Educação Sexual: Sexualidade Atual - Prof. Américo Menezes



A sexualidade é uma manifestação lindíssima na natureza humana. No homem como na mulher. Emoções acompanhadas de atitudes fisiológicas correspondentes fazem do ato sexual normal e correto o que há de mais belo e expressivo. Sexo é beleza, especialmente quando é feito com amor. Parece, até, que não se precisa aprender a fazer sexo, porque, com a infalibilidade do instinto, ele se manifesta e se realiza naturalmente. A aprendizagem de sua prática só deve ser feita para beneficiá-lo e engrandecê-lo. Manifestações sexuais, acompanhadas sempre de prazer, se processam espontaneamente.

As respostas quase sempre positivas são anunciadas com desembaraço e satisfação, são, não só um incitamento ao ato sexual em tais idades, como um encabulamento para uma outra jovem dizer que permanece virgem. Virgindade passou a ser, erradamente, um fato do passado, ato feio ou caretice, conforme falamos.

Na Educação Sexual, defender a liberdade e estimular a prática do ato sexual podem ser uma insensatez de conseqüências, moralmente, muito graves. A "mãe solteira" é uma situação muito difícil para a jovem e para toda a família, especialmente para seus pais. Os casos que se sucedem são muitos. O campo de observação dessas ocorrências, a nosso derredor, é grande e variado. Há pais que aceitam o procedimento da filha "mãe solteira" tolerantemente; mas, que jeito... Assumem porque não têm outro caminho, diante da guinada de 180 graus de sua casa. Todavia, há pais que não se conformam e amarguram sentimentos de contrariedade em forma inconsolável. De qualquer modo, é uma possibilidade que, na Educação Sexual, merece especial destaque, esclarecendo-se muito bem as jovens, para que não caiam na rede.

A perda da virgindade é o primeiro passo; pode não haver gravidez nessa ocasião; entretanto, o risco de que essa hipótese venha a acontecer existirá sempre na ocorrência da prática sexual. O homem não se preocupa com isso; a mulher que se defenda, dizia-nos um liberal frequentador dos abundantes motéis de hoje existentes nos arredores das cidades.

A revolta contra o tabu que havia com o sexo provocou uma explosão muito grande; a bomba podia ter sido menor, ou seu estouro. E muita gente vai na onda, com muita sede ao pote.

Esquece-se que o ato sexual é uma coisa muito íntima, que os contatos são muito grandes e que as transmissões podem ocorrer com muita facilidade. Não é só a Aids que é um flagelo, mas muitas outras doenças.

Numa entrevista de televisão de rede nacional, recentemente, realizou-se um programa que podia ser classificado de subversivo na parte da Educação Sexual. Não se falava em virgindade. Eram ouvidos na rua pais e jovens na idade de 13 a 16 anos. Aos pais, a pergunta feita era a seguinte: "Sua filha já transou? Você teve conhecimento imediato? Aprovou?" Aos jovens de ambos os sexos, perguntava-se: "Com quem você transou a primeira vez? O que sentiu? Tem transado outras vezes?" Como se observa, as perguntas tanto aos pais como aos jovens eram feitas já considerando a questão da virgindade como inteiramente superada, que ficou para trás.

A respeito do programa de televisão anteriormente referido, considerando fato consumado a não-existência da virgindade de jovens de 13 a 16 anos, ouvimos os pronunciamentos revoltados de diversos casais com filhas naquela idade. Recriminaram o procedimento exposto no vídeo, que trazia em seu conteúdo o maior incentivo à prática sexual dos jovens naquela idade, sem questionar a questão sob todos seus aspectos. Houve quem muito bem dissesse que um programa desses não podia ser levado ao nível nacional de forma alguma, até porque há muitas diferenças entre os hábitos jovens numa cidade pequena do interior e os das capitais de grandes cidades. Os jovens do interior e de pequenas cidades, naturalmente, ouvindo tais pronunciamentos liberalíssimos, bem como seus pais, só podiam ficar estarrecidos.

As modas não são por vezes insensatas? Mas todos as seguem porque são modas. Ir para a praia, para o banho de mar, depois do meio-dia, perdendo o melhor sol da manhã, retornando às três, quatro ou mais tarde, para quem reflete, não tem cabimento. Todavia, porque é moda, porque é modernidade, quem assim não procede, diz-se que é atrasado. Fumar, a moça diz: dá charme. Por isso, as moças passaram a fumar e, assim, difundiu-se entre as jovens esse vício, muito prejudicial à saúde.

A virgindade tornou-se, diz-se, coisa fora de moda. Nessas condições, muitas jovens caem nesse tropeço, sem refletir sobre suas graves conseqüências.

O dia que for moda, se isso acontecer, andar com a cabeça para baixo e as pernas para cima, a moda terá adeptos. É... Loucura faz adeptos com muita facilidade, especialmente nos domínios dos que têm cabeça fraca. E vai haver quem dê apoio, quem vai argumentar a favor.

Não respeita o ridículo, quanto ao insensato, nem se fala.

*Artigo extraído do livro ´´Educação Nacional – Formação do Caráter``, de Américo Menezes, Professor Catedrático, Advogado, Procurador Federal, ex-diretor de dois educandários no Espírito Santo, Escritor. | Site: www.edicon.com.br


Autor: Celso Fernandes


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