''A EMERGÊNCIA DO MOVIMENTO DOS SEM TERRA NO RN: 1989 a 1994''
“A EMERGÊNCIA DO MOVIMENTO DOS SEM TERRA NO RN: 1989
a 1994”
Baltazar Macaiba de Sousa 1 ([email protected])
1. Universidade Federal do Maranhão - UFMA
INTRODUÇÃO:
O trabalho é uma análise da experiência do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST) no Rio Grande do Norte, durante o período de 1989 a
1994. O estudo resgata parte da historia da luta pela terra, desenvolvida pelo
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra (MST) no RN, durante o período de
1989 a 1994. Escolheu-se este período porque reflete o inicio da formação deste
Movimento, sua organização e atuação no Estado. A preocupação em observar tal
fenômeno surgiu em virtude do MST organizar e dirigir algumas ocupações de
terra, a nível estadual, no ano de 1990. Outro fator decisivo que despertou o
interesse em compreendê-lo foi o contato que se teve diretamente com alguns de
seus militantes e ex-militantes.
METODOLOGIA:
A análise teve como premissa que o MST é uma das manifestações mais
vivas da luta de classe no campo, cujo surgimento está intimamente ligado ao
processo de modernização da agricultura - grande responsável pela expropriação
de milhares de camponeses pobres - e a luta pela reforma agrária, encabeçada
pelo campesinato pobre, numa conjuntura de crise política da sociedade
brasileira. Foi a partir do desenvolvimento das forças produtivas e das
relações entre as classes que se compreendeu as experiências de ocupações
organizadas pelo Movimento dos Sem Terra no RN, cujas principais fontes e
técnicas utilizadas na pesquisa foram as seguintes: fez-se uma pesquisa
bibliográfica, procedeu-se uma pesquisa e a coleta de documentos, realizou-se
entrevistas e a observação dos fatos “in lócus”.
RESULTADOS:
A pesquisa revela a atualidade do problema agrário-camponês, sendo o
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra a expressão máxima,
contemporaneamente, da luta de classes no campo brasileiro, em que camponeses
pobres lutam por ter acesso à terra, em virtude da mesma ser o principal meio
de vida da população rural e está tão ou mais concentrada que outros meios de
produção.
CONCLUSÕES:
Constatou-se de que a reforma agrária é uma questão posta para a
sociedade, por isso deve ser resolvida. Considerando que, de um lado, existem
grandes extensões de terra que não são aproveitadas e, do outro, um contingente
considerável da população camponesa que não tem terra.
Palavras-chave: camponeses, sem-terra, reforma agrária, latifúndio,
capital.
Autor: Baltazar Macaiba Sousa
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