O MEDO COLETIVO DO OCIDENTE



Desde os primórdios, a morte é considerada algo fascinante, e ao mesmo tempo, aterroriza a humanidade. A morte e os supostos eventos, são historicamente fonte de inspiração para doutrinas filosóficas e religiosas; o interesse pelo tema morte teve inicio com a leitura de algumas reportagens do LELU (Laboratório de Estudos e Intervenção sobre o luto); a partir do contato inicial com o material do LELU e do interesse por ele despertado, que surgiu a busca d outras pesquisa já realizadas no mesmo campo, com o tema morte um fenômeno físico.

Ao trabalhar morte como fenômeno, ajuda-nos a elaborar ideias sobre finitude humana, provocando um certo desconforto, pois damos de cara com essa mesma finitude, o inevitável, a certeza de que um dia a vida chega ao fim.

O tema morte não é uma discussão atual; pois foram muitos os filósofos, historiadores, sociólogos, biólogos, antropólogos e psicólogos que discutiu o assunto no decorrer da historia; dentro dos vários enfoques teóricos que possibilitam a reflexão sobre a morte, que tende a se alterar de acordo com o contexto histórico e cultural.

O HOMEM DIANTE DA PRÓPRIA MORTE

O homem desde muito cedo, quando passa a distinguir do seu corpo do corpo da sua mãe, é obrigado a aprender se separar de quem ou daquilo que ama; ficando visível o temor da morte, pois ela causa a separação "para sempre" algo que incomoda. Com o distanciamento do homem em relação a morte, cria-se um tabu, como se fosse desaconselhável ou proibido falar sobre este tema. Segundo Bromberg (1994) "Como aprendemos m nossa cultura, evitamos a dor, evitamos a perda e fugimos da morte, ou pensamos fugir dela..."; mas segundo Freud (1917) " Ninguém crê em sua própria morte".

É possível abordar a relação homem-morte em vários aspectos: o biológico, o jurídico, o econômico, etc. Na obra O homem diante da morte, de Philippe Ariés, podemos perceber o processo de domesticação da morte; que nasce por ocasiões do trauma primitivo diante do fato inelutável da morte ate a incorporação desta na vida humana.

Portanto podemos notar que o medo é a resposta mais comum diante da morte. O medo de morrer é algo coletivo e universal, na Idade Média todos os seres humanos, independentes da idade, sexo, nível socioeconômico e religioso, temia a morte algo que os espreitavam, os obrigando a usar mecanismo de defesa, que se expressa através de fantasias inconsciente sobre a morte.

                                 

BIBLIOGRAFIA


DELUMEAU, Jean. História do Medo no Ocidente: 1300-1800; Uma Cidade Citiada/ tradução, Maria Lucia Machado/ tradução das notas, Heloisa Jaln – São Paulo: Companhia das letras, 1989.



Autor: DHIOGO JOSÉ CAETANO


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