Transporte Público: Um problema seu, nosso ou da Prefeitura?
Mas o descanso só vem mesmo no momento em que você está em casa, tirando os sapatos, esticando as pernas. Antes de se deliciar com o lar, você, que anda de ônibus assim como eu, assim como centenas de milhares de pessoas, é obrigado a passar por isso: ônibus lotado, algumas pessoas nervosas, bolsas, mochilas, sacolas etc.
É uma situação calamitosa. Essa linha, bem como tantas outras que atendem a população paulista, nos horários de pico, é uma tortura. Aquele que subir primeiro comemora, sempre pra si mesmo, e aqueles que ficam na porta disputam o espaço. A última pessoa sofre: ou ela desce e pega o próximo para liberar a porta, ou ela faz de conta que está tudo bem e fica ali pendurada.
E por quantos anos as pessoas não andaram penduradas na porta? Hoje alguns veículos possuem um sistema em que se a porta não fechar, o ônibus não sai. É um passo na segurança dos passageiros.
Mas e o conforto com o próximo? E a necessidade de um transporte de qualidade? E os investimentos no setor? Cadê?
O problema dos transportes públicos não deve ser depositado apenas no Governo Municipal ou no Estadual. É um sistema em que todos tem sua participação. A população deve ter educação, paciência e consciência de que assim não pode continuar.
Educação por que a população anda com bolsas, sacolas e mochilas que, de tão grandes, ocupam o espaço de uma pessoa. Segurar a bolsa de alguém ou ceder o lugar para uma pessoa mais necessitada já é um grande começo.
Paciência, pois infelizmente nem tudo é como a gente quer. Se existem pessoas para embarcarem no ônibus, a obrigação é aguardar, pois outros também esperaram para que a gente subisse. Não adianta reclamar, xingar, falar alto com o motorista.
E consciência para lutar com educação e paciência por melhorias no sistema, ter consciência que algo está errado.
Não adianta só reclamar dentro de casa. Não adianta pestanejar com o motorista, com o cobrador, com o passageiro do lado. É necessário correr atrás dos nossos direitos e cobrar, sempre, algum retorno dos nossos impostos.
Autor: Hans Misfeldt
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