Se as rosas murcharem...se os sonhos morrerem...



 


Se eu fosse uma borboleta,
pousaria, como um suave beijo
sobre os lábios teus.

Se eu fosse um sonho,
à noite, de mansinho, povoaria
tua alma de tal forma ,
que te sentirias nos Céus
e seria tanta a ternura
a envolver-te, que a felicidade,
em toda sua grandiosa intensidade,
seria para ti, mais doce que o mais doce mel...  

Se eu fosse uma rosa,
teria o mais sutil dos olores,
e penetraria em teu Ser de tal forma que esquecerias todas as passadas dores...

Mas não sou borboleta, nem beijo, nem sonho, nem rosa...

Mesmo em tudo isto eu não sendo,
faço as borboletas sobre as coloridas
flores de teu jardim sempre esvoaçarem
junto com as abelhas,
que das flores colhem o néctar,
ao lado de pequeninos colibris,
todos em atividades suas, febris...

E...olha , amor meu ...
olha o que tenho em minhas mãos!

Trago-te rosas, tantas, tantas!...
Trago-te sonhos, muitos sonhos...

Cuida bem das rosas...
Sonha todos estes sonhos.
..................................
Não quero que vejas minha alma soluçar.
Não quero que sintas meu peito estremecer
-em cada rosa que murchar
- em cada sonho que deixares morrer.

Vês? Com as mãos  tão cheias de Sol...
e o coração com angustia assim indizível...


Autor: mirna albuquerque


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