Prefácio Desinteressado



Dizer da poesia de Vicente Jr. é dizer, daqui d'além mar, de mais um raio de sol em terra donde o arakati cicia. Poeta de boa cepa, talvez raspa de tacho, externa subjectivos como devem ser os arautos da boa poesia. Nisso oportuno, é do tipo em que nunca se lhes vão macaquinhos à cabeça. Palavra medida. Lê-lo me faz banzeiro dum Gerardo de Melo Mourão ou dum Pessoa mesmo.

Sinto-lhe rés do chão, simples mesmo, com metáforas onde se lhes vão a alma e o corpo inteiro para a projecção de um sentimento: fazer do mundo um lugar prenhe de poesia. Vêem-se-lhe prestes, nos beijos e sobejos um tanto neo-barrocos, as mais denodadas influências a tangerem-lhe a pena sob a batuta leve da amizade, da elegância, da gratidão aos mestres e do tino social.

Poder-se-ia dizer, sem pejo, com a audácia que tem o sol todos os dias, que é o poeta desconhecido com mais livros não-publicados. Se cada poema aqui falado vier mesmo de um livro outro, será este com razão "o livro de todos os livros", inclusive dos que ainda se estão por escrever.

Dalmo Rosanno

Lisboa, 16 de abril de 2009.


Autor: Dalmo Rosanno


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