Anail, a Centelha



ANAIL, A CENTELHA

I – Eu sei que vou te amar

"... e cada verso meu será / p'rá te dizer / que eu sei que vou te amar / por toda a minha vida..." (Vinicius de Moraes).

Outubro de '69. Tenho 23 anos, um Fusca azul-rei zerinho e superequipado e a memória de 1968, o ano que não acabou – sim, eu estava no Calabouço quando uma bala encerrou a trajetória de Edson Luís.

Sábado chuvoso, fraco de programas. O primo, parceiro de memoráveis aventuras de fim-de-semana, me leva a visitar família sua conhecida. Programa família, mesmo. Fala-me de duas filhas do casal amigo; talvez saiamos juntos – no máximo, chopetiscos e muito papo. E chegamos ao sexto andar de um prédio na São Clemente.

Ao se abrir a porta, sinto-me atingido por uma centelha: há uma terceira filha – a caçula – que o primo não mencionara. Ela usa um vestido verde, um tanto curto, um tanto justo. Senta-se diante de pequena mesa, no hall de entrada, a estudar Francês. Os cabelos, castanho-escuros, caem até um pouco acima dos ombros. Os olhos, puxados, parecem também castanhos. Só mais tarde, ao tê-los bem próximos dos meus, é que descobriria que mudavam de cor, pela luz ou pelo que lhe ia n'alma. E tornavam-se verde-mel, cada vez que nos eletrizávamos, a um simples olhar, um roçar de mãos ou de rostos, uma doce palavra em surdina...Ah, Anail...

Anail é seu nome. Ela me olha séria. O instante se fixa em minha memória, pelo resto de meus dias – o instante em que para sempre me apaixonei. Anail, amor da minha vida!

Não gravo uma palavra qualquer da conversa dos demais. Só tenho olhos para ela. E ela para mim. Sensualmente, levanta um pouco a barra do vestido, para me provocar; mas o faz como que distraída, num jogo excitante em que não sei bem quem é caça, quem é caçador. Levanto-me; abordo-a; ela finge não me dar atenção; num esforço imenso, puxo da memória todo o Francês aprendido no ginásio, bisbilhotando suas lições. Inútil. Não é o Francês que ela estuda, mas a mim. E volto taciturno para casa. O primo nota. Comenta. Sugere cuidado. Ela aparenta quatorze anos, um rosto quase infantil, num corpo de mulher. Mas é tarde: amo-a!

Novembro de '69. Novo convite para visitar a São Clemente. Algo se acende em mim. É a centelha. Concordo de imediato, ansioso por revê-la. Decepção – ela não está! Não está!

Alegria – a campainha toca, anunciando seu retorno. Nova decepção – ela chega, mas...acompanhada. Dou-me conta de que estou enciumado. Enciumado! Todavia, o acompanhante se vai. Não é obstáculo. "Vini, vidi, vinci", penso, recordando lições de História.

Descubro que não tem quatorze, mas dezessete anos. Arrisco um convite, ela desce comigo. Quero mostrar-lhe o Fusca, o toca-fitas alemão, as fitas K-7 americanas, ainda raras e caras no Brasil: Frankie Lane, ultra romântico, em Mam'selle e Music, maestro, please; Stan Getz, Astrud e João Gilberto executam Corcovado e Garota de Ipanema em inglês; na trilha de Dr. Jivago, os brilhantes acordes do velho hino da Rússia czarista; Claudine Longet, apenas ela e o violão, entoando "Tu as beau sourire", exatamente como no "Convidado bem trapalhão", que ela estrelara com Peter Sellers; as orquestrações de Ronn Goodwin na trilha de "Adventure" ...

Sento-me no banco do motorista, abro a porta da direita, mas ela não entra; fica de pé, um dos joelhos apoiado no banco do carona, meio dentro do carro, meio fora, rindo de minhas investidas; e me estuda, e me olha, e me provoca, e a centelha salta mais forte, mas não ouso aproximar-me dela. Pela segunda vez retorno à Tijuca frustrado. E apaixonado.

Sábado, seis de dezembro de '69. Pela manhã, ainda não sei que essa data me marcará pelo resto de minha existência. Compro o último LP dos BeatlesAbbey Road. Pelo resto da tarde escuto Because, Oh! Darling, Octopus Garden...e pelo telefone me chega o terceiro convite para voltar à S. Clemente. Desta vez sairemos, o primo e eu, com as duas irmãs mais velhas. Não é bem o que desejo, mas aceito. Entretanto, o destino galhofeiro põe de cama uma delas, e, de fato, saímos...com Anail no banco da frente, a meu lado. Exulto!

Foi maravilhoso termos dançado no Le Ribleur; foi delicioso dirigir até o Pontal, tomar uma água de coco no Âncora; foi eletrizante segurar sua mão e mantê-la entre a minha e o câmbio do Fusca; mas nada, nada se igualaria àqueles minutos, na porta de seu edifício, meu corpo inclinado para a direita, apoiando-se no banco do carona, ela de frente para mim, meio ajoelhada sobre o banco, meio apoiada no assoalho, as costas contra o pára-brisas...e de repente o silêncio; olhos nos olhos, minhas mãos puxando-a para mim, sua resistência se esvaindo...e o primeiro beijo, furtivo, esquivo, apenas um roçar de lábios...e o segundo, e o terceiro...e quantos mais, naquele instante mágico que nos uniu por todo o sempre.

Envolve-nos o turbilhão do primeiro amor, embalam-nos as noites cálidas do verão carioca; e o Fusca percorre célere as ruas do Rio, levando-nos, em mútuo encantamento, a lugares nunca mais esquecidos, tantos já apenas memória...Quincy, Vagão, Roxy, Zeppelin, Rian, Piscina, Toq / Pot, Miramar, Le Ribleur, Sucata, Teatro da Lagoa, Âncora, Drugstore, Lagoa "Drive-in", Convés, Tarantella...e o "Drive-in" do Joá...ah, o "Drive-in" do Joá...

Mas as águas de março fecham o último verão da década dos sessenta, e com elas vem a mudança da empresa para o centro-oeste. Ah, quem terá inventado o trabalho ?

Embarco na chegada do outono. O YS-11 leva horas para chegar. No aeroporto, adquiro o livro mais apropriado ao momento: Cem anos de solidão, de Gabriel Garcia Marquez...

Em junho, a surpresa. A folga para ir ao Rio. Três meses sem ver a amada. Chego em plena Copa de 70. Brasil e Uruguai. Louco para reencontrá-la, saio cantando pneus com o Fusca, logo após o gol do adversário. Droga! O Rebouças parece infindável. Mas saio dele e entro à direita em pequena rua do Jardim Botânico, onde ela vive agora. Buzino, salto correndo, ela abre a porta, corre para mim. No momento do abraço fantástico, espoucam foguetes por toda a parte – é o gol de empate do Brasil – ou o Rio festeja nosso reencontro ?

São dois anos de distância que se escoam devagar, amenizados por duas idas dela àquelas lonjuras, e outras tantas minhas, ao Rio. Cartas e mais cartas entremeiam esses breves encontros. Colecionamos presentes mútuos – discos e livros, como na Casa no Campo cantada por Ellis; postais, guardanapos de bares elegantes, chaveiros e tantos outros objetos, ao mesmo tempo tão simples e tão significativos, carregados de lembranças fantásticas, de sonhos e esperanças de dois jovens apaixonados...

Janeiro de '72. Retorno ao Rio. Amadureci, naquele trabalho distante e difícil. Desejo Anail com todas as minhas forças; não mais apenas como namorada; quero-a como mulher, esposa, amada, amante, amiga, parceira, cúmplice, companheira...Nossas carícias se tornam mais ousadas. Vejo-a quase diariamente. São os anos do milagre brasileiro, há um clima de euforia, de descontração; a onda "hippie" ainda se faz sentir nas roupas e hábitos; faça o amor, não faça a guerra; e para tanto...surgem os motéis. Sonho em conhecer um deles; com Anail, é claro; hesito; faço o Fusca percorrer as ruas da Barra onde eles começam a surgir; insinuo; surge uma aposta; se ela entrar, eu perco. Perdi!

23 de abril de '72, terça-feira. Dia de São Jorge. Ou de Ogun, o guerreiro. Devoto antigo do Santo, invoco sua audácia. "Audaces fortuna juvat" – "A sorte sorri aos audaciosos" , pregava Virgílio. Anail é de Aries, o signo da audácia. Sem hesitar, entramos no Elmo. Primeiro apartamento à esquerda, impossível esquecer. Como impossível foi esquecer os painéis em motivos japoneses, a louça verde-escuro com desenhos de rosas, o cheiro forte de eucalipto, a luz negra, o suave som ambiental, o Saint-Raphael de cortesia, com amendoins...

Faz frio; ela usa um vestido midi, cinza e negro, gola alta; um tanto assustados com nossa própria audácia, não ousamos muito; nossos corpos ficam apenas semi-despidos. Deito-a suavemente na cama. Inclino-me sobre ela e sinto seu corpo se abrir para mim. Abraço-a, beijo-a...A centelha salta, inevitável, trazendo em segundos o êxtase mútuo...

Ah, Anail...Como descrever aquele instante em que nossos corpos, ainda isolados pelas roupas que receamos despir, fundiram-se espiritualmente, para o resto de nossas vidas ? E mais e mais passaríamos a ousar, até aquele dia em que você me prendeu em seus braços e sussurrou "Quero ser sua..." E você se tornou minha...e eu me tornei seu...

Setembro de '72. Ficamos noivos. O bolo branco, decorado com alianças, é da mesma cor do seu vestido. Sonho em fazê-la minha esposa. Mas ainda é cedo, diz você. Penso em filhos. Você não parece querê-los. Uma sutil dissonância começa a se insinuar em meu espírito. Meu irmão se casa primeiro, mas você rouba a festa, com seu vestido de laise rosa. Mais adiante, num jantar ofertado pelos amigos peruanos, todos só têm olhos para você, de azul, linda...E eu me consumo entre o orgulho pela noiva resplandecente e o ciúme de tantos que tentaram roubá-la de mim...Mas era a mim que você queria...

'73 foi um ano lindo. O estágio nos Estados Unidos, a infinidade de cartas e cartões que trocamos, a volta ansiosa depois de três meses, o abraço no portão, os presentes...Os dólares amealhados cuidadosamente promovem a substituição do velho Fusquinha azul pelo Fuscão verde-hippie, também superequipado, como o anterior, e me permitem ainda dar partida ao antigo sonho, tão embalado: o sala-e-dois-quartos nas Laranjeiras, andar alto, vista eterna para o verde, pequeno e gracioso como você; o prédio leva o nome da padroeira dos músicos, como eu – Cecília; sentindo-me um semideus, decoro-o à sua imagem e semelhança. E quero desposá-la logo, viver com você...Mas você continua a dizer que ainda é cedo. A dissonância aumenta em meu espírito. Só muitos anos depois é que viria a constatar o quanto fui imaturo, por não compreendê-la naquele tempo; e quão madura era você, Anail...

As dissonâncias aumentam, ao final de '73. O encontro dos corpos ainda é magnífico. Mas fora dos instantes de intimidade - de louca intimidade! - o entendimento mútuo se rarefaz...

'74 se inicia com minha viagem por mar ao Caribe. Dois meses. A despedida é fria. Você não me escreve. Entre deprimido e conformado, envio-lhe mensagens de todos os portos; algumas beiram a ironia; um maldito sentimento do tipo quanto pior melhor começa a me envolver. O retorno é diverso dos anteriores. Sem presentes. Sem abraços no portão, sem o espoucar de foguetes. E no penúltimo dia de maio, até hoje sem saber exatamente por que, cometo o maior erro de minha vida, rompendo com você. Acabou-se Anail. Acabou-se Anail!

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II – Onde anda você ?

"...E por falar em saudade / onde anda você / (...) / onde anda esse corpo, que me deixou morto de tanto prazer.../ (...) / Hoje eu passo / na noite vazia / numa boemia sem razão de ser..." (Vinicius de Moraes)

O day after é excessivamente cruel. Impossível pôr de lado o encantamento de quatro anos e meio. Nada me atrai, nem mesmo a música. Mergulho no trabalho. Vendo o apartamento e o Fuscão, que só me fazem recordá-la, e troco ambos por um carraço, um Alfa-Romeo, azul como um de seus mais lindos vestidos. Com ele, como nas Frustrações, de Roberto Carlos, na voz de Timóteo...corro, pelos cantos da cidade / buscando amor, mesmo sem felicidade...Em cada vulto que passa, em cada voz que escuto, penso ver você, penso ouvi-la, rogo aos céus que, do outro lado do telefone que toca, esteja você...Mas é inútil. Anail, minha paixão; noiva querida, minha menininha, minha namorada...Nunca mais!

Assim pensava eu – nunca mais! – Assim pensei por longos anos. Sim, pensei; porque nunca deixei de pensar em você, ainda que o destino me houvesse impingido outros rumos.

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Julho de '90. Cabelos brancos, amadurecimento, sonhos deixados para trás, poucas esperanças. Não, não vou descrever minha vida nesses anos.

Volto a estudar, agora à noite; palestra sobre o Plano Collor; silêncio total da platéia, rompido subitamente pelo ruído de passos; como vários outros, volto-me para ver quem entra; meu Deus! Será Anail ? Não, não era você, mas alguém com a sua imagem. A centelha, por tanto tempo armazenada, salta brutalmente em meu peito. Não, sua sósia não passa por minha vida; vejo-a apenas por um breve instante – o suficiente para reencontrar a chave de nosso baú de memórias; e reabri-lo; e degustar cada uma das lembranças; e não me desvencilhar mais delas. Mas apenas elas. Um desejo me vem de procurá-la, de dizer-lhe o quanto mudei, o quanto queria implorar-lhe perdão...Mas temo fazê-la sofrer outra vez. Fico nas lembranças.

O mesmo destino galhofeiro, entretanto, coloca diante de mim, por puro acaso, um velho catálogo telefônico por endereços. Procuro o nome de um amigo, em rua do Leblon. Súbito, a centelha – deparo-me com o nome de seu pai! Confiro em catálogo novo. E por muitos meses hesito em discar. Onde anda você, Anail ? Residirá ali ? Mas março de '91 chega, trazendo seu aniversário; pretextando cumprimentá-la, telefono, afinal. E selo nosso destino...

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III – Metade de mim

"...E se eu quero partir / você me faz ficar / põe malícia nos olhos e chega devagar / e quando o sangue esquenta / eu não sei mais de mim / esqueço de pensar..." (Alcione)

27 de março de '91...Seu aniversário...Sete da manhã...Uma chuva fina cai sobre o Rio...Eu abrigado pelo orelhão da esquina de Primeiro de Março e Visconde de Inhaúma, enquanto aguardo um táxi...Ligo ? Não ligo ? Ligo ? Não ligo ? A fila se formando atrás de mim...As fichas metálicas - hoje anacrônicas – molhadas, escorregam em minhas mãos...Ligo. Uma voz feminina atende. Sua empregada, soube-o depois.

·"É da residência de Anail ?"

·"É, sim senhor"

·"Ela está ?"

·"Está, sim senhor; um momento".

·"Alô".

·"Feliz aniversário, Anail!"

·"Quem está falando ?".

·"Um Fusca azul te diz alguma coisa ?"

·"Não..."

·"Se eu te chamar de (digo um velho apelido carinhoso), isso te diz alguma coisa ?"

·"Não..."

·"Você foi noiva, não ?"

·"Fui, sim, por quê ? Você é amigo dele ?"

·Não, Anail! Eu sou ele!"

Não, não consigo recordar o choque dessa revelação, dezessete anos haviam transcorrido desde nosso adeus, em '74. O gelo nas veias, de minha parte. Você caindo sentada em seu sofá. A ansiedade louca. O desespero para que as fichas não se acabassem, antes da troca de números telefônicos. E depois...

As primeiras ligações, tímidas, pressurosas...O reencontro fantástico, ao meio-dia, na Praia Vermelha...a pulsação mais que acelerada, a respiração ofegante, a corrida mútua em câmera lenta, o abraço sonhado por dezessete anos, as mãos geladas, a voz trêmula...e depois, uma enxurrada de palavras, um narrar de nossas vidas naqueles anos de distância, e a sensação nítida de que o reencontro não morreria ali, naquele bar; a centelha saltando outra vez, derretendo as armaduras de aço de nossas almas, e fundindo-as numa só...Depois...como dizê-lo, amor da minha vida ? Como explicar a angústia de não saber se deveríamos prosseguir ou parar ? Como decidir entre o coração e a razão, mas afinal optar pelo primeiro, e deixar que a vida nos levasse outra vez...Como traduzir a dúvida sobre se nossos corpos deveriam se unir de novo, e como descrever o momento em que eles inevitavelmente o fizeram ? E como estampar o impensável medo de outro adeus ?

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IV – É o amor

"...Você é minha doce amada, minha alegria / Meu conto de fadas, minha fantasia / A paz que eu preciso p'rá sobreviver.../ Eu sou o seu apaixonado de alma transparente / Um louco alucinado meio inconseqüente / Um caso complicado de se entender..." (Zezé di Camargo e Luciano)

E tantas vezes retorna o marcante seis de dezembro, nos últimos anos do século que findou, nos primeiros da centúria que iniciou...Pouco importa, é seis de dezembro outra vez... E aqui neste nosso refúgio, celebrando mais um acréscimo à contagem de tempo que nos eletriza, depois de amá-la com fúria, e de ser amado por você com igual vigor, vendo-a assim, seus cabelos agora longos e menos escuros se espalhando contra os lençóis, com cujo alvor contrastam...O mesmo rosto de menina, o mesmo corpo de mulher, com as formas perfeitas, que os anos não conseguiram desfigurar...Olhando-a com ternura, retribuindo o sorriso que você me lança, segurando suas mãos entre as minhas, recebendo de você as carícias mais profundas, os beijos mais longos e doces... Aqui, a névoa cinza-azulada de meu cigarro me envolve e conduz ao túnel do tempo...

Tantos anos, desde o telefonema que nos reaproximou...Bem mais do que todo o tempo que passamos juntos, na juventude...

Aqui, agora, tendo-a nos braços, como que escuto sua voz, a repetir o poema que, quando ainda distantes um do outro, lia e relia, na esperança de reencontrá-la:

"Neste momento, penso em você / E então quisera me transformar em vento / E se assim fosse, chegaria agora, como brisa fresca / E tocaria de leve sua janela; / E se você me escutar / E me permitir entrar / Em você vou me enroscar / Quase sem a tocar... / Vou roçar os seus cabelos / Soprar mansinho em seus ouvidos / Beijar sua boca macia / Embalá-la em meu carinho... / Mas eu não sou vento.../ Agora sou só pensamento.../ E estou pensando em você! / E se abrir sua janela / Eu estou chegando aí / Agora...neste momento.../ Em pensamento...no vento!"

Mas eis que sinto saltar a centelha, forte como nunca...E mergulho nos braços de Anail...


Autor: Gil Ferreira


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