SOFTWARE DE SIMULAÇÃO DE QUEDA LIVRE: TORNANDO O ENSINO DE FÍSICA MAIS AGRADÁVEL



1. INTRODUÇÃO

As novas tecnologias da informação e comunicação (TIC) têm tomado um espaço muito grande nas pesquisas em ensino. Infelizmente, a utilização das mesmas ainda não tem se concretizado com a mesma intensidade nas salas de aula, muito embora os estudantes vivenciem este mundo das TIC.

Uma das formas de tentar amenizar o problema é buscar utilizar softwares que permitam uma maior interação dos estudantes com certos tópicos trabalhados em sala de aula. Em ensino de Física, por exemplo, as dificuldades de aproximar os conteúdos abstratos da realidade dos alunos são muito grandes. Uma utilização excessiva da matemática domina o ensino dessa disciplina, tornando-a pouco atrativa aos estudantes. Para buscar despertar o interesse destes, a utilização das TIC seria de fundamental importância.

Dentro deste contexto, procura-se apresentar neste artigo uma descrição de um software que permite a interação dos estudantes no aprendizado de conceitos relacionados à queda livre dos corpos. A discussão se concentrará na descrição das principais propriedades do software, bem como fazer propostas para utilização do mesmo em sala de aula.

2. DESCRIÇÃO DO SOFTWARE SIMULADOR QUEDA LIVRE

A figura abaixo mostra a tela principal do software:


 


Ilustração 2 - Descrição detalhada das opções do software

Tabela 1 - Descrição das principais funções do software Simulador Queda Livre

1

Clique nesse botão para escolher a imagem desejada

2

Digite aqui a altura real do objeto correspondente à imagem

3

Altura corresponde ao clique do mouse na imagem (já convertida em metros)

4

Tempo de queda após o clique do mouse

O que o software faz é uma transformação de escala: a partir de uma imagem pode-se obter o tempo queda considerando o tamanho real da altura escolhida. No exemplo da figura acima, foi utilizada uma imagem da torre de Pisa, que tem uma altura de cerca de cinqüenta e seis metros. O programa faz todas as conversões de escalas, a partir do tamanho real do objeto e, após o clique do mouse, pode-se obter o tempo de queda.

Uma atividade que poderia ser feita com os estudantes é sugerir que os mesmos fotografassem edifícios ou monumentos conhecidos em sua cidade e com o Simulador Queda Livre, pudessem obter o tempo de queda para várias alturas diferentes do edifício ou monumento. Posteriormente, pode-se fazer um gráfico do tempo de queda em função da altura e verificar assim como é seu comportamento.

Pode-se também mostrar as limitações de certo modelo científico. Por exemplo, a equação de queda livre não leva em conta a resistência do ar. Se uma imagem de um monte como o Everest for usada, por exemplo, o tempo de queda fornecido não levará em conta as variáveis acima citadas (resistência do ar). É uma boa oportunidade para mostrar que os softwares de simulação são modelos de modelos da natureza, e não a descrição do fenômeno em si.


Ilustração 3 - Utilizando a imagem do monte Everest

O software Simulador Queda Livre pode ser baixado gratuitamente do site http://www.rakz.net/programas.html.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As possibilidades que as TIC oferecem são inúmeras, desde tornar o aprendizado mais agradável, até fomentar a criatividade dos alunos, além de promover o debate sobre as limitações, por exemplo, dos modelos e descobertas científicas e promover uma aproximação da escola ao cotidiano dos estudantes.

4. REFERÊNCIAS

SIMULADOR QUEDA LIVRE. Disponível em: http://www.rakz.net/programas.html. Acesso em: 05 de jun. de 2009.
Autor: Augusto dos Santos Freitas


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