Novas tecnologias a serviço da educação



“[...] acho que o uso de computadores no processo de ensino/aprendizagem, em lugar de reduzir, pode expandir a capacidade crítica e criativa... Depende de quem a usa a favor de quê e de quem e para quê.”

Paulo Freire

 

 

 

 

É praticamente impossível pensar a educação sem as novas tecnologia existentes no mundo de hoje.

Antigamente, tudo era mais difícil, as informações demoravam a chegar ao seu destino. Hoje tudo acontece com mais agilidade, a educação jamais poderia ser como no passado. Antes o professor era tido como o detentor do conhecimento, simplesmente passava o conteúdo para os seus alunos, A mente dos alunos era como um depósito de informações onde tinham de repetir a forma de pensar e de agir do professor ou, autor em questão. Não havia critica, o aluno era tido como incapaz de dar sua opinião a respeito de qualquer assunto.

“Enquanto a prática bancária, como enfatizamos, implica numa espécie de anestesia, inibindo o poder criador dos educandos, a educação problematizadora, de caráter autenticamente reflexivo, implica num constante ato de desvelamento da realidade.” (FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987, p.80.)

 

Graças ao avanço tecnológico essa visão mudou, o professor passou a ser o mediador entre o aluno e o conhecimento. O aluno deixou de ser um marionete para ser um sujeito crítico.

Seria impossível esse salto no tempo, se não fosse as novas tecnologias. Como seriam as nossas vidas se não pudéssemos lançar mão da internet, vídeo, filmadoras, celulares etc., para facilitar as nossa vida.

O professor em sala de aula tem que utilizar essas tecnologias a favor do aprendizado dos seus alunos. Para que isso ocorra, o professor tem que se adaptar com as mudanças de um mundo globalizado e, evoluir, procurando aprender a usar essas tecnologias. Se o professor não tomar consciência dessa importância, vai fiar cada vez mais distante dos seus ali=unos e deixando de ser o mediador entre os seus alunos e o conhecimento, dando oportunidade para que, seus alunos aprendam coisas que não beneficiam nem um pouco sua vida educacional.

É necessário segundo Litwin, (1997, p. 33):

 

... encontrar, na tarefa docente cotidiana, um sentido para a tecnologia, um para quê. Este “para quê” tem conexão com o verbo tictein, com a idéia de criação, de dar à luz, de produzir. Como

docentes buscamos que os alunos construam os conhecimentos nas diferentes disciplinas,

conceitualizem participem nos processos de negociação e de recriação de significados de nossa cultura, entendam os modos de pensar e de pesquisar das diferentes disciplinas, participem de

forma ativa e crítica na reelaboração pessoal e grupal da cultura opinem com fundamentações que rompam com o senso comum, debatam com seus companheiros argumentando e contra-

argumentando, elaborem produções de índole diversa: um conto, uma enquete, um mapa conceitual, um resumo, um quadro estatístico, um programa de rádio, um jornal escolar, um vídeo, um

software, uma exposição fotográfica, etc.

 

As novas tecnologias devem ser encaradas como uma forma de emancipação.

O educador precisa estar ciente e, compreender a tecnologia não como um fatalismo, se adaptando a mesma. A tecnologia é criação humana e seu uso deve ser levado em conta, seus benefícios devem ser distribuídos com justiça em prol de uma educação de qualidade.

Todo recurso é muito rico se for bem utilizado, até mesmo uma aula com retro-projetor, um recurso simples, que traz uma série de possibilidades. Ao elaborar as lâminas o professor deve ter cuidado para não utilizar textos muito longos, a escrita deve ser clara e ser utilizado seu conteúdo como esquema do que vai ser explicado.
Um dos recursos mais ricos é o computador, que está muito presente na atualidade. O processo de informatização cresce com muita rapidez, o educador tem como responsabilidade preparar seus alunos para sua utilização em sociedade. São imensas as possibilidades pedagógicas que oferece esse recurso: jogos que desenvolvem o raciocínio lógico, construção de textos, produção de músicas, etc. Muitas de nossas escolas ainda não estão preparadas para a informatização na educação, mesmo as que possuem esse espaço de trabalho ainda enfrentam a resistência de seus profissionais.
“O processo inovador expressa a capacidade do homem em transformar a natureza por meio do trabalho; a mudança tecnológica é a exteriorização desta potencialidade” (KATZ, 1995, p. 9).

Desenvolver o Projeto Político Pedagógico, na perspectiva da Proposta Curricular, no contexto da segunda metade da década de noventa, pressupõe a incorporação das novas tecnologias como mediadoras

instrumentais na construção da práxis pedagógica. Isto implica numa postura não neutra ou apolítica, de não fetichização da tecnologia, mas sim numa compreensão do seu processo histórico de produção, através da atividade de trabalho.

Não podemos negar a presença das tecnologias na nossa vida atual. Cabe a todos, família e educadores, desempenhar seu papel frente a esses recursos, contribuindo para a formação de nossas crianças e adolescentes, preparando-os para o pleno exercício da cidadania.

 Educação e Tecnologia significa ter clareza que de nada adianta termos em nossas mãos a última geração de determinados artefatos tecnológicos, mas sim, ter no profissional da educação o principal ator no processo ensino-aprendizagem. Se ele deve ser problematizador, mediador, inventivo, transformador dos conhecimentos científico, histórico e culturalmente produzidos pela humanidade, deve-se também reconhecer que entre outras necessidades a capacitação deste profissional, que é agente de mudanças, tornem-se prioridades para que os objetivos educacionais sejam devidamente alcançados.

É fundamental que a escola, o professor e o aluno, tenham clareza de quais são os fins ou os motivos da atividade de ensino e de aprendizagem, contextualizem seus objetivos, definam as ações e procedimentos necessários para a consecução desses fins e considerem os objetos ou recursos disponíveis (tecnologias) para o trabalho escolar, partindo de uma análise crítica da realidade, criando condições para a formação da consciência crítica comprometida com a transformação da sociedade.


Autor: Francisca Ferreira da Silva


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