Jornalistas: Rasguem Seus Diplomas



            Simplesmente rasguem seus diplomas. Agora, eles não passam de um pedaço de papel. Isso por que o Supremo Tribunal Federal julgou, enfim, a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. E eles acham que não é necessário.

            Dos nove ministros presentes, apenas Marco Aurélio Mello defendeu que o curso superior de jornalismo é necessário para a formação ética e profissional. Os outros, incluindo o relator Gilmar Mendes, acham que a exigência do diploma não isenta a sociedade de notícias não verídicas.

            E agora, sem a exigência do diploma, qualquer um pode ser jornalista, com livre arbítrio para captar informações, torcê-las e destorcê-las da forma que achar melhor e publicar em diversas mídias possíveis.

            É fato que, nos últimos tempos, o gostinho do exercício da profissão se tornou algo possível para qualquer cidadão, principalmente com os sistemas colaborativos na internet, além dos blogs, sites e centenas de canais em que qualquer um escreve e publica suas opiniões.

            Mas ainda assim, para se exercer a profissão de jornalista é necessário algum conhecimento técnico sim, Sr. Gilmar Mendes. Não basta reunir as informações, organizá-las no papel e publicá-las por aí. Todo o processo de apuração é algo que envolve técnica, ética e profissionalismo, sim.

            Para escrever, temos esse direito. Porém não basta apenas isso, pessoas despreparadas no mercado poderão sim poder comprometer a informação, a verdade, o compromisso com a sociedade.

            Todo bom profissional é muito melhor com diploma – e não é apenas um pedaço de papel, senhores ministros. O diploma é o significado de que aquele profissional tem conhecimento pleno para exercer aquela função. Os senhores cursaram o ensino superior para poderem chegar aonde chegaram, ou seja, se prepararam. Jornalistas também devem se preparar.

            Felizmente, acredita-se ainda que as empresas jornalísticas, compromissadas com a ética e a verdade, irão exigir o diploma de jornalismo. Assim, não desanima milhares de alunos de jornalismo no Brasil a deixar de correr atrás não apenas daquele pedaço de papel, mas de embasamento, de profissionalismo e principalmente, de ética.
Autor: Hans Misfeldt


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