A sociedade capitalista, o consumo e o consumismo desenfreado



O incentivo ao consumo no Sistema capitalista é muito grande e a tendência é aumentar cada vez mais, o que considero um ponto positivo na economia de um país, pois vivemos numa sociedade onde o ter vale mais do que o ter, por isso não devemos admirar, uma vez que o consumo, nada mais é do que a utilização de objetos e serviços para a satisfação das necessidades e dos desejos humano, numa economia capitalista o lucro está em primeiro lugar e quanto mais fácil e mais rápido melhor, por esta razão os empresários investem alto em marketing , gastando milhões em suas campanhas publicitárias contratando gente famosas e de sucessos na carreira profissional, seja um ator, um jogador de futebol, um cantor, uma apresentadora de programas na televisão, uma modelo; para serem garotos ou garotas propagandas das suas empresas com a finalidades de convencer as pessoas a consumirem mais, o que é muito positivo para economia, pois, ao consumir mais, a produção tende a aumentar e a oferta de empregos aumenta, melhorando a vida das pessoas e fazendo a economia o País crescer; mas, a maior preocupação das empresas é com o lucro, pois com as novas tecnologias e a grande oferta de produtos novos, está difícil se manter no mercado, Por isso tem que está sempre investindo mais para ter condições de enfrentar as concorrentes, conseguindo assim uma posição de destaque, vendendo mais e aumentando suas margens de lucro, concordo plenamente com o crescimento das empresas, porém quero discorrer aqui sobre consumismo, que nada mais é do que, o que a humanidade consome em excesso, sem ser necessário, somente pelo prazer de comprar e possuir e sobre a compreensão que devemos ter sobre a questão de saber diferenciar o consumo do consumismo, que a maioria das pessoas não sabem e que nós professores, formador de opinião temos obrigação de ensinar aos nossos alunos, mas, a maioria não tem esta consciência o que se torna um problema sério, nesta questão consiste a diferença do ser e do ter, do querer e do poder , pois devemos consumir, sem se deixar levar pelo consumismo. Como esclarecer melhor esta questão, com os lançamentos dos novos produtos no mercado, com a inovação e avanço das tecnologias, o que acontece diariamente, cada produto com mais beleza e mais qualidade do que outro e com várias finalidades ao mesmo tempo, o que encarece, mas, chama mais a atenção dos consumidores. Podemos exemplificar: O celular que tira fotos e serve de calculadora e serve para ouvir músicas, como despertador e lanterna, a televisão com controle remoto, a TV plasma e com tela plana, a máquina de lavar que também serve para secar, o microondas, a câmara digital o computador com suas diversidades de funções, a geladeira que não cria gelo (frost free) e a câmara digital, entre outros. Já desde criança aprendemos a querer sempre o melhor, pois, na família e na escola é o que vemos, é desta forma que somos incentivados, queremos ter nossa página na internet, queremos os produtos mais atualizados que a TV está mostrando, a boneca que sorri e que chora, que fala, que anda, até porque a colega ganhou da mãe, da tia ou padrinho, vem a dúvida se quer a Barbie ou casa da Barbie, a criança também quer a melhor bota, o melhor tênis, a melhor calça, a melhor blusa. Ah! E os eventos, as festas que desde cedo tem que participar quase que por obrigação, são os aniversários, as festas juninas, a festa do Padroeiro, o carnaval, as comemorações do nata e do ano novo; tudo isto, sem obedecer a nenhum limite no que torna a situação um problema, principalmente se um dia você não puder continuar com seus hábitos, mas, uma vez, volto a lembrar as diferenças sobre o que se deve comprar e o que se deve participar; sobre o que se pode e se deve comprar, para evitar conflitos sociais no futuro, causado por problemas financeiros. Neste jogo do salve-se quem puder e vença quem for melhor, devo lembrar que tem aquelas pessoas que ganham um salário mínimo, aquelas que ganham mais de um e têm aquelas que têm outras fontes de renda, por ter outras profissões, outras atividades mais valorizadas ou até por ter seus próprios negócios, estas últimas podem gastar mais porque ganham mais, e as que ganham menos devem ser conscientes que precisam gastar menos, ai, entram a questão dos empréstimos bancários, dos limites em conta corrente oferecidos pelos Bancos e que muitos usam sem saber que vão ter que pagar e com juros altos, até porque muitos correntistas não sabem que tem uma conta corrente, o que é uma conta corrente, nem qual a finalidade desta conta. E os Bancos para aumentar seus lucros, abrem conta para todos que recebem pagamentos em suas agências, sejam funcionários públicos municipal, estadual ou federal, dos beneficiários da Previdência social, sem se importar com o nível de instrução dos mesmos e sem oferecer o menor esclarecimento para o beneficiário correntista, sobre o motivo pelo qual se tornaram correntistas. Além do mais os Bancos oferecem empréstimos com descontos em folha de pagamento, e que antes do prazo de da última prestação, o Banco já oferece renovação, os assalariados sem as mínimas condições de pagar acabam renovando, pois o Banco garante que os juros são baixos, mas, o que os beneficiários não sabem é que além de pagar juros ainda pagam taxas de serviços que nem conhecimento das mesmas eles tomam. Pois é, com os novos produtos no mercado, com as facilidades de créditos, com o que chamamos de moda, que é o que está em gosto ou em uso, todos estes fatores leva o beneficiário ou consumidor a um grande desequilíbrio econômico, pois as pessoas tendem a crescer socialmente olhando sempre para quem está comprando mais, para quem está em alta no momento, ou na mídia, sem analisar e comparar sua situação financeira, vendo apenas a condição social, buscando um falso crescimento econômico, o que cria um mal estar que acaba numa dívida e em grandes dificuldades, ai como solução a pessoa começa a recorrer aos empréstimos para cobrir os limites e pagar outras contas e pegar o limite do Banco para pagar os empréstimos, que é o que chamamos de bola de neve, isto, quando não param nas mãos dos agiotas que cobram seus juros altíssimos. Desta forma vão deixando de pagar contas essenciais como água, luz, telefone, supermercados, farmácias, entre outras. Por falta de controle ou de planejamento dos seus gastos acabam entrando num mundo quase sem volta. É muito bom comprar e é muito bom vender, participar das coisas boas que a vida oferece, mas, precisamos entender que devemos gastar só o que ganhamos, nunca gastar mais, jantar e almoçar nas churrascarias é muito bom, tomar umas cervejinhas com os amigos é maravilhoso, usar marcas, andar na moda nem se fala. Mas, tudo isso tem um preço e na maioria das vezes muito alto, por isso, só devemos participar do que queremos e podemos,fazendo valer sempre a nossa consciência, deixando o que os outros pensam a respeito das nossas atitudes em segundo plano, assim, passamos a ser exemplo para aqueles que estão em desequilíbrio por não ter seguido nosso pensamento, desprezaram nossa maneira de agir, pois desta forma participamos da mesma sociedade, fazemos usos dos mesmos direitos e dos mesmos serviços, consumimos os mesmo produtos, mas, com uma diferença na forma; o equilíbrio financeiro e social e passamos a ser admirados por muitos, pois a chave do problema está no controle dos gastos e no equilíbrio psicológico de aceitar a ser o que realmente é um simples consumidor de um mundo de consumismo desenfreado, tudo em nome do crescimento e do lucro rápido e fácil. O fato é que esta realidade pode mudar, se as escolas de Ensino fundamental e de ensino médio começar ensinar aos alunos os ensinamentos básicos sobre as conseqüências que o consumismo traz às nossas vidas.

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Umarizal - RN
Autor: Francisco Costa


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