Tentando Acertar



Diariamente me vejo diante de situações do cotidiano, nem sempre fáceis de contornar, relevo, deixo passar e com isso vou acumulando desgaste no meu emocional. Nunca me permito chorar perdas e isso é péssimo, a dor é pra ser sentida, pranteada e guardada nos recônditos da alma como uma doce lembrança de algo que passou em um momento de nossa vida. E nesse afã de segurar as emoções pra poupar quem me rodeia, chega uma hora que a razão cede lugar a explosão das emoções, tudo que foi reprimido vem a tona, e nesse instante não há auto controle que resista. Eu já pratico isso há anos, perdas irreparáveis não foram bem administradas e fui deixando pra trás na certeza de que estavam resolvidas, ledo engano, recentemente passei e sempre passo por tudo isso muito só, por situações dificílimas na área do coração, seres queridos amados que partiram prematuramente, projetos de vida que não se concretizaram, falência de situações que eu supunha solidamente estabelecidas e simplesmente acabaram, como tudo acaba um dia, pois tudo e cíclico e nada é eterno. Vou tentar consertar isso em mim, chorar mais, não demonstrar uma força que na verdade não tenho. Deixar transparecer um pouco da minha fragilidade e solidão. Quando digo solidão não me refiro ao fato de isolamento, nos sentimos sós quando nos falta alguém com afinidade suficiente pra dividirmos as alegrias, os pesares, da e receber conselhos. Bem no momento posso contar com 3 anjos em minha vida e é por eles que resolvi expor minhas fraquezas de alma nessa crônica. Vou tentar acertar.

Elsy Myrian Pantoja


Autor: Elsy Myrian Pantoja


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