Acidentes de Trânsito e Fator Humano



Introdução:

Acidentes de trânsito e fator humano

Acidente de trânsito é todo evento com dano que envolve um veículo, a via, o homem ou animais, e que para caracterizar-se tem a necessidade da presença de dois desses fatores.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, são registrados anualmente no mundo 1,26 milhões de mortes no trânsito, afetando predominantemente os países pobres e em desenvolvimento.
Em termos de segurança no trânsito, o Brasil ocupa uma desconfortável posição, em comparação com outros países. As estatísticas oficiais indicam a ocorrência de pouco mais de 20 mil por ano, número sabidamente subestimado por considerar apenas as mortes no local do acidente. Segundo informações da Fenaseg- Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados, o sistema DPVAT – seguro obrigatório – indeniza anualmente quase 40 mil mortes no trânsito brasileiro. Recente estudo publiicado pelo IPEA- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada calculou o custo social dos acidentes de trânsito nas áreas urbanas do país, que atinge a absurda cifra de 5,6 bilhões de reais a cada ano, valor insuportável até mesmo para países desenvolvidos.
No cotidiano do trânsito é lamentavelmente freqüente a observação de atitudes inadequadas por parte de alguns condutores, que prejudicam o bom desempenho do trânsito, representando riscos a eles próprios e aos demais usuários da via publica. Essa atitudes são denominadas genericamente com “desvios comportamentais no trânsito”. Por meio da observação diária, é possível verificar vários padrões de desvios.
Um primeiro grupo tem atitudes equivocadas no trânsito, exclusivamente por desconhecimento dos procedimentos corretos, decorrente da inexistência de procedimentos sistemáticos de educação para o trânsito e da notória deficiência do sistema de habilitação de condutores.
Outros desvios registrados no dia-a-dia do trânsito estão relacionados a indesejáveis condições físicas e/ou psicológicas dos condutores,que podem ser permanentes ou temporários.
Finalmente,podem ser mencionados aqueles condutores que praticam a chamada “Lei de Gérson”.São pessoa com um egoísmo exacerbado e que colocam os interesses próprios e imediatos acima da coletividade, fazendo manobras irregulares e arriscadas.
Normalmente são pessoas que tem conhecimento da legislação e do comportamento correto, mas querem sempre levar vantagem sobre os demais usuários, sem se importar se sua atitude vai perturbar o fluxo de tráfego ou colocar em risco os demais usuários da via.
No mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 50% das vítimas mortais por acidentes de trânsito são jovens, entre 15 e 44 anos. Segundo a NOS, o número de mortos como conseqüência de lesões em acidentes de trânsito aumentará de 5,1 milhões em 1990 para 8,4 milhões em 2020. Essas lesões, atualmente são responsáveis por 2,2 % da mortalidade mundial de todos os grupos de idade.
O homem, na maioria das vezes é o principal componente (75%) para a ocorrência de um acidente de trânsito. Os motoristas jovens colaboram de forma importantes para colisões,por veículos a motor, mundialmente refletindo em parte a combinação da imaturidade e a falta de experiência do dirigir. Os motoristas adolescentes, provavelmente mais do que os adultos andam em alta velocidade, avançam sinais, praticam manobras ilegais, dirigem após o uso de álcool ou droga ou andam em companhia de outros motoristas também intoxicados.

1.1Causas

1.1.1 Causas mais comum de acidentes de trânsito

Principais imprudências determinantes de acidentes fatais no Brasil: por ordem de incidência:
• Velocidade excessiva;
• Dirigir sob efeito de álcool;
• Distância insuficiente em relação ao veículo dianteiro;
• Desrespeito a sinalização;
• Dirigir sob efeito de drogas.

1.1.2 Fatores determinantes das imprudências

• Impunidade/ legislação deficiente;
• Fiscalização corrupta e sem caráter educativo;
• Baixo nível cultual e social;
• Baixa valorização da vida;
• Ausência de espírito comunitário e exacerbação do caráter individualista;
• Uso do veículo como demonstração de poder e virilidade.

1.2 Elemento humano na direção

O veículo a motor, como qualquer outra máquina, exige que o ser humano esteja qualificado tecnicamente e mentalmente para operá-lo seguramente. O cidadão comum não dispõe de qualquer outra máquina ou dispositivo que lhe dê a sensação de tanto poder.
• No mundo atual o veículo a motor é o meio mais barato e mais fácil que o cidadão comum possui para extravasar seu estado emocional,tanto para o bem como para o mal. O número de mortes causado por acidentes nos países em desenvolvimento é muito maior do que nos países desenvolvidos.
• A velocidade fascina o ser humano, a ponto de correr simplesmente pelo prazer de correr, mesmo que não tenha nenhum objetivo a ser atingido.

1.3 Tempo de reação

Para que uma pessoa responda adequadamente a determinado estímulo, é necessário que esteja “alerta”, caso contrário poderá causar um acidente. Este estado de “alerta”, é afetado por muitos fatores, fazendo com que as pessoas respondam com maior ou menor rapidez em situações de emergências.
O intervalo de tempo entre o reconhecimento de uma situação perigosa e a ação de resposta a esta situação é chamado de tempo de reação, e depende da condição física e do estado emocional do indivíduo.
O tempo médio de reação de uma pessoa jovem em bom estado de saúde é de aproximadamente 0,75 segundos. Este é praticamente o tempo que o cérebro necessita para processar as informações que está recebendo e definir uma ação.
Fatores que influenciam o tempo de reação:
• Definitivos: idade, deficiência física(visão, audição, paralisias etc.);
• Temporários: enfermidades passageiras (resfriado comum, dor de cabeça etc.), álcool, drogas, medicamentos, estado emocional.

1.4 O fator humano nos acidentes

O acidente de trânsito é conseqüência de um comportamento inadequado do ser humano, fruto de um processo psicológico que não funcionou bem.
Causar um acidente por derrapar numa estrada , com chuva, andando com pneus “carecas”, sem dúvida envolve o fator humano. Não foi o engenheiro que construiu a estrada nem o fabricante que produziu o pneu. Mas o motorista imprudente, o verdadeiro culpado pelo acidente.
As falhas humanas podem ser:
• Diretas: atos deliberados, omissões ou atos falhos;
• Indiretas: condições e estados de motorista de origens fisiológicas, mental ou emocional, assim como condições de experiência e familiaridade com o trânsito.

1.4.1 Agentes diretos diversos

Físicas/fisiológicas: Insuficiências sensoriais; alterações orgânicas transitóriais (lipotímias, náuseas, tonturas); alterações ou defeitos orgânicos permanentes (diabetes, insuficiência cardíaca, artrose etc); problemas motores (descordenação, falta de reflexo).
Psíquicas/psicológicas: problemas de atenção, atitudes anti-sociais ou perigosas, doenças mentais, estabilidade emocional, temeridade, alteração na percepção do risco, agressividade, transtorno de personalidade.
Transtornos psicofísicos transitórios: alterações em todos os processos da condução pela intervenção do stress, fadiga, sono, depressão.
Uso de substancias tóxicas: como álcool, drogas ilegais, fármacos.
Comportamentos interferentes, tais como: falar, ligar o rádio, telefonar, fumar.
Busca pelo perigo: que, geralmente é exteriorizada pela velocidade.
Fenômenos perceptíveis e atencionais: estilos cognitivos ou reações, motivacionais.

1.4.2 Agentes inibidores da prudência

O otimismo de alguns condutores que acreditam conduzir melhor que todos, não se importando, portanto com os elementos da velocidade, acreditando controlar perfeitamente o seu veiculo, trazendo assim muito risco ao trânsito; eis um comportamento humano muito grave, que pode gerar vários acidentes de trânsito.

1.4.3 Diferenças comportamentais

Entre as circustâncias que podem causas acidentes de trânsito destaca-se o desajuste social. Muitos acidentes são cometidos por motoristas que não observam as mais elementares normas de trânsito. Essa atitude anti-social indica que provavelmente , tais pessoa também não levam muito a sério outras leis e não se importam em constituir um peso para a sociedade.
Uma pesquisa comparativa envolvendo cento e quatorze criminosos presos que também eram motoristas constatou que eles receberam três vezes mais multas e se envolveram vinte vezes mais em acidentes fatais que motoristas não criminosos . Daí a afirmação: o homem dirige com vive.
Estudos comprovam que as características de motoristas infratores que se envolvem frequentemente em acidentes são: pouca consciência de cidadania, tendência anti-social, atitudes negativistas, tendência a atribuir a responsabilidade e o controle dos fatos sempre a fontes externas e experiência escolar negativa.

Por outro lado, foram comprovadas algumas características próprias de motoristas sem acidentes: pessoas capazes físicas e intelectualmente, maridos, esposas ou pais responsáveis, dignos, sóbrios, econômicos e cautelosos, bem como profissionais dignos de confiança, leais e esforçados. Portanto pode-se afirmar que as pessoas respeitadas pelos outros não são agressivas no trânsito.

1.5 O álcool e sua implicação nos acidentes de trânsito

A ação depressiva do álcool no cérebro e no sistema nervoso central reduz a capacidade mental e física diminuindo a habilidade para a realização de tarefas mais complexas como, por exemplo, conduzir um veículo.
Conduzir veículo é tarefa que requer habilidade e prudência , todavia, estes requisitos são facilmente anulados após o motorista ter ingerido bebida alcoólica. Conforme as estimativas, 30 a 50% das mortes e acidentes estão relacionadas direta ou indiretamente com o álcool.
Todo condutor de veículos em estado de embriaguez, mesmo leve compromete gravemente a segurança do usuário não via.

1.5.1 O álcool produz efeitos de maneiras diferentes

É comum ouvir dizer que a ingestão do álcool em doses determinadas não altera os efeitos psicológicos. Essa afirmação, todavia é falsa, pois as vezes o individuo ingere uma pequena dose cujo efeito é idêntico a ingestão de uma grande dosagem alcoólica.
Independente de algumas pessoas se tornarem mais irritadas ou alegres, em gera quando bebem ninguém pode prever com precisão seus comportamentos.
Pelo novo CTB,só é caracterizada alcolizada se estiver com uma taxa a partir de 0,6 gramas de álcool pro litro de sangue. A nova regulamentação prevê que infratores que dirigem sob influência do álcool e expõem terceiros a riscos ou provocam acidentes de trânsito estão cometendo crime. A pena varia de 6 meses a 3 anos de prisão.

Feriadão de 1º de maio com menos mortes nas estradas

O balanço final do feriadão nas estradas apresentou números menos assustadores no Paraná. Durante a folga do Dia do Trabalho, 10 pessoas morreram nas rodovias do Estado, quantia inferior à média de outros períodos de recesso. Em comparação com 2006, o número de mortes caiu 33% — haviam sido 15 no ano passado. Por outro lado, a quantidade de acidentes subiu 20%, e a de feridos, 18%. “Mas vale lembrar que em 2006 o feriado caiu numa segunda-feira, e portanto agora contamos um dia a mais (de sexta a segunda)”, falou Marcelo Furtado, do setor de Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Já o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), que fiscaliza a maior parte das rodovias paranaenses, comparou quatro dias em 2006 e cinco em 2007 (de sexta a terça-feira).

NÍVEIS DE EMBRIAGUÊS

Álcool e trânsito, uma mistura perigosa

O álcool na corrente sanguínea pode provocar o afrouxamento
da percepção e o retardamento dos reflexos

Reprodução

Destruição: Álcool e direção quase sempre em
acidentes, a maioria fatal
O acidente de trânsito que matou cinco jovens de classe média alta no Rio, há 11 dias, chocou o país e alertou diversas famílias para um problema que afeta grande parcela de jovens. Desde o acidente, diversas campanhas foram lançadas para tentar conscientizar os jovens sobre os perigo que eles correm ao dirigirem alcoolizados, principalmente após saírem de boates e casas noturnas.
A relação álcool-volante revela facetas cruéis. Em cerca de 75% dos acidentes com vítimas fatais nas ruas e rodovias do país existe um motorista alcoolizado envolvido. O Brasil está no topo da lista de países com maior número de acidentes de trânsito no mundo, com um milhão de acidentes por ano. Resultam daí 300 mil vítimas, 50 mil fatais.
O álcool na corrente sanguínea provoca o afrouxamento da percepção e o retardamento dos reflexos. A dosagem excessiva conduz à perigosa diminuição da percepção e à total lentidão dos reflexos, diminuindo a consciência do perigo. Todo condutor em estado de embriaguez, mesmo leve, compromete sua segurança, a dos demais usuários da via e a dos passageiros que estão apostando suas próprias vidas 100% nas condições deste motorista.

1.6 A velocidade como fator de risco na condução

CORRER DEMAIS É UMA ROUBADA
Correr de carro é legal: com videogame, autorama ou em pista de corrida. Mas na rua é a maior roubada. Andar muito rápido é dar sopa para o azar: fica mais difícil de controlar o carro e é perigoso atropelar alguém.
Corre-se o risco de bater em outros carros também. O excesso de velocidade é uma das principais causas de acidentes no trânsito.
Nas cidades a velocidade máxima permitida normalmente é de 60 quilômetros por hora. Só em algumas avenidas maiores pode-se andar a 80 quilômetros por hora. Nas estradas o limite de velocidade também varia, de 80 a 120 quilômetros por hora.
Para saber os limites de velocidade o melhor a fazer é prestar atenção nas placas de sinalização. Elas normalmente são brancas e têm um número, com um círculo vermelho em volta.
Andar devagar tem lá suas vantagens: gasta menos gasolina, sacode menos e a gente pode ver melhor a cidade ou a paisagem na estrada.

Conforme uma investigação realizada na Espanha, 90% dos anúncios publicitários de carros e motos tinham como suporte a velocidade. Sabemos que existe profunda relação entre estilo e hábitos de vida das pessoas (tais como: ser executivo ou agricultor, comer depressa ou devagar, andar rápido ou lentamente) e uma maior tendência a dirigir velozmente, como foi demonstrado uma pesquisa realizada numa universidade de Tóquio.

1.7 As distrações e seu impacto para a circulação humana

A atenção e as distrações repercutem na segurança para o trânsito e isto podemos comprovar que está relacionado diretamente como o fator humano. Alguns fatores procedem do próprio indivíduo (internos) e outros têm sua origem no meio ambiente que circunda o condutor (externos).

1.7.1 Agentes internos que originam distrações

• Estados psicológicos transitórios decorrentes da fadiga, depressão, stress, ansiedade, sono. Se o condutor estiver especialmente atento ao seu mundo interior e aos seus problemas poderá diminuir, e muito, sua capacidade para perceber e analisar os estímulos exteriores, com o conseqüente risco na condução.
• Determinadas características de personalidade.
• Comportamentos interferentes, tais como, falar no celular, ascender um cigarro, trocar o CD, entre outros, como o veiculo em movimento.
• A motivação ou carência de algo.
• Determinados problemas físicos ou uma idade avançada, aceleram o aparecimento da fadiga e das distrações.
• O estado sob efeito de substancias tóxicas.

1.7.2 Agentes externos provocadores de distrações

• Sinalização incorreta ou excessiva.
• Atenção desmesurada a algum elemento ou paisagem.
• A busca de informações alheias a condução, bares, hotéis entre outros.
• A mudança de ambiente ou de luz.
• Ruas ou rodovias conhecidas pode reduzir o alerta atencional.
• A isso tudo deve se acrescentar outros fatores, como novos ou raros estímulos da rodovia, sua cor, sua luminosidade, seu tamanho etc.., que contribuirão para atrair e manter, em maior ou menor medida, a atenção do condutor.

1.8 Direção Preventiva

Alberto Sabbag, que é também secretário do Comitê Brasileiro de Acessibilidade (CB 40) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ressalta que a direção preventiva ou defensiva é importante medida para atenuar o índice de acidentes de trânsito. “Direção preventiva é prevenção primária, básica, para a saúde no trânsito. Os traumas decorrentes de acidentes são repentinos. O importante é preveni-los”, destaca. Segundo o secretário da ABNT, vários fatores compõem o que se chama de “direção preventiva”, entre os quais: o humano (intelectual e comporta¬mental), condições do motorista, do veículo e da via (estrada, rua) e a engenharia viária (passarela de pedestre, mureta que divide a pista). No fator humano, o consumo de álcool é o principal vilão. “Um motorista embriagado se expõe a mais riscos do que a pessoa sóbria”, afirma Sabbag. Segundo ele, quando alcooli¬zado, o motorista tem seu intelecto entorpecido e conseqüente redução no reflexo. Evitar o consumo de álcool, ao dirigir, é parte integrante da direção preventiva. Outro fator preponderante é em relação a pessoa idosa. É necessário observar se o consumo de medicamento pode levar a sedação ou mal-súbito (tontura, desmaio). “Há pessoas que podem dormir ao volante, após ingestão de sedativo”, alerta, acrescentando que também na terceira idade, o reflexo é diminuído e há possibilidade de se criar situações perigosas.

Em relação ao comportamento, Sabbag destaca, ainda, a falta de controle no trânsito, geralmente estimulada pelo consumo de álcool ou drogas. “Há pessoas altamente educadas que ficam furiosas no trânsito, e se envolvem em brigas e discussões desnecessárias”, destaca. A direção preventiva, em resumo, é um auto-exame realizado pelo motorista, uma revisão geral, a exemplo do que se costuma fazer com o veículo. Antes de começar a dirigir a pessoa faz um auto-check-up, verificando, inclusive, se está de ressaca, pois qualquer mal-estar faz com que haja prejuízo em sua capacidade de dirigir, diminuindo seu desempenho. Tem, ainda, que checar as condições climáticas, que podem alterar a capacidade de visão sob chuva, sol, neblina, etc. e de acessórios como cinto de segurança, cadeira de transporte, capacete e roupa especial para ciclista, air bag (balão que infla automaticamente e protege passageiro e motorista de fortes impactos), etc.
“Os acidentes de trânsito não são coisas naturais, não precisam ocorrer e podem ser prevenidos com medidas simples e fáceis, que, no entanto, envolvem mudanças de mentalidade e comportamento Prevenir é a saída.”

“O trânsito é um espaço de vida pública, de cidadania e de democracia.
É onde as pessoas se encontram, se cruzam, se movimentam.
Por isso, faz-se necessário haver respeito mútuo com relação às normas coletivas que garantem a liberdade de circulação de cada um.”

“Após tomar qualquer bebida alcoólica, a pessoa tem sua capacidade visual e auditiva diminuídas, sua coordenação motora prejudicada e experimenta uma sensação de desinibição e falsa segurança. O motorista alcoolizado perde o cuidado, o temor e o controle do carro.”

“O mais importante é o respeito de todos os que usam a via pública para com os princípios de uma vida civilizada.”

ATIVIDADES SUGERIDAS

• O coordenador das atividades (professor, agente de saúde ou educador) convida grupos de pessoas da comunidade para participar de um movimento comunitário de educação para o trânsito. Visando sensibilizá-los, programa a exibição de sessões do vídeo "Acidentes de trânsito" , do Viva Legal.
Primeira fase:
• Após a sessão, o coordenador deve utilizar as informações do programa como ponto de partida para aprofundar as discussões do tema em pequenos grupos, visando a maior conscientização de todos. Pode, por exemplo, fazer as seguintes perguntas:
• Alguém do grupo já sofreu um acidente no trânsito? Conhece alguém que sofreu? Como foi essa experiência?
• O que poderia ser feito para prevenir acidentes em nosso bairro, região ou cidade?
• Que nova informação o vídeo lhes trouxe sobre o assunto discutido?
Segunda fase:
• Para exemplificação, o coordenador pode fornecer e discutir alguns dados sobre acidentes no Brasil (encontrados nos DETRANs), e sugerir que as pessoas criem um Núcleo Permanente de Educação no Trânsito.
• Uma primeira atividade do Núcleo poderia ser uma Campanha de Prevenção de Acidentes de Trânsito no bairro, região ou cidade. Nessa ocasião, convém lembrar que a educação voltada para a prevenção de acidentes deve iniciar-se cedo, com as crianças, assim sendo o Núcleo pode incentivar a realização de atividades educativas em escolas, através de centros de interesse que envolvam todos os alunos, ou mesmo transformar o assunto acidentes de trânsito em tema transversal.

• É importante que se estipule um planejamento completo para as atividades do Núcleo, inclusive com as etapas de ação escalonadas no tempo, para que, após alguns meses, seja possível se verificar se houve algum resultado prático, ou seja, se os acidentes diminuíram em número e/ou gravidade.
Terceira fase:
• Existem atitudes que as crianças podem começar a desenvolver em relação ao trânsito, tanto na condição de pedestres como na de passageiros.
As crianças podem se organizar em grupos de 5 integrantes, e o coordenador pode desenvolver uma discussão onde elas imaginem tudo o que pode ser feito, na prática, para evitar acidentes ou prevenir as piores conseqüências, caso haja algum acidente (por exemplo: sempre usar o cinto de segurança bem ajustado e bem colocado; nunca sentar-se no banco da frente, muito menos no colo dos adultos).
Todos os participantes devem ser estimulados a dar idéias e um relator, por grupo, anotará as sugestões levantadas – as quais serão apresentadas ao grupo completo e, ao final do debate, será feita a conclusão geral.
Quarta fase:
• O coordenador deve solicitar a cada integrante do grupo que relate uma situação negativa e uma positiva ocorrida no trânsito. No quadro, ele listará, de um lado, as situações positivas e, de outro, as negativas. Pede que alguém as leia em voz alta e, em seguida, solicita ao grupo que as comente.
Quinta fase:
• O coordenador pode promover, nas escolas, palestra e/ou exposição sobre acidentes de trânsito, pedindo aos alunos que elaborem cartazes com dados e imagens positivas e negativas acerca do tema, levando-os a compreender que o trânsito faz parte de seu dia- a-dia e que é preciso cuidar dos espaços em que se vive. A palestra pode valorizar o novo Código de Trânsito, mostrando suas qualidades.
• Prevenir acidentes e melhorar a qualidade de vida é viver legal. Viva Legal!

Conclusão

As pesquisas e estudos sobre o fator humano tem enfrentado enormes complexidades para poder se explicar globalmente, e prever modificações no comportamento do condutor. O fator humano tem relação direta nos acidentes de trânsito gerados em nosso país e podemos dizer até mesmo no mundo , mas existem ainda outros fatores, como o veiculo e a via. De acordo com o estudo e pesquisas feitas podemos verificar que há vários tipos de causas que influenciam o comportamento do condutor. Porém não há um remédio especifico para cura de tal mal, as atividades de educação e segurança para o trânsito, podem minimizar esses problemas ocorridos na área. Pois para saber o real motivo de um condutor infringir as leis, colocando a vida de outros em perigo, seria necessário vários testes psicológicos e comportamentas. Portanto e importante uma base familiar sólida, com educação, cultura e lazer e assim teremos, motoristas e cidadãos mais capacitados para transitar nas cidades.

Referencias Bibliograficas

• www.estradas.com.br
• www.hessexpres.com.br
• www.fcc.org.br
• Acervo do comitê Brasileiro de Acessibilidade
• Montoro, L; Carbonell, E; Sanmartín, J & Tortosa, F (eds) (1995).
• Seguridad Vial: del factor humano a las nuevas tecnologias.
• Madrid: Síntesis


Autor: Orlando Augusto Nunes


Artigos Relacionados


Educação E Trânsito

As Pontuais Mudanças Trazidas Pela Lei 11.689/08 = Júri

Computador, Você Conhece?

A Importância Da Família Para O Desenvolvimento Do Aluno Surdo

…homem E Natureza: Um Resgate De Valores…

O Que é Bursite E Como Tratá-la?

Entrevista - Novidades Nos Dispositivos De Segurança