Um Olhar Crítico sobre os Direitos dos Homens



Em face da tríade: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, proferida por Rousseau ao defender que todos os homens nascem livres, e a liberdade faz parte da natureza do homem, eclodiram vários movimentos históricos que visavam uma busca pela liberdade.

O lema da Revolução Francesa e demais revoluções que lutavam pela mesma ideologia, que serve de base até mesmo para a Declaração Universal dos Direitos Humanos, é o ponto crucial para o "aparecimento"  dos direitos humanos, que são direitos universais, ilimitáveis e naturais que antecedem o próprio ordenamento jurídico, uma vez que é intrínseco a própria natureza humana.

No entanto, a "conquista" da amplitude dada aos direitos humanos não é capaz decontornar a profunda sensação de insegurança que existe em todos os quadrantes da terra, como asseverou Fabio Comparato.

Desde o início do 3° milênio, as pessoas vivem com a sensação de que a qualquer momento poderá eclodir uma terceira Guerra Mundial. Isso ocorre, justamente porque ao longo da história da humanidade, observa-se que as habilidades técnicas dos homens sempre evoluíram.

Porém, os homens nunca conseguiram viver harmonicamente, a essa questão reporta-se a indagação de Kant: a ação do homem é um fim em si mesma ou um meio para atingir outro objetivo?

A corrida bélica se tornou uma competição de habilidades técnicas destrutivas, atualmente são registradas notícias de potências que pesquisam ou possuem armas nucleares com poder de destruir a Terra 5 vezes ou mais.

Contudo, as mesmas são incisivas em não permitir que outras nações possuam tais conhecimentos. Como se a razão fosse algo que pudesse ser destinada somente a um grupo de seres humanos, quando na verdade é o elemento fundamental  da própria condição de existência do ser humano, que nas palavras de Descartes se profetizariam como: ser pensante, por isso vivo.

Baseando-se na mitologia grega, examina-se que o temor de Zeus era na verdade o segredo da evolução da habilidade-técnica do homem, é aquilo que o torna cada vez mais competitivo, o combustível da sua motivação de "criar" é, na verdade, o veneno do sentimento de justiça e da dignidade pessoal.

Apesar dos homens estarem cada vez mais interligados a nível global através dos meios de comunicações, os quais chegam a ser em tempo real, o homem ainda não conseguiu decantar toda a sua essência de ser político.

Felizmente, a razão não é capaz de sozinha dominar o homem, a emoção é a salvação do ser humano, eis que esta faz surgir na mente dos humanos a consciência de que ele são seres destrutivos. Logo, a mente do homem entre em colapso, movido pela vontade de querer viver e a vontade de querer criar e evoluir, ele transforma o mundo em sua semelhança.

Por isso, o mundo está em crise... Porque o mundo, segundo Schopenhauer,  é a representação da vontade humana e assim como Deus criou o Homem como seu semelhante, o Homem "cria" o mundo em sua semelhança, enxergando-o através de um espelho.
Autor: Flávia de Oliveira Costa Andrade


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