendo como babá aparelhos eletrônicos como a televisão e há pouco contato com a natureza.

A grande barreira para o desenvolvimento infantil é a falta de compreensão dos educadores de que a criança mudou. Esta deixou de ser passiva, tendo uma maior iniciativa, autonomia.

Vimos que cuidar é atender as necessidades, é zelar. Enquanto que educar é ensinar o aprendizado necessário. Aprendemos que estas devem estar interligadas de forma integrada e para que isto ocorra é preciso uma ação conjunta entre os professores, a escola e a família.

Numa entrevista com profissionais da área obtivemos respostas variadas. Uma acha que cuidar é função da creche e educar é função do pré. Outra disse que cuidar é dar comida, levar ao banheiro e educar é tudo que é ensinado.

Na prática o que vemos é a desvalorização do aprendizado infantil pelos próprios profissionais, ouvimos dizerem que é difícil trabalhar com criança porque não se tem muito o quê trabalhar com elas. Falta conhecimento aos educadores.

LINHA DO TEMPO

 

 

 

 

 

 

   Pré-História

 Idade Antiga

   Idade Média

Idade Moderna

 Idade Contemp.

 

 

 

 

 

 

 

   Educação

   Educação

    Educação

     Educação

       Educação

 

    Primitiva

    Oriental

     Medieval

     Burguesa

          Nova

 

 

     Grega

 Renascentista

    Pombalina

      Republicana

 

 

    Romana

 

 

          Militar

 

 

 

 

 

   Nova Republica

 

 

 

 

 

   Redemocr./80

 

 

 

 

 

        Dias Atuais

 

 

 

 

 

 

 

 

Nascimento  de Cristo (Ano 0) Tempo do Rei Herodes

 

 

Séc.XIX    1801-1900

 

 

              Descobrimento

Do Brasil

(1500 DC)

 

Montessori 1870-1952

 

 

 

 

   Séc.XVIII

  1701-1800

 

Russeau

1712-1778

 

Pestalozzi 1746-1827

 

 Froebel

1782-1852

 

Vygotsky

1896-1934

 

 

 

Séc. XVI  1501-1600

 

Comênio 1592 -1670

   Freinet

1896-1966

 

 

 

 

 

 

 

 

 

      

    Piaget

1896-1980

 

 

Crucificação de Cristo no fim da Idade Antiga

 

 

 

Séc. XX

            1901-2000

 

 

 

  

 

 

Dias Atuais

               (2009)

 

 

 

 

A educação primitiva era por intermédio da imitação.

No período da educação oriental surgiu a escrita.

Na educação medieval entre os séculos XV e XVI  temos a criança como miniatura do adulto. Não havia um pensar voltado para a infância, quando crescia e passava a produzir para a família a mesma tornava-se importante. Neste tempo havia um índice de mortalidade muito grande. Neste tempo devido ao surgimento do protestantismo movido por Lutero (Bispo), o homem passou do teocentrismo para o antropocentrismo.     

Com o avanço científico começaram a surgir questionamentos enfraquecendo a Igreja. O interesse ficou mais voltado para o homem.

A educação era privilégio de poucos pois as crianças somavam força no trabalho para a subsistência da família.

 Entre os séculos XVI e XVII surgiu Comênio dizendo que a educação deveria ensinar tudo e para todos incluindo as meninas. Defendia a educação universal.

No século XVII existe um fenômeno chamado paparicação, a criança é vista como um ser ingênuo, um objeto de distração para o adulto. Esta criança precisava de moralização que surge entre os padres, no clero, no sentido de educar a criança. Acreditavam que a criança era presente de Deus e a função da família tinha a função de moralizá-la.

 No século XVIII havia uma atenção mais voltada para o cuidado, pessoas envolvidas na área da saúde procuram combater a questão da mortalidade infantil.

Russeau dizia que a criança não é um adulto miniatura e que esta não podia ser educada pela família o tempo todo. Precisava de um professor. Porém nesta época o custo era muito alto.

A criança é diferente e necessita de um olhar adequado.

Acreditava na bondade natural do homem e responsabilizava a civilização pela origem do mal. Consequentemente o professor deve desenvolver as potencialidades naturais da criança e promover o afastamento dos males sociais. Quando conscientes saberão optar entre o bem e o mal.

Pestalozzi, considerado pedagogo da humanidade, seu conceito era o de ensinar moral, política e religião numa escola inspirada nos princípios de um lar. Reúne crianças soltas na rua em um convento e desenvolve seu método.

Froebel teve dificuldades de aprendizagem, mas, o tio se responsabilizou por sua educação. Após ter tido uma experiência dando aula se apaixonou pela profissão. Este compara a criança a uma plantinha e o professor a um jardineiro. Foi o criador do termo jardim de infância e o primeiro a utilizar um brinquedo na educação, acreditava que os primeiros anos eram fundamentais para o desenvolvimento da infância.  

No século XIX a preocupação não é mais apenas com o cuidado, mas também com a educação. Surgem as concepções de educação e teorias. Montessori cria uma infinidade de materiais didáticos como os blocos lógicos,  livro de textura e material dourado entre outros. Quando a mulher ainda estava na cozinha esta se formou em medicina e depois passou a atuar na educação. Sua pedagogia se relacionava com a normatização, ou seja, interação entre corpo, espírito, inteligência e vontade. Sua teoria era de que a criança precisa aprender fazendo.

A teoria de Vygotsky era a zona proximal, ou seja, tudo que a criança pode adquirir intelectualmente quando lhe é dado o suporte adequado. É a relação entre o que a criança consegue realizar sozinha e aquilo que é capaz de aprender com a ajuda de uma pessoa mais experiente.

Freinet inventou o tipógrafo devido a sua saúde não permitir contato com o giz, era o início dos recursos tecnológicos. Para ele a instituição educacional e a comunidade deveriam se interlaçar, até aqui eram totalmente separadas. O seu objetivo era desenvolver uma escola popular. Era contra o autoritarismo, considerava o respeito mútuo entre professor e aluno, fundamental. Defendia uma escola centrada na criança. Afirmava que a experiência é a possibilidade para que a criança chegue ao conhecimento.

Para Piaget o indivíduo passa por várias fases ao longo da vida, a aprendizagem começa quando a gente nasce e termina quando a gente morre. A escola deve partir dos esquemas de assimilação, promover a descoberta, a acomodação e a construção do conhecimento no processo de adaptação. Seu conceito é que a criança é aquele sujeito que aprende através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo.

Antes do século XX assumia-se que a criança pensava e raciocinava como um adulto e no século XX o brincar é visto como forma de aprendizagem e começa a ser explorada.


Autor: CLAUDIA MAURMANN


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