O chamado da Coréia do Norte



 Com tanta prepotência, arrogância e síndrome de Hitler, o ditador da Coréia do Norte, Kim Jong-il vem diante de todos dar aquele salto forçado para se destacar perante todo o planeta. A provocação partida deste país nada mais é que uma resposta à vários países que subestimaram a sua força política e militar, principalmente aos Estados Unidos. Os mísseis que foram disparados em 2006 no mar entre a Coréia do Norte e Japão, demonstraram seu poder bélico destrutível gerando terremotos que foram detectados no Japão pelos sismólogos do país, chegando na escala richter de 3 a 4 pontos.

Recentemente, a Coréia do Norte lançou dois mísseis de curto alcance a partir da costa leste do país, onde os mísseis lançados são ambos terra-ar e terra-água com alcance de 130 km, além do poder de explosão maior do que os lançados em 2006 em pyongyang. Os terremotos ultrapassaram os 4.5 na escala richter e o Japão mais uma vez sentiu os fortes tremores causados pelos disparos.

Mas, qual o objetivo, o que de fato a Coréia do Norte que mostrar a todos?

O país é pobre e tem-se isolado, possui uma política econômica extremamente fechada, relações internacionais restritas e comunicação controlada. O seu povo perece nas mãos de um ditador que leva o país ao isolamento completo e desprezo perante às Nações Unidas. Os laços que tinham com a China, sua maior parceira, está aos poucos se desfazendo, já que Hu Jintao, presidente da China, condena as atuais atitudes do ditador norte-coreano.

Kim Jong-il herdou o trono de seu pai e foi criado em um regime bastante fechado, rígido, o que não é surpresa para ninguém. Atualmente é presidente de um regime comunista bastante criticado por muitos países, inclusive pelo conselho de segurança das Nações Unidas. Em sua gestão, George W. Bush, soltou farpas ao declarar que a Coréia do Norte fazia parte dos países que compunham o “eixo do mal”. Para Jong-il, isso foi mais que um ataque verbal, foi uma afronta e algo como “chamá-los para briga”.

O atual Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está sentido os reflexos, as atitudes demasiadas e absurdas do governo anterior, que foi típico de uma liderança egocêntrica, prepotente e inconsequente. Felizmente, Obama tem outras intenções, estratégias diferentes para tentar reverter o grande erro de Bush. Em conversa por telefone com o presidente da Coréia do Sul, Lee Myung-bak, o presidente americano prometeu estar a frente na defesa contra a Coréia do Norte. No caso específico, os Estados Unidos tem que ter bastante cautela e controle na tomada de decisões quando o assunto é, “o que fazer para tentar amenizar a situação, amansar o 'gorila fora da jaula'”?

A Coréia do Norte possui um exército de um milhão e não é contando com os reservistas. É um milhão na ativa, bem preparados e super bem equipados, diga-se de passagem. Onde Kim Jong-il consegue recursos bélicos, econômicos, ninguém sabe, pois o país já não recebe mais incentivo financeiro. A única explicação vem do contrabando do mercado negro. As bombas são relativamente fáceis de fabricar, só é necessário o urânio que também pode se conseguir por meio do contrabando.

Não é novidade que a Venezuela e Irã são bons simpatizantes do ditador norte-coreano, pois também possuem muitos aspectos em comum, inclusive o ódio declarado pelos Estados Unidos e a paixão por programas nucleares. O medo paira não somente na parte da Ásia, mas, também na América do Sul com a Venezuela, um dos principais fornecedores de petróleo para os EUA. Se, Hugo Chaves resolver parar de fornecer o diamante negro para Obama, aí sim, Kim Jong-il terá motivos ainda mais convincentes de que pode afrontar os americanos com força máxima. Mas, o próprio, sabe que felizmente ou infelizmente os Estados Unidos tem potência devastadora de destruição e que, por enquanto, ainda não tem essa força suficiente. O que realmente quer Jong-il é mostrar ao ocidente de que seu governo está estável, algo que muitos achavam que iria ser sucedido após sofrer um derrame.

Mahmoud Ahmadinejah, presidente do Irã, declarou não ter acordo de cooperação nuclear com a Coréia do Norte, talvez, para ele, Kim Jong-il só está o ajudando a tirar o foco dos Estados Unidos no Irã transferindo as atenções para a Coréia do Norte. Ahmadinejah prometeu um encontro com Obama na ONU, caso seja reeleito. Não se sabe ainda aonde pode chegar a situação atual, mas sabe-se que, se o grande país fechado e pobre Coréia do Norte quis chamar atenção de todo o planeta, ela conseguiu e conseguiu bem.

Alguns países que não possuem programas nucleares, estão refletindo se vale a pena ou não continuarem com o Tratado de Não-Proliferação de armas nucleares, contando somente com defesa de seu exército e armamentos limitados. O Brasil é um bom exemplo de países como esses. Há cláusulas pétreas na constituição brasileira que proíbe a construção de bombas e a execução de programas nucleares.

O que está acontecendo na Coréia do Norte é análogo a uma briga que começa no meio de uma multidão na praia de copacabana em meio ao show dos Rolling Stones. Um provoca o outro, este então dá porrada no primeiro, e a briga sai de controle e acaba atingindo quem estiver por perto, que com certeza não irá apanhar a toa sem ter culpa. E assim, a briga irá causar um efeito onda, irá se proliferar e dar motivos a outros a começar uma grande confusão.

Se essa “briga” que a Coréia do Norte está tentando causar em meio a vários países que estão perto chegar ao Brasil, o que o nosso país poderá fazer para se defender contra um ataque nuclear? Urânio temos de sobra – inclusive o nosso país exporta urânio enriquecido para França. Mas e as cláusulas pétreas da Carta Magna?

Vale lembrar que no artigo 21, inciso XXIII da constituição brasileira, assegura que “Toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional” (BRASIL, 1988). Já o artigo 60, parágrafo primeiro expressa que A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio”.

Se o Estado decretar estado de defesa como poderá, então, mudar a constituição tal repentinamente para poder proporcionar ao país proteger-se de igual para igual com um país com armamento nuclear?

Bom, o que sabemos é que, por enquanto, estamos felizes do jeito que estamos. Claro que não estamos isolados, também não protegidos, exceto por Deus, claro, mas, temos que estar preparados para uma eventual guerra nuclear ou quem sabe a tal temida e profética terceira guerra mundial.


Autor: Fábio Dourado


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