ABENÇOADA FIDELIDADE



ABENÇOADA FIDELIDADE

 

“Foi o coração de asa reto para com o Senhor todos os seus dias” (I Reis 15.14).

 

Se existe “inveja santa”, este versículo a desperta plenamente.

 

Nem mesmo Davi, o homem conforme o coração de Deus, teve o privilégio de Asa.

 

Até Abraão, Isaque, Jacó e outros preeminentes personagens bíblicos tiveram seus dias negativos.

 

Tiveram seus corações desviados do foco principal, e voltados para coisas efêmeras.

 

Mas, Asa teve um coração reto diante de Deus todos os seus abençoados dias.

 

Sabemos que este é o anseio, o anelo glorioso de cada verdadeiro cristão.

 

Verdade. Porém, desde que não foi possível ter o coração reto todos os dias passados, ainda é possível consagrar totalmente o coração para os dias que virão.

 

Alguém poderia dizer que a conduta irrepreensível de Asa teve algo a ver com a sua criação.

 

Hoje em dia dá-se muita ênfase à criação dos filhos. Isto é muito bom.

 

Mas, se a consagração de Asa dependesse do exemplo paterno, ele teria sido um celerado, um verdadeiro pária espiritual.

 

Seu avô foi Roboão, rei infiel a Deus, em cujo reinado aconteceram as mais horríveis perversões e apostasias.

 

Seu bisavô fora um amonita, povo nascido de maneira espúria, da coabitação de uma das filhas de Ló com seu próprio pai.

 

Seu pai foi Abião, homem idolatra e infiel a Deus. O testemunho que a Bíblia dá a respeito de seu pai é frontalmente contrário ao que ela dá a respeito de Asa.

 

“Seu coração NÃO FOI perfeito para com o senhor seu Deus” (I Reis 15.3).

 

Sua mãe, Maaca, foi por ele removida, para não ser rainha, porque havia feito uma horrível ídolo a Asera.

 

Asa desfez o seu ídolo terrível, e o quebrou junto ao ribeiro de Cedrom.

 

Portanto, o exemplo dos familiares de Asa não provia qualquer subsídio para sua virtuosa consagração a Deus.

 

Era algo mais sério e mais profundo.

 

Em toda a Bíblia encontramos pessoas que, a despeito de família desajustada, ambiente hostil, circunstâncias adversas e tentações, reluzem galhardamente como servos fiéis de Deus.

 

É a vitória das origens eternas, daquele que tem raízes em si mesmos, dos vasos de honra, preparados e preordenados por Deus, chamados pelo seu decreto.

 

O rei Asa teve um coração perfeito para com Senhor seu Deus todos os seus dias, desde a mais tenra infância.

 

Nascera com a égide da graça salvadora, com o sinete do amor perene, com o crivo da grandeza eterna.

 

Isto acontece da mesma maneira com todo aquele que se coloca sob o beneplácito do precioso sangue derramado na cruz do Calvário.

 

Já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.

 

Precioso irmão Asa, que seu exemplo maravilhoso possa inspirar a muitos.


Autor: Paulo de Aragão Lins


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