Introdução à Memória e Aprendizagem



*PERDIGÃO, G. M.

*PRADO, S. S.

**LANA, C. S.

*Discente do curso de psicologia da Universidade Presidente Antonio Carlos – campus Vale do Aço - Ipatinga

**Doscente do curso de psicologia da Universidade Presidente Antonio Carlos – campus Vale do Aço - Ipatinga

Neste artigo é apresentada uma revisão da literatura, através de pesquisas bibliográficas, sobre a memória e seus diferentes tipos como a memória declarativa, memória procedimental e ainda de acordo com o tempo, memória de curto prazo e memória de longo prazo. E alguns outros fatos que influenciam na memória.

Palavras – chave: memória; sistemas de memória; áreas anatômicas envolvidas.
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ABSTRACT

  This article is a review of the literature through bibliographic searches, on the memory and its different types such as declarative memory, procedural memory and in accordance with the time, short-term memory and long-term memory. And some other facts that influence memory.

Key words: memory, memory systems; anatomical areas involved.
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Definir aprendizagem e memória é muito complexo, pois no geral, esses processos são inferidos a partir de alterações comportamentais antes filtrados diretamente pelo sistema nervoso. O armazenamento e recuperação das mesmas estão relacionados com inteligência, no qual faz parte os dois mecanismos que são de extrema necessidade. Os mecanismos cerebrais aprendizagem e memória também estão relacionados a processos neurais responsáveis pela atenção, percepção, motivação, pensamento e outros processos neuropsicológicos. A memória é um mecanismo de armazenamento relativamente permanente de informações aprendidas como conseqüência da experiência presenciada pelo indivíduo. O cérebro processa, armazena e recupera essas informações aprendidas de diversas maneiras, conforme a adequá-las à necessidade do indivíduo.

O processo de aprendizagem é feito em etapas em nosso sistema nervoso, iniciando em memória de curto prazo, memória primaria (que pode ter um estimulo que fortaleça a repetição), memória secundaria (nesse período vem a chamada consolidação, pois é ai que o sistema armazena a informação), memória longo prazo e memória terciária (memória terciária armazena e depois pode ser reativada quando necessária).

A memória pode ser vista por duas categorias: memória declarativa (retenção e recuperação de experiências conscientes, que podem ser colocadas em palavras – declaradas) e memória de procedimentos (memória de habilidades). Para que sejam formadas as memórias declarativas são necessárias todas as partes do sistema límbico: diencéfalo, amídala e hipocampo. As memórias de procedimentos ou memórias procedimentais são àquelas para comportamentos de habilidades independentemente de qualquer compreensão consciente, são aquelas em que mesmo o individuo ter sofrido algum déficit em uma categoria de memória, a categoria de procedimentos ficará intacta, de modo que o individuo não se lembre como, mas saiba executar tal ação. Exemplificando: mesmo um indivíduo que tenha sofrido uma grande perda na memória devido a um trauma ou algo conflitante, este saberá andar de bicicleta, dirigir, escrever; não sabe quando aprendeu, mas sabe executar a ação. Para a formação das memórias de procedimentos temos envolvido as regiões do córtex sensório-motor, do cerebelo e dos núcleos da base.

A memória também pode ser vista em termos de duração, memória de curto prazo e memória de longo prazo. A memória de curto prazo ou memória de trabalho registra e retém informações por um curto espaço de tempo, questão de segundos a minutos. No entanto, essas memórias de curto prazo podem ser convertidas em memórias de longo prazo pelo processo de consolidação. As memórias de longo prazo podem ser armazenadas por dias, anos e podem ser recuperadas posteriormente.

Algumas substâncias também influenciam na aprendizagem e memória, como por exemplo, a Endorfina e Encefalina, que são peptídeos opioides; estes que fazem interferência com o aprendizado e memória, quando envolve um estimulo doloroso, faz com que iniba o aprendizado, pois diminui o componente emocional (medo, etc) da experiência dolorosa, de modo que não tenha a motivação necessária pra que ocorra o aprendizado. Alguns hormônios também influenciam na retenção de informações aprendidas, como por exemplo, a Vasopressina, o ACTH e a Epinefrina que estão relacionados ao stress. Durante as situações estressantes esses hormônios são liberados, de forma que as conseqüências hormonais afetem as memórias que se tem dessas experiências.

A memória tem uma capacidade ilimitada de retenção de informações, estas que podem ser codificadas muito rapidamente, podendo ser armazenadas por muito tempo, de forma que o individuo possa recuperar certas informações depois de muito tempo de desuso destas.

Referências Bibliograficas:

BRANDÃO, Marcos Lira. Psicofisiologia, As bases fisiológicas do comportamento.Ed.Atheneu.São Paulo:2005.p.107-124.

CARLSON, Neil R. Fisiologia do comportamento. Ed. Manole.São Paulo:2002 p.423-465. 7 ed.


Autor: Gabriela e Samia


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