DIFICULDADE NA ALFABETIZAÇÃO



ELISANGELA DE BRITO
INTRODUÇÃO Embora para o senso alfabetizar signifique ajudar o aluno a descobrir como funciona o código alfabético, o seu real significado é muito mais amplo e complexo. Em uma definição estritamente operacional: alfabetizar consiste em ensinar o código alfabético de forma que o aluno seja capaz de identificar automaticamente as palavras e ler com fluência, de forma a poder compreender o sentido do que lê. Do ponto de vista prático, o processo de alfabetização deve incorporar a dimensão da motivação e gosto pela leitura, uma vez que a leitura repetida e abundante constitui a fonte mais eficaz para o aluno desenvolver vocabulário e aumentar sua capacidade de compreensão. Do ponto de vista fenomenológico podemos observar pessoas que lêem, mas não entendem o que estão lendo. E também podemos observar o contrário, pessoas que ouvem e compreendem, apesar de não ler. A concepção para alfabetização mais recente, e conseqüentemente atual, surgiu no final da década de 70, resultante de estudos e pesquisas realizadas por Emília Ferreiro e Ana Teberosky. Essa concepção considera que o processo de alfabetização implica numa construção e a apropriação de um objeto conceitual. Por esse motivo não podem ser estabelecidas etapas rígidas. Os níveis de evolução estabelecidos e confirmados na pesquisa de Emilia Ferreiro (FERREIRO, 2001) não podem ser absolutamente, considerados como etapas metodológicas, assim como a proposta dos métodos de alfabetização comumente utilizados por meio escolar. A realidade social, já demonstrava com evidência a desarticulação entre os fins da pedagogia da alfabetização e a diversidade de situações social impostos pelo mundo letrado. Cada vez mais o texto escrito se interpõe entre o cidadão e sua atuação social. No interior da escola, a oportunidade de galgar séries avançadas encontra o mesmo obstáculo para se concretizar, que é o pleno domínio da leitura. Aprender, na ótica construtivista, não é nem copiar ou reproduzir, mas sim a construção e elaboração de sua própria autoria ou ainda representação pessoal sobre um objeto ou conteúdo que pretendemos aprender. Podemos sim, beber da fonte de outros autores sobre determinado objeto que pretendemos conhecer e elaborar, mas nunca copiá-lo, devemos apenas interpretar e tirar a nossa própria conclusão do assunto pesquisado. Aprender a ler, parafraseando o parágrafo acima, não é nem copiar nem reproduzir, mas sim construir e elaborar seu próprio discurso. Enfim, ser autor. Os métodos e paradigmas tradicionais estão sendo questionados, cabe então investigar formas alternativas. Ler e escrever deve ser muito mais do que conhecer fonemas e saber reproduzir graficamente símbolos alfabéticos. Deve instrumentalizar para uma compreensão mais ampla da realidade. É saber ler o mundo, a partir de suas múltiplas linguagem e através dessas muitas leituras saber agir politicamente sobre a realidade que nos cerca. OBJETIVOS Objetivo geral O objetivo deste trabalho é discutir as dificuldades de aprendizagem presentes no momento da alfabetização. Objetivos específicos •Discutir a alfabetização como um processo complexo que não se restringe ao decifrar letras e fonemas. •Aprofundar a discussão sobre o conceito de letramento e alfabetização. •Contribuir para a reflexão a respeito das dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita e suas relações com as práticas pedagógicas, apontando para mudanças que possam enriquecer o ensino e provocar alterações fundamentais e urgentes em nossa sociedade. JUSTIFICATIVA Discutir as dificuldades presentes no processo de alfabetização e de letramento, num país onde, a despeito dos esforços públicos de universalização do acesso ao Ensino Fundamental, ainda são alarmantes os índices de analfabetismo, se apresenta como tarefa primordial. Muitos cidadãos, mesmo possuindo anos de escolarização, não são plenamente alfabetizados. Fenômeno conhecido como analfabetismo funcional. Além de ser passo inicial para a continuidade da escolaridade, dominar os códigos escritos, formais e/ou informais, é imprescindível para o exercício completo da cidadania. Fundamental é então discutir os conceitos, as premissas e as possíveis estratégias visando uma melhor compreensão do processo de alfabetização. MATERIAIS E MÉTODOS A metodologia está centrada na pesquisa exploratória de ordem teórica viabilizada, portanto, através de levantamento bibliográfico. Segundo o autor SEVERINO (2000), o trabalho metodológico está sendo concluído com a realização de estudo por meio de pesquisa bibliográfica e utilizaremos apenas fontes escritas tais como: artigos científicos, revistas e livros, para nos aprofundarmos sobre o tema, através de seus autores. CRONOGRAMA O tempo estipulado para conclusão da pesquisa e conseqüente elaboração da monografia, é de quatro meses, sendo os primeiros dois meses para coleta e leitura de material teórico selecionado, revisão e aperfeiçoamento do trabalho sob a orientação do professor responsável e, posteriormente, nos dois meses restantes será feita a elaboração da monografia, propriamente dita, e a revisão do texto monográfico com as devidas correções. Mês 1Mês 2Mês 3Mês 4 Definição do temaX Elaboração do projetoX Revisão de bibliografiaXXX Elaboração da monografiaxx Revisão do textox Defesa da monografiax REFERÊNCIAS DIONISIO, Angela Paiva. Intertextualidade e multimodalidade na escrita didática. 2006. Disponível em: www.gtltac.com FERREIRO, Emília. Atualidades em Jean Piaget. Porto Alegre: Artmed, 2001. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Leitura e compreensão de texto falado e escrito como ato individual de uma prática social. In: ZILBERMAN, Regina. SILVA, Ezequiel Theodoro da. (orgs.). Leitura: Perspectivas Interdisciplinares. São Paulo: Ática, 2002. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2000. SOARES, Magda. Letramento: Um tema em três gêneros. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. VIEIRA, Ana Regina Ferraz. O seminário: um evento de letramento escolar. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Letras e Lingüística. Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE, 2005.
Autor: elisan


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