Sociedades Primitivas e Tradicionais: um exemplo a ser seguido para um Desenvolvimento Sustentável



SOCIEDADES PRIMITIVAS E TRADICIONAIS: UM EXEMPLO A SER SEGUIDO PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Rita de Cássia Pires Rodrigues[1]

Resumo

O artigo analisa o modo de vida das populações primitivas e tradicionais aliando-os ao desenvolvimentos sustentável. E ainda, discute, mesmo que resumidamente, sobre a etnoeconomia.Para tanto, analisa o estudo de Cavalcanti (2001), sem se restringir a ele. No atual contexto ambiental, torna-se cada vez mais importante e, principalmente, urgente, encontrar novas formas de desenvolvimento. A forma como as populações supracitadas vivem e sobrevivem a milhares de anos sem agredir o meio onde residem tem se mostrado um exemplo de sustentabilidade a ser seguido.

Palavras-chave: populações primitivas e tradicionais; desenvolvimento sustentável.

PRIMITIVE AND TRADITIONAL SOCIETIES: AN EXAMPLE TO BE FOLLOWED FOR A MAINTAINABLE DEVELOPMENT

Summary

The article analyzes the way of life of the primitive and traditional populations forming an alliance them with the maintainable developments. It is still, it discusses, even if concisely, on the etnoeconomia.For so much, it analyzes the study of Cavalcanti (2001), without restricting him. In the current environmental context, he/she becomes more and more important and, mainly, urgent, to find new development forms. The form as the foregoing populations lives and they survive thousands of years without attacking the middle where you/they live has if shown a sustentabilidade example to be proceeded.

Word-key: primitive and traditional populations; maintainable development.

Introdução

O desenvolvimento sustentável tem se tornado um desafio para a sociedade contemporânea. Os problemas ambientais, sociais, políticos e econômicos são muitos e as soluções, até então, são mínimas e limitadas. A sociedade cada vez mais se desenvolve priorizando o incremento econômico, utilizando-se dos recursos naturais sem considerar suas limitações. Recursos naturais aqui referidos tratam-se não só do meio natural, como é frequentemente aludido, mas considerando todos os organismos bióticos e abióticos e suas interrelações. Sendo o ser humano parte integrante e modificante deste meio.

Na maioria das definições, desenvolver-se sustentavelmente significa saber utilizar estes recursos de forma que os mesmos estejam disponíveis para as gerações atuais e futuras. Tal conceito será discutido mais amplamente no decorrer deste ensaio. Pois, trata-se de uma acepção que é bem mais abrangente e que está além da simples garantia da sobrevivência humana contemporânea e futura.

Desde as constatações de que é preciso viver em harmonia com o ambiente, vários estudos vem sendo realizados a fim de concretizar esta condição para os seres vivos. Porém, a maioria dos estudiosos que trabalham com a temática desenvolvimento sustentável reconhece que o processo é complexo, devido ao modo capitalista e consumista da sociedade atual (RIBEIRO, 2001; FREY, 2001; JARA, 2001). Entretanto, existem sociedades que vivem e convivem com seu meio retirando apenas o necessário para a sua subsistência sem agredi-lo (ARRUDA, 1999; ADMS, 2001; DIEGUES, 2004).

Este artigo parte do pressuposto de que é possível se desenvolver em consonância com o ambiente. Para tanto, é preciso esgotar todas as possibilidades de investigação e o conhecimento dos modelos de sociedades que convive e sobrevivem a milhares de anos sem causar impactos nas regiões onde residem pode contribuir para a aquisição de novos hábitos e adolescer novas atitudes por parte dos seres humanos, consequentemente, viabilizar o tão almejado desenvolvimento sustentado.

Assim, tem por objetivo analisar o modo de vida das populações ditas como primitivas e as consideradas tradicionais a fim de traçar um paralelo entre estas e o desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, o estudo se embasa nas considerações de Cavalcanti (2001) a cerca da temática, porém, não se limita a elas. Procurando, também, analisar outros textos que viessem confirmar (ou refutar) os pressupostos desta investigação.

O estudo se divide em quatro seções: na primeira a economia é analisada sob a ótica da antropologia, da economia tradicional, política, convencional e ecológica. Torna-se relevante analisar o conceito de economia, pois está intimamente ligada aos problemas ambientais e é um dos empecilhos do desenvolvimento sustentável. A segunda trabalha com as populações consideradas como primitivas e as tradicionais, analisando estudos já realizados nesse sentido. E, ainda, apresenta algumas definições para o desenvolvimento sustentável. Em seguida, traça-se um paralelo entre o modo de vida destas populações e o desenvolvimento sustentável. Na terceira, encontra-se o desenvolvimento de uma etnoeconomia, novo campo de estudos que visa estudar a economia, considerando, também, os processos biofísicos existente. A quarta seção destina-se a algumas reflexões finais.

A economia: visão antropológica, tradicional, política, convencional e ecológica

Para melhor compreensão, é preciso entender primeiro o que venha ser economia. Segundo Cunha (1982) a palavra economia vem do latim oeconomia que deriva do grego oikonomía e significa a arte de bem administrar uma casa ou um estabelecimento particular ou público.

Entretanto, Cavalcanti (2001) trabalha com três conceitos de economia, que diferem da definição anterior. O primeiro é de Robbins (1984) que diz ser a economia uma ciência que analisa a conduta humana como uma analogia entre fins e meios insuficientes que têm usos alternativos. O segundo trata-se da definição apresentada por Marshall (1961:1) que aponta a economia como sendo uma análise "daquela parte da ação individual ou social que está mais estreitamente conectada com o alcance e o uso dos requisitos materiais do bem-estar". O terceiro é trabalhado na visão de Knight (1965), e este coloca que a economia constitui em tornar a atividade de uma pessoa ou de uma organização hábil ao invés de desperdiçadora.

Assim, uma economia é a maneira segundo a qual as pessoas utilizam recursos para satisfazer seus desejos. As formas específicas como o fazem mudaram várias vezes ao longo da história, e continuam a mudar (DAVIS e MEYER, 1999).

Contudo, há uma percepção de que as pessoas compram produtos e serviços porque têm necessidades que podem ser satisfeitas através da aquisição dos mesmos. Porém, esta percepção tem levado as pessoas a consumir desnecessariamente, muitas vezes, compram produtos e serviços que na realidade nunca chegarão a serem utilizados, apenas o fazem para garantir uma satisfação pessoal. Este tem se tornado um grande desafio para os educadores ambientais, trabalhar a mudança de atitudes e hábitos a fim de que os indivíduos consumam apenas o necessário, evitando desperdícios e contribuindo para a sustentabilidade do planeta.

Antropologia econômica

Antes de se iniciar a abordagem da antropologia econômica, cabe esclarecer quais são os objetivos da Antropologia. Esta ciência procura interpretar e compreender o homem em nível das populações humanas e em nível das suas diferentes formas de viver em sociedade (BANDEIRA, 2002).

Deste modo, as formas como as sociedades conseguiram - e conseguem - sobreviver no decorrer de sua história é um dos objetos de estudo desta ciência. Portanto, a Antropologia tem estudado o modelo econômico adotado por grupos considerados primitivos, tradicionais, entre outras denominações que recebem os indivíduos que não se comportam como nós, ditos civilizados.

Para Cavalcanti (2001) a visão antropológica de economia baseia-se na fusão de organizações econômicas com as sociais e culturais em sociedades primitivas. O desempenho econômico é percebido como um empenho "... para se usarem recursos tendo em vista a satisfação de certas necessidades (...). Esta percepção está ligada ao mundo microeconômico da satisfação de desejos e produção de bens e serviços".Nesse sentido, os bens não são necessários por eles mesmos, mas pelas relações sociais que sustentam (MARINHO, 2008).

Entre os grupos primitivos as mercadorias ou qualquer outro bem necessário a sobrevivência destes povos não são vendidas e/ou adquiridas em troca de dinheiro. Existe um valor intrínseco neste modo de subsistência, ou seja, os bens e serviços são trocados sem a intenção de ganho ou lucro. Diferentemente da sociedade – civilizada - do consumo que prioriza a obtenção de bens materiais e lucro a fim de garantir seu bem estar.

Economia tradicional

Segundo Campos (2004: 2) "... os desejos humanos não têm limites, por isso, as necessidades materiais da humanidade são ilimitadas. Insaciáveis. Mais ainda, elas multiplicam-se à medida que o ser humano vive mais e vive melhor. Todavia, os recursos econômicos, para fazer frente a essas necessidades são relativamente limitados – são escassos". A economia tradicional sempre priorizou o princípio da escassez dos recursos naturais.

Cavalcanti (2001) comenta que o modelo econômico tradicional está mais voltado para circunstâncias em curto prazo, na importância da adoção de recursos existentes. Suas bases não são sólidas o suficiente para impetrar recursos "ecologicamente sustentáveis" em longo prazo, condição em que é modificável a disponibilidade destes recursos.

Nesta perspectiva, Aktouf (2004 apud Galindo, 2007: 173) discorrem que os "recursos do ecossistema" utilizados pelas empresas são limitados e não são renovados pelas organizações empresariais, tornando-se mais difícil a cada dia obter tais recursos sem agredir ainda mais o ambiente, seja no aspecto ambiental, social ou político. Assim, a economia deve estar pautada na garantia de reposição dos recursos ao ritmo de sua utilização. Pois somente assim, haverá o enfrentamento da atual crise ambiental.

Para Cavalcanti (2001), este é o momento em que uma nova perspectiva econômica deve ser reformulada, de forma que o conceito de desenvolvimento sustentável possa ser considerado de modo rigoroso.

Economia política

O ser humano é detentor de necessidades naturais e individuais, porém, vive em grupo e precisa da colaboração do seu semelhante para satisfazer suas necessidades sociais. Deste modo, a economia política trabalha no sentido de compreender como ocorre essa convivência em grupo. Seu objeto de estudo são as relações sociais, as leis que regem a produção, circulação e consumo de mercadorias (SANDRONI, 2008).

Cavalcanti (2001) apostila que o foco da economia política são as relações sociais de representação de sistemas sociais reservados. Todas as sociedades para se reproduzirem, devem produzir, consumir, distribuir, trocar.

Façamos uma pausa para compreender o que venha ser produzir, consumir, distribuir e trocar neste contexto. Ao produzir, os membros da sociedade fazem com que os produtos da natureza tomem formas adequadas às suas necessidades. Quando distribuem, decidem sobre a quantidade de produtos que devem ser destinados a cada indivíduo. Ao trocar, determina a produção, da qual o indivíduo reclama a parte que lhe foi atribuída pela distribuição. E, o ato de consumir é um termo particular com o qual o todo se completa (BRAZ, 2007).

A produção nada mais é do que um duplo consumo (subjetivo e objetivo). Pois, o ser humano ao produzir, desenvolve suas capacidades, mas também, consome-as no ato de produzir. Do mesmo modo, é o consumo dos elementos naturais, uma vez que, na produção, eles se desgastam e se dissolvem em parte. As matérias primas empregadas perdem a sua configuração e a sua composição natural, ou seja, são consumidas (idem).

Sekiguchi e Pires (1994) articulam que a natureza, neste contexto, é considerada fornecedora oriunda de meios e objetos de produção como desígnio por excelência para qualquer procedimento fecundo humano. As forças naturais são sopesadas como forças produtivas secundárias da cumulação de capital, onde a lei do valor não atua, posto que são forças – naturais - que não contêm trabalho humano.

Economia convencional

Cavalcanti (2001), fundamentado no conceito de Knight (1965: 513), discorre que a economia convencional entende o processo econômico como sendo "o uso de meios deliberados, desenhados ou planejados para a realização eficiente de determinados fins". Para o autor, os economistas visualizam a economia como sendo única em todas as sociedades, ou seja, ela não difere de cultura para cultura. Do mesmo modo, mesmo que não haja um mercado, os aspectos econômicos são considerados como uma situação de troca de uma situação de negócios por outra.

Vejamos o que diz Fernández (s.d.) sobre a economia convencional. Segundo o autor, esta corrente de pensamento, não considera significativo os bens e serviços dos sistemas naturais "até serem avaliados, apropriados e incorporados nos processos de produção e consumo". A vida útil econômica destes recursos se inicia na produção e é concluída depois do dispêndio. Mesmo assim, a ocorrência se dá apenas a um subconjunto destes elementos e processos ambientais, como por exemplo, o oxigênio, a biodiversidade, os ciclos biogeoquímicos, os processos energéticos e de reciclagem de nutrientes entre outros elementos e processos, não são avaliados. A existência econômica destes não existe, já que a economia não os reconhece fazendo parte das funções de produção e consumo. Nesse contexto, os bens e serviços provenientes da natureza não possuem nenhuma especialidade, uma vez que são congruente a absorção de bens e serviços concludentes de todo tipo de atividades.

Corroborando, Capra (2003) comenta que a economia convencional desconhece os conceitos de limites naturais, de capacidade de suporte dos ecossistemas, de equilíbrio ecológico e de valor. Os recursos naturais são vistos como meros instrumentos de estoque de insumos passíveis de mobilização por capital e trabalho. Os fatores de produção, ou seja, o capital, trabalho e recursos naturais, podem ser substituídos entre si, denotando que qualquer limite imposto pela natureza à atividade econômica poderá, de modo indefinido, ser suplantado pelo progresso científico e tecnológico, por meio de novas combinações de capital e trabalho. Já os valores sopesados no modelo convencional, são os que podem ser quantificados e promulgados em preços constituídos em termos monetários nos mercados. O restante, são externalidades desconsideradas do cálculo econômico.

Isto nos leva a refletir que as dimensões fundamentais – ecológicas, sociais, ambientais e culturais – não são consideradas na avaliação econômica, porquanto, não existe a identificação, análise e atribuição de valor a exterioridade qualitativa e sem fins lucrativos. Esta desconsideração dos aspectos sociais e ecológicos e do não lucro por parte das atividades econômicas, tornam-se ineficientes para acompanhar, elucidar e calcular os prejuízos da degradação social e ambiental. Inviabilizando, também, o desenvolvimento sustentável.

Assim, dos pensamentos econômicos até então analisados, pode-se traçar algumas considerações. Em todos os modelos supracitados, os lucros, a produção e o consumo são prioridades. Os envolvidos nos processos, isto é, os indivíduos e os recursos naturais, são considerados parcialmente. O desenvolvimento sustentável solicita que as dimensões sociais, culturais, políticas, econômicas e ecológicas sejam consideradas no incremento de qualquer atividade. Porém, o que se pode perceber é que estas são relegadas – ou nem chegam a ser consideradas – a um segundo plano. Desse modo, os modelos trabalham de forma descontextualizada e sem nexo com os reais objetivos da sustentabilidade do planeta.

Cavalcanti (2001), ao finalizar sua análise dos modelos econômicos supra, atenta para a necessidade de conhecer as manifestações visíveis da realidade a fim de entendê-las. Apoiando-se nas palavras de Herskovits (1965), coloca que é através de uma constante e sucessiva referência cruzada entre proposição e evento, que uma interpretação válida dos dados pode ser extraída, levando ao entendimento dos problemas. Em outras palavras, "veredictos sobre a realidade devem estar alicerçados em elementos e fatos".

Economia ecológica


Cavalcanti (2001) resume em poucas palavras o que venha ser a economia ecológica, ou seja, uma ciência que visa prover o embasamento indispensável para a gestão da sustentabilidade.

Porém, Amazonas (2001) tece um comentário mais amplo sobre este modelo. Para o autor:

A Economia Ecológica funda-se no princípio de que o funcionamento do sistema econômico, considerado nas escalas temporal e espacial mais amplas, deve ser compreendido tendo-se em vista as condições do mundo biofísico sobre o qual este se realiza, uma vez que é deste que derivam a energia e matérias-prima para o próprio funcionamento da economia. Uma vez que o processo econômico é um processo também físico, as relações físicas não podem deixar de fazer parte da análise do sistema econômico, o que a tornaria incompleta. Com isso, a natureza do problema envolve elementos tanto econômicos quanto biofísicos. (...) para o entendimento do funcionamento do sistema econômico e de suas relações com os recursos ambientais, é fundamental a compreensão de seus fluxos e balanços materiais e energéticos, o que coloca em posição de importância central os princípios biofísicos, especialmente os princípios termodinâmicos - Lei da Conservação[2] (Primeira Lei da Termodinâmica) e Lei de Entropia[3] (Segunda Lei da Termodinâmica).

Nesse sentido, os princípios da termodinâmica são utilizados para demonstrar que um modelo meramente extrativista e exploratório de uma economia, que se baseia na importância – plena e ampla – da maximização dos lucros, acaba por gerar cada vez mais entropia, e esta, amplia os três acontecimentos planetários: as quedas das taxas de lucro, a pauperização global generalizada e do sistema capitalista (AKTOUF, 2004 apud GALINDO, 2007). Pressupõe-se que haja uma conexão entre as teorias de sistemas, a termodinâmica e a economia através da correspondência entre energia, trabalho e transformação.

A entropia afeta diretamente – a curto, médio e longo prazo – a continuidade da vida na Terra. Pois faz com que todos os sistemas, inclusive os econômicos, sociais e ambientais, transforme de uma condição de ordem avançando para a desordem. Estas constatações nos levam a ajuizar que o progresso científico, tecnológico e econômico não garantem um mundo ordenado, pelo contrário, quando se pensa que há um ordenamento das coisas, se está desconsiderando a desordem causada pelo desenvolvimento atual, ocasionada exatamente, pela ordenação desse desenvolvimento.

A economia ecológica, ao considerar os processos não só econômicos, mas também, os biofísicos, analisa o desenvolvimento como um todo. Trata-se de uma proposta de desenvolvimento mais coerente e sustentável, pautado no respeito dos valores culturais a fim de reorganizar os ambientes de produção e reprodução das condições materiais dessas culturas. A economia a ser apreendida está voltada para a valorização do patrimônio ambiental, através da constituição de novas analogias de produção, trabalho, geração e repartição de riquezas. E, como coloca bem Coriolano (2003: 162) "o desenvolvimento não se refere apenas à economia, ao contrário, a economia deve ser tomada em função do desenvolvimento".

Populações primitivas e tradicionais e o desenvolvimento sustentável

Passamos agora a analisar a economia no contexto das sociedades primitivas e tradicionais, levando em consideração o modo como estas populações conseguem sobreviver em equilíbrio com seu meio circundante. Porém, antes de traçar um paralelo entre ambos, torna-se necessários esclarecer o que são sociedades primitivas e tradicionais, pois, comumente são consideradas anexas. E, também, aprofundarmos no conceito de desenvolvimento sustentável.

As populações primitivas, ou seja, as que não possuem o mesmo modo de vida dos descritos como civilizados, são habitualmente denominadas: inferiores, tribais, de bando, aborígenes, pequenas, exóticas, rústicas, arcaicas, não-materiais, não-letradas, não-máquina, não-pecuniárias, indígenas etc. (CAVALCANTI, 2001).

Trata-se de uma sociedade que vive em espaços geográficos particulares, com características distintas. Possuem: forte ligação com os territórios ancestrais; identificação e auto-identificação por outros grupos culturais diferentes; dialeto próprio, que na maioria das vezes não condiz com a linguagem nacional; presença de instituições sociais e políticas próprias e tradicionais; sistema de produção, voltados principalmente, para a subsistência. Estes, ainda pertencem a uma sociedade cujo fim último é a reprodução da solidariedade e não a acumulação de bens e lucro, onde os recursos naturais, dos quais dependem para sobreviver, são conservados (DIEGUES, 2004).

Entretanto, Cavalcanti (2001) comenta que estas sociedades não parecem ser depostas de mercados econômicos, porém, nelas, a dádiva[4] justaposta à conduta econômica, vai muito além do acúmen do economista, uma vez que, este, não consegue visualizar a essência desta dádiva.

Já as populações tradicionais são caiçaras, ribeirinhos, seringueiros, quilombolas entre outros. Para Diegues (2004), este modelo de sociedade se encontra inserida dentro de uma sociedade mais ampla, onde as cidades exercem um papel fundamental. Mesmo que dependam em boa parte do cultivo da terra, em certas estações do ano, surge à necessidade de obter dinheiro para a aquisição de produtos nas cidades. Do mesmo modo, acabam dependendo das cidades para sua reprodução social, econômica, cultural, política e, ainda, para terem acesso às inovações.

Nestas populações, os modos de produção são pré-capitalistas, pois o trabalho ainda não se tornou mercadoria, existe uma forte dependência dos recursos naturais e dos ciclos da natureza, em que a dependência do mercado já existe, mas não é total. As formas de manejo dos recursos naturais não objetivam inteiramente o lucro, mas a representação social e cultural (idem).  
 

Corroborando, Arruda (1999) diz que estas populações ocupam espaços e utilizam os recursos naturais, principalmente, para o sustento. A mão de obra utilizada é basicamente familiar e as tecnologias empregadas são de baixo impacto, pois se prioriza os conhecimentos patrimoniais e, comumente, de base sustentável. Nesse sentido, a articulação com as cidades ainda é fraca.

O conceito de desenvolvimento sustentável é recente, por esse motivo, tem sido motivo de muitas altercações nos âmbitos políticos, econômicos e científicos a nível global. Cabe aqui salientar que não pretendemos levantar novos questionamentos a cerca da temática, apenas analisar os já existentes. Como dito inicialmente, a temática sustentabilidade é complexa e de difícil execução. A complexidade existe até no momento de definir o desenvolvimento sustentável, pois são várias as vezes que nos deparamos com conceitos limitados e descontextualizados, que não condizem com o mesmo.

Ribeiro (2001) inicia sua definição de desenvolvimento sustentável da seguinte maneira:


Um dos problemas da vida contemporânea é medir a capacidade que teremos de manter as condições da reprodução humana na Terra. Em outras palavras, trata-se de permitir às gerações vindouras condições de habitabilidade no futuro, considerando a herança de modelos tecnológicos devastadores e possíveis alternativas a eles. Os seres humanos que estão por vir precisam dispor de ar, solo para cultivar e água limpos. Sem isso, as perspectivas são sombrias: baixa qualidade de vida, novos conflitos por água , entre outras.


Na fala do autor, pode-se perceber nitidamente a preocupação com o "ser humano" e as condições viáveis para a sua ininterrupção. Apenas a humanidade precisa de ar, solo e águas limpas. Os demais seres vivos não são considerados. Ainda prevalece a ideia de disjunção entre seres humanos e não humanos. As sociedades humanas não se reconhecem como parte integrante do meio. Todavia, a história tem mostrado que humanos, animais, vegetais, enfim, todos os organismos vivos e não vivos se interrelacionam, formando a biosfera. Qualquer alteração em um de seus componentes compromete a continuidade – de todos – da vida na Terra.

Soffiati Neto (2000: 1) diz que "A natureza, em seu processo de transformação, produz o cérebro humano, que produz a cultura, que interfere na natureza, que muda a cultura, numa relação inter-retro-ativa ou num processo circular complexo (...). Não há mais separação rígida entre natureza e cultura". O reconhecimento da interrelação homem-natureza é o primeiro passo para que os instrumentos de conservação, principalmente, do desenvolvimento sustentável surtam efeito e comece a ser aceito e trabalhado.

Vejamos agora o que diz Frey (2001) sobre o desenvolvimento sustentável. O autor analisa-o em três enfoques: o econômico-liberal de mercado, o ecológico-tecnocrata e o político-democrática. O primeiro parte da correlação entre pobreza e desenvolvimento sustentável. A inópia levaria a uma degradação crescente do ambiente. Então, o crescimento econômico seria a solução viável para diminuir a pobreza e a condição mais ajustada com as reivindicações ambientais.

O segundo, parte do princípio de que a sustentabilidade e o desenvolvimento devem ser planejados. Assim, os problemas ambientais seriem resolvidos mediante o gerenciamento estatal. Considerado essencial para reduzir e/ou evitar a degradação do ambiente pelo crescimento econômico e, ainda, extinguir e reformar os já existentes. As instituições teriam amplas forças de imposição e intervenção. No terceiro, há a existência do respeito e a segurança dos direitos sociais, onde os problemas ambientais e sociais bem como propostas para sua solução são discutidas pelo coletivo social. Esta corrente de pensamento, ambiciona a defesa da humanidade, o que, por conseguinte, também proporcionaria o equilíbrio homem-natureza (idem).

Corroborando com esta vertente, Jara (2001) diz que o envolvimento direto dos indivíduos, tem permitido o acúmulo crescente de informações e de conhecimentos, aperfeiçoando a dinamização do desenvolvimento local, regional e, quiçá, global.

Para Jacobi (2003: 194) o conceito de desenvolvimento sustentável envolve "cálculo econômico, aspecto biofísico e componente sociopolítico, como referenciais para a interpretação do mundo e para possibilitar interferências na lógica predatória prevalecente". Segundo o autor, o desenvolvimento sustentável não se limita as adaptações ecológicas de um processo social, mas sim, de estratégias ou modelos múltiplos para as pessoas, levando em conta tanto as dimensões econômicas como as ecológicas. Redefinindo as relações entre sociedade humana e natureza.

São vários os conceitos de desenvolvimento sustentável, porém, o que se percebe é que ele ainda não está pronto. As dimensões a serem trabalhadas são complexas e envolve mudanças na percepção e comportamento humano, o que dificulta a sua efetivação. Nesse sentido, Figueiredo et. al. (2004) comenta que há de se reconhecer que os problemas que a sociedade enfrenta atualmente são globais, portanto, a humanidade deve enfrentar o desafio de passar por mudanças de atitude, já que os problemas dizem respeito a todos.

O modelo econômico sustentável das populações primitivas e tradicionais

Como vimos anteriormente, a ciência econômica trabalha com a teoria dos bens, mantendo seu foco na relação subjetiva entre consumidores e objetos de desejo. Cavalcanti (2001) fala que nas sociedades primitivas, a economia se refere às relações pessoais, onde a troca de objetos cria certos contextos sociais. Como já citado, as trocas não visam lucros, mas ocorrem devido à necessidade de alguns bens. A lei econômica praticada por estes indivíduos baseia-se no comprometimento da reciprocidade com respeito ao presente que se recebe.

Aliando o modo de vida destes povos ao desenvolvimento sustentável, Cavalcanti (2001) se embasa nas palavras de Hunn e Williams (1982), apostilando que estas populações "não agem passivamente diante do meio", mas gerenciando "ativamente seus recursos, seja através de direcionamento estratégico da ação ecológica ou econômica, via controle social e manobra política, seja por virtude do poder simbólico e do ritual". Estes indivíduos possuem noção do princípio da conservação consciente e planejada dos recursos naturais.

Para Posey (2000 apud Cavalcanti, 2001) o conceito de desenvolvimento sustentável se encontra introduzido nos sistemas de vida dos povos primitivos e tradicionais. Estes sistemas de produtividade sustentada fazem com que estes indivíduos utilizem a mesma terra por milhares de anos. O que vem confirmar o modo de vida sustentável dos mesmos, pois, caso contrário, eles já teriam desaparecido espontaneamente. Cavalcanti (2001) explica que a existência dessas populações sustentáveis assenta-se no seu saber ecológico tradicional.

A partir da análise da destruição e da necessidade de conservação dos recursos naturais, foi possível perceber a existência de populações que utilizavam e ao mesmo tempo, conservavam tais recursos. Esta descoberta só foi possível, a partir das discussões sobre a presença humana nas Unidades de Conservação (UC). Inicialmente, a presença humana nessas Unidades era considerada inviável, pois havia custos com indenizações para a retirada dessas pessoas. Após a realização de estudos nos locais onde existem populações tradicionais, constatou-se que esses indivíduos contribuíam com a conservação do local onde habitavam.

Sanches (1997 apud Adms, 2000: 161) comentam que existem dois aspectos que embasam os pressupostos político-ambientais a favor da continuidade destas populações em áreas protegidas:

... o conhecimento inerente de suas experiências ancestrais sobre a ecologia das espécies e tipos de tecnologia apropriada que lhes permitiram se adaptar e reproduzir-se cultural e materialmente (...); pela existência de uma relação de equilíbrio entre as práticas de manejo e o meio ambiente e de mecanismos culturais conservacionistas que impediriam a depleção dos recursos naturais em níveis comprometedores à manutenção dos mesmos. As populações tradicionais seriam, portanto, responsáveis inclusive pela preservação da biodiversidade.

Portanto, a diversidade ecológica, em muitos casos, foi mantida por causa da diversidade cultural e das técnicas existentes nas comunidades tradicionais (DIEGUES, 1988 apud ADMS, 2000).

Para Figueiredo et. al. (2004: 194) a valorização de "áreas do saber tradicional que, à partida, podem parecer supersticiosas e de senso comum", podem se constituir numa contribuição para a aquisição "de um novo estilo de vida". Para os autores, "a cultura de uma sociedade deve não só ser respeitada, mas também valorizada e explorada em prol de toda a humanidade". Constituindo-se num ponto de partida para o desenvolvimento sustentável. Portanto,

Apenas se podem criar condições para que os humanos desenvolvam uma consciência de pertença e integração no mundo natural, que o sintam como um local do qual fazem parte e não apenas como o palco onde se desenrolam as suas vidas, desenvolvendo um respeito e uma reverência pela natureza idênticas às que possuíam populações humanas que se inspiravam nos modelos e histórias do mundo natural para reger a sua vida (idem).

Cavalcanti (2001) anota que, "se a sustentabilidade deve ser apreendida em termos de duração de um grupo social", as populações primitivas e tradicionais possuem uma gama de lições que contribuem nesse sentido. Uma vez que mostram uma longevidade social extraordinária. Para o autor, "A sociedade industrial é muito jovem para ser considerada sustentável, e os sinais, em toda parte, são de sua insustentabilidade social e ecológica".

O desenvolvimento de uma etnoeconomia

Trabalhar a temática Etnoeconomia se tornou um desafio para nós, pois não se trata de uma nova ciência, muito menos, uma antiga, como diz Cavalcanti (2001). Apoiando-se em Robbins (1984) discorre que "a definição de uma ciência tem quase invariavelmente, não precedido, mas seguido a criação da própria ciência". E complementa aludindo que a etnoeconomia é um novo "campo de trabalho a ser desenvolvido (e corretamente definido)". O próprio autor reconhece a inexistência da palavra na literatura. Mesmo assim, insistimos em procurá-la na bibliografia.

Assim, encontramos um artigo de Teillery (2004: 110) que menciona a etnoeconomia. Procurando justificar a utilização da palavra em seu artigo, diz que esta se tornou necessária por se tratar de um dos instrumentos de análise da etnologia e, esta, por sua vez, analisa os processos econômicos: "Este artículo lleva como subtítulo 'hasta una etnoeconomía de los processos mercantiles', porque se trata del uso de algunos de los instrumentos analíticos provenientes de la etnología para la comprensíon de ciertos processos económicos. Así como al uso de la etnología para el estudo de historia se le denomina etnohistoria, de la misma manera se usa aquí el término de etnoeconomía".

Para Cavalcanti (2001) a etnoeconomia surge para analisar a natureza e o processo econômico através de uma "cosmovisão distinta, orgânica, holista, muito mais em sintonia com o raciocínio da economia ecológica do que com a economia convencional". Por ser esta última, limitada, não suscetível a mudanças qualitativas e não conter a noção biofísica dos processos que regem a vida na Terra.

Reflexões finais

O desenvolvimento sustentável é um desafio, mas não algo impossível de ser praticado. O ser humano possui a incompreensível "mania" de não considerar o seu entorno e as coisas, que no primeiro olhar, pode parecer pequenas e sem sentido. Porém, quando se olha com vagar e mais detalhadamente, o que nos cerca pode estar impregnado de bons exemplos que podem ser facilmente seguidos, tornando nossa existência menos penosa. Quando nos referimos a nossa existência, o fazemos considerando todos os seres viventes e não viventes que vivem e convivem conosco.

Cabe salientar que não estamos sugerindo que a humanidade regresse na história e volte a viver em cavernas, sem os confortos contemporâneos. Mas que adquiram novos hábitos e se espelhem nas sociedades consideradas primitivas e tradicionais, pois estas têm muito a contribuir com a sustentabilidade do planeta.

E como coloca Rodrigues e Silva (2009: 5) "para haver o desenvolvimento sustentável, torna-se cada vez mais urgente a necessidade de se tomar uma atitude a fim de garantir a continuidade da vida na Terra. Seja qual for o modelo a ser seguido e praticado, é preciso começar, utopia ou realidade, o que não se pode negar é que os problemas são reais e merecem a consideração de todos. Qualquer proposta apresentada, viável ou não, fácil de ser colocada em prática ou não, deve ser discutida e analisada". Que tal começarmos a pensar sobre isso?

Bibliografia consultada

ADMS, C. As populações caiçaras e o mito do bom selvagem: a necessidade de uma nova abordagem interdisciplinar. Revista de Antropologia, v. 43, nº 1. São Paulo: USP, 2000.

AMAZONAS, M. de C. Economia Ecológica, 2001. Disponível em: http://www.ecoeco.org.br/conteudo/ecoeco/ecoeco.htm. Acesso em: 11/05/2009.

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BANDEIRA, M. de L. Antropologia no Quadro das Ciências. Fascículo I, 2ª Ed. Cuiabá: EdUFMT, 2002.

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[1] Graduada em Ciências Biológicas (UNIC/PEU – Cocalinho-MT) e pós-graduanda em Educação Ambiental (IAPPE – Cocalinho-MT). E-mail: [email protected].

[2] A matéria ou sua energia não pode ser criada ou destruída, mas apenas transformada.

[3] Num sistema fechado, a entropia nunca diminui. Isso significa que, se o sistema está inicialmente num estado de baixa entropia (organizado), tenderá espontaneamente a um estado de entropia máxima (desordem). A entropia pode ser entendida como decorrente da desordem interna do sistema.

[4] Presentes, doações, donativos, oferendas etc.


Autor: Rita de Cássia Rodrigues


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