Prazer em Escrever



Hoje me dei por conta de que escrever já virou um vício e tudo começou na minha infância. Na verdade comecei a tomar gosto de fato, a coisa de uns dois ou três anos atrás. No início escrevia poemas e publicava em um site gratuito, depois, resolvi entrar em uma faculdade e cursar letras. Isso no ano de 2001. Esta , para mim, foi uma das minhas piores decisões tomadas, pois depois que comecei a estudar, minha criatividade foi para o ralo.

Depois de abandonar a faculdade, não por causa do fato de não conseguir mais escrever, mas por motivos financeiros, parei de escrever, só retornando por volta de 2006 quando fui trabalhar como promotor de vendas e fazia sobrar algum tempo para escrever. Geralmente fazia isso em shoppings ou cafés. De início, escrevia qualquer coisa que me viesse à mente. Carregava uma agenda e nela fazia meus manuscritos, pois pretendia refinar estes textos e tranformar em algo mais interessante e útil.

Mais ou menos em meados de 2007, criei um blog para mim, pois percebi que não seria justo escrever só para mim, já que os textos escritos geralmente faziam referencia a coisas do cotidiano. Criado o blog, comecei a alimentá-lo quase que diariamente. Nesta mesma época, fui convidada a escrever artigos em um portal. Minha dedicação foi tamanha, que escrevia diariamente, mesmo sem ter esta obrigatoriedade. Pouco tempo depois este mesmo site foi encerrado e voltei a escrever somente em meu blog.

O fato de escrever e publicar meus textos, teve uma certa repercussão entre os amigos e parentes que me perguntavam o porque de eu não escrever um livro. Na verdade eu achava engraçado aquilo tudo, pois em momento algum me senti ou julguei ser um escritor, já que para isso eu achava que deveria dominar plenamente a arte das letras. O que não era meu caso.

Escrevo porque gosto, mas ultimamente tenho lido bastante a respeito de como se processa a criatividade e como funciona a criação literária. Inclusive comprei dois livros sobre o tema. Um da escritora americana Nathalia Goldberg chamado "Escrevendo com a alma" e outro de um cara chamado Stephen Kock que se chama "Oficina de escritores", este último mais técnico, ensinando todo o processo que vai da criação do personagem até a conclusão do projeto do futuro livro.

Nestes dois livros aprendi que ser criativo é fundamental e que na verdade eu estava fazendo a coisa certa ao escrever desvairadamente, sem me preocupar com erros e correções, até porque as correções fazem parte do processo de finalização e não do início, o que atrapalha e pode quebrar a linha de raciocínio.

Foi através de pesquisas na internet que também descobri que o mais importante é escrever sobre o que lhe vier a mente. Depois sim, com o tempo podemos ver o quão importante foi este texto e se ele pode ser inserido e algum outro ou dar início a alguma estória ou artigo. Tudo depende da criatividade de cada um.

Para concluir, gostaria de dizer que diferentemente do que eu imaginava, ser escritor não é um bicho de sete cabeças e com um pouco de treino, dedicação e muita vontade, qualquer um pode expressar aquilo que pensa ou sente através de palavras. Mas nada de se iludir achando que de largada terá seu primeiro livro em todas as livrarias do país e que será um sucesso de vendas.

Isso é apenas conseqüência.

Pense em escrever por prazer em fazê-lo e não como uma profissão.

Marco Ribeiro
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Autor: Marco Ribeiro


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