Carta aos Judeus



Eu, Jeane Kátia, estou lendo a apostila "porque os judeus não aderem ao NT" e, é com tristeza que percebo o mal que causaram aqueles que se fazendo valer das palavras de Jesus, fizeram coisas que nada tinham a ver com Jesus, sua mensagem e, caráter e, com isso, serviram de empecilho impedindo que muitos viessem a compreender a mensagem do Evangelho. Eu falo sobre isso em meu livro e, realmente, é uma pena! Quanto aos pais da Igreja, eu não creio que eles tenham agido de má fé. Creio que eles não vigiaram e, acabaram por perder a visão neo-testamentária. No antigo testamento, vemos também esse tipo de coisa - a pessoa não vigia e, quando se dá conta, ai, ai e, conosco também não é diferente. Ao meu ver, os Pais da Igreja acabaram se deixando levar por interesses políticos. Quanto a Constantino, por certo, ele nunca se converteu; para mim, as intenções q ele teve estão muito claras e, a igreja e, seus líderes caíram direitinho. Só há um Ser incorruptível e, esse Ser é Deus. Nós, meros mortais, somos corruptíveis e, o poder os corrompeu.

Fato é, que o cristianismo não é uma religião anti-judaica, até por que, a raiz do cristianismo está no judaísmo e, além disso, cremos que Jesus é o Messias anunciado pelos profetas. Olha, eu nasci e, me criei no meio evangélico e, desde pequena aprendi, que na verdade, quem matou Jesus, foram os meus pecados (que cometi, cometo e, que ainda cometerei) e, isso fica claro no Novo Testamento. Historicamente falando, não há como negar que foram os judeus (LÍDERES religiosos da época) com sua ação que o crucificaram, mas também, os discípulos, pois, não apenas a ação daqueles líderes religiosos, mas também, a omissão dos discípulos e da multidão (mas devo lembrar, que a crucificação foi necessária).

Na verdade, os judeus a que se refere o NT, inclui a multidão judaica apenas em termos de omissão. Fato é, que os líderes religiosos judaicos daquela época, perderam a visão, da mesma forma, que, posteriormente, os pais da igreja perderam, quando se uniram a Constantino. Percebe onde eu quero chegar? Quantas vezes, homens de Deus no Antigo Testamento a perderam? Não foi nenhuma e, nem duas vezes! E, por esta razão, Deus sempre os chamava ao concerto. O casamento da Igreja com o Estado Romano e as motivações políticas dos líderes da igreja (posteriores aos discípulos e a Paulo), só nos mostram que não somos melhores do que os judeus. Há uma música evangélica que fala sobre isso, o titulo é: Jerusalém e eu". A letra dessa música deixa isso bem claro. Até por que, tanto nós (igreja) quanto os (judeus), perdem e, estão sujeitos a perder a visão daquilo que Deus revelou. Isso acontece comigo e, por certo, acontece também com você.

No que diz respeito à missão sacerdotal, houve uma substituição sim, e isso eu não posso negar, até por que, os gentios precisavam ser alcançados, para que se cumprisse a promessa de Deus a Abraão, que diz: “Em ti, serão benditas todas as nações”. Porém, houve ali uma substituição, APENAS em termos de missão e, isso sempre foi deixado muito claro no meio cristão e no evangelhos. Isso por que, a benção de Deus sobre Israel jamais foi revogada e jamais será. Note, que nem os discípulos, a exemplo de Pedro, ainda não haviam conseguido entender a abrangência da missão que lhes era entregue e, o NT deixa isso bem claro, quando, por exemplo, narra o relato de Atos capítulo 10 (Pedro na casa de Cornélio). E, fica claro, que Pedro, a exemplo do profeta Jonas (AT), precisava entender que a missão dada por Deus, incluía os gentios também serem alcançados.

No que diz respeito à substituição em termos de missão, observe o que o apóstolo Paulo, nos diz: "se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também os ramos o são. E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles, e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, Não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. Está bem; pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé. Então não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que não te poupe a ti também. Porque, se tu foste cortado do natural zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira! Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades. E esta será a minha aliança com eles, Quando eu tirar os seus pecados. Assim que, quanto ao evangelho, são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos pais. Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento. Porque assim como vós também antigamente fostes desobedientes a Deus, mas agora alcançastes misericórdia pela desobediência deles, Assim também estes agora foram desobedientes, para também alcançarem misericórdia pela misericórdia a vós demonstrada. Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia (Romanos 11:16-32).

Biblicamente falando, nós, os gentios, somos os cachorrinhos que, aguardavam à beira da mesa as migalhas do Pão servido aos judeus (Mateus 15:26 – 27). E, para que estes cachorrinhos fossem também alcançados, foi necessário o rompimento com o judaísmo, mas, não um rompimento em termos de substituição, tipo assim: Deus agora ama a igreja e, não mais quer saber de Israel (isso não existe, não é verdade e, em nenhum momento, o Novo Testamento diz isso). Até por que, o NT deixa claro que era necessário que o Evangelho fosse anunciado primeiro aos judeus e, Jesus confirma isso.

Olha, qualquer um que tenha difundido uma idéia anti-semita, é tudo, menos um cristão de verdade. Pois, qualquer cristão que se preze e, que tenha entendido a mensagem de Jesus, tem que saber que Deus nunca desistiu de Israel e, nunca desistirá. Pelo contrario, no meio cristão, tenho aprendido desde cedo que devemos orar para que haja paz em Israel e, aprendi, inclusive, que quem abençoa Israel será abençoado e, quem o amaldiçoa será amaldiçoado.

Acerca dos sacerdotes do AT e, do Ministério de Jesus, o autor do livro aos hebreus, capítulo 7, faz a seguinte afirmação: [22] "De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador. [23] E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer, [24] Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo". 25 Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.  26 Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus;  27 Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo. 28 Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre”.

Lembra de quando Deus orientou que Abraão fosse ao monte Moriá com seu filho, a fim de lhe oferecer um sacrifício? Ele não teria que levar um cordeiro, por que, na hora, Deus haveria de prover. E, Abraão, pela fé obedeceu. O fato é que Deus nunca quis que Abraão sacrificasse seu Filho, apenas estava provando sua fé: "O cordeiro, Deus proverá". Nós cristãos sabemos que nem todos os sacrifícios feitos pelos sacerdotes nos tempos do AT eram para remissão de pecados, porém, naquele caso específico, aquele cordeiro que o SENHOR proveu naquele momento, era uma alusão ao sacrifício de Cristo na cruz do Calvário, em cumprimento a Isaías 53. Não apenas este caso específico era uma alusão a Ele. Medite e, analise antes de refutar. Por esta razão e, por outros motivos, entendemos o que Jesus quis dizer, quando disse: Eu não vim para abolir a lei e os profetas, e sim, para cumpri-los. Até por que, a Regra é que sem derramento de sangue, não há remissão para o pecado. E assim, Aquele q criou a regra, voluntariamente, submeteu-se a ela, por amor à humanidade. EU SOU o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai, senão por mim. Este EU SOU te lembra alguma coisa? Pense nisso!!! Até por que, Jesus afirmou: “Antes que Abraão existisse EU SOU.

Mas, onde está o cordeiro??? Deus proverá!!! E, proveu. Jesus: Um cordeiro santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus; por esta razão, Ele é chamado no NT de "O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". Ele é a nova Aliança [Jeremias 31:31 e, Lucas 22:20].

No que se refere à questão judaísmo x cristianismo, não se trata de uma questão de qual é a certa e, de qual é a errada, e sim, de uma situação de cumprimento, visto que, no Novo Testamento, em que o Verbo se fez carne e, habitou entre nós, a fim de se oferecer em Sacrifício, perfeito, necessário e único, cumpri-se a Lei e os profetas.

Nenhum cristão que se preze nega o Anitgo Testamento, pois, segundo o relato neo-testamentáiro, o AT se cumpre no NT. O fato é que Jesus é a expressa imagem do Deus Vivo e, assim, quando eu quero saber como Deus é, tudo o que faço é olhar para Jesus: Um Deus que se importa e, que tem muito mais prazer na benignidade do que na ira. Ele é o Grande EU SOU que se revelou a Moisés no deserto.

Quanto à confiabilidade das Escrituras, levo em conta, o seguinte: Bíblia! Que outro livro apresenta características tão peculiares quanto ela? Veja algumas destas características : “única em coerência (de Gênesis à Apocalipse, não obstante tratar de centenas de assuntos controversos, nota-se que há uma única história que vai se revelando: "a redenção do homem por parte de Deus", e, olhe que ela foi escrita num período de aproximadamente 1.500 anos, por autores, muitos deles, de contextos e épocas muito diferentes, isso, sem citar que em três continentes e línguas também diferentes); além disso, ela é única em circulação, tradução, sobrevivência (que outro livro suportou maiores ataques? e, que outro livro possui mais provas em termos de manuscritos?), única também nos ensinos e, na influência sobre literaturas (que outro livro inspirou tantas literaturas?)”. Só sendo a Palavra Revelada de Deus, escrita aos homens, para ter resistido a tanto tempo e ataques. Há mais razões, por enquanto, cito estas apenas.

Levo em conta também, a Soberania do Deus Vivo que quis se revelar à humanidade. Foi do interesse dEle se revelar e, sendo esta Sua vontade, nada haveria de Lhe impedir. Em razão de nossa deficiência em apreender o Todo acerca de Deus, foi necessário que Sua revelação ao homem se desse de forma gradativa e, isso fica claro, inclusive, no Antigo Testamento. Ainda no que concerne à confiabilidade das Sagradas Escrituras, outra coisa que considero é o fato de que elas não escondem os erros e as dúvidas daqueles envolvidos em seus relatos, muito pelo contrário. Se o objetivo fosse a manipulação, não faz sentido tais informações estarem contidas nela. Note, porém, que essa transparência está presente tanto nos relatos do AT quanto nos relatos do NT. Mas, há outras razões que apontam para sua confiabilidade.

Além disso, no que concerne aos relatos neo-testamentários, a dificuldade que os discípulos tiveram de entender a abrangência da mensagem de Jesus (compreensão que só veio a se expandir após a ressurreição), é uma prova de que eles não tentaram construir uma farsa. Até por que, eles mesmo tinham dificuldades de assimilar estas mensagens, justamente, pelo apego que tinham à tradição judaica. Lembra da narração no livro de Atos, acerca da ida de Pedro à casa de Cornélio? Pois é... É por aí!!! Com o tempo, os discípulos foram conseguindo compreender a mensagem de Jesus e, só quando isso aconteceu, estiveram dispostos a morrerem por amor ao Evangelho.

Quanto ao relato neo-testamentário da ressurreição, analise o seguinte: Após a crucificação, os discípulos estavam todos escondidos com medo de serem perseguidos pelo império romano, no entanto, três dias após a crucificação, aconteceu algo, que é a única coisa que justifica homens covardes terem se tornado ousados pregadores do Evangelho, a ponto de, pacificamente, estarem dispostos a morrerem pelo Evangelho. Só a ressurreição de Jesus explica tal mudança na vida daqueles homens. Eu te pergunto e, espero uma resposta franca: quem morreria por uma farsa? Eles foram açoitados, perseguidos, presos, mortos e, de forma pacífica, aqueles homens anunciaram o Evangelho, que até os dias de hoje tem transformado vidas em todo o mundo.

Observe o que disse o historiador Will Durant, acerca dos discípulos e de Jesus: "Que uns poucos homens simples pudessem em uma geração, ter inventado uma personalidade tão poderosa e atraente, tão sublime e ética, e uma visão tão inspiradora de fraternidade humana, seria um milagre bem mais incrível do que qualquer outro registrado nos Evangelhos".

Engraçado, os judeus alegam reconhecer Jesus como sendo um Profeta, como tendo sido um homem de caráter nobre, que se doou a uma causa que julgava nobre, porém, Jesus já havia praticado isso que os judeus chamam de ato nobre e, ainda assim, três dias após a crucificação, os discípulos ainda se mantinham escondidos e, amendontrados. A questão, é: o que aconteceu naquele domingo de Páscoa que justifique tamanha transformação na vida e, na postura daqueles primeiros cristãos? Por certo a ressurreição, pois, eles prefiriram serem mortos, apedrejados, açoitados, presos e mortos do que negarem tal mensagem. Por que eles pregariam isso, colocando suas vidas em risco se houvesse a possibilidade de serem desmascarados a qualquer momento? Pense nisso!

Eu não consigo entender como os judeus podem admirar Jesus, alegando ter sido Ele um profeta e, um grande homem e, de caráter nobre e, ao mesmo tempo, não levarem em consideração o que o próprio Jesus disse acerca de Si mesmo. Até por que, o que os judeus sabem a respeito de Jesus, grande parte, veio dos relatos do NT.

Obs.: 1) Quanto ao por que de nós cristãos crermos na Divindade de Jesus (assunto que só tratarei ao final de nosso diálogo), quero lhe adiantar uma coisa: meu livro “O Filho de Deus à luz das Sagradas Escrituras” procura mostrar, que não foram os milagres que Jesus realizou que testificam de Sua Divindade e, vai dizer, inclusive, o que realmente testifica de Sua Divindade; 2) Nenhum cristão que se preze alega que Jesus já cumpriu todas as profecias do Antigo Testamento; porém, a questão é, por que Ele ainda não cumpriu todas. Mas isso, no devido momento será tratado.

Lembre-se que a vida com Deus exige fé, até por que, na certeza, quem precisaria de fé?. Abraão precisou ter fé para crer nas promessas que Deus fez a Ele. Fé! Essa é uma regra que eu não posso mudar. Contudo, eu apresentei aqui argumentos que precisam ser considerados. Procurei demonstrar, o por quê deu ver coerência na mensagem não apenas do NT, mas também do AT. Até por que, se o NT é uma farsa, então, aqueles homens simples eram os caras. Uma farsa pela qual eles estiveram dispostos a morrerem; uma farsa que tem transformado vidas pelo mundo à fora (não me refiro aqui às falsas conversões); uma farsa que fez com que os primeiros cristãos estivessem dispostos a morrerem por ela, logo eles, que estavam lá quando tudo aconteceu; uma farsa que consegue me fazer perceber como Deus é: Um Deus que se importa (por que é isso que eu vejo quando olho para Jesus). Quanto à questão da trindade, falo sobre ela em meu livro.

Eu, Jeane Kátia dos Santos Silva, sou autora do livro “O Filho de Deus à luz das Sagradas Escrituras”  e, busco uma editora que queira apostar neste sonho.


Autor: Jeane Kátia dos Santos Silva


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