PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS




1 INTRODUÇÃO

As pequenas e médias empresas vêm sendo há muito tempo alvo de atenção de analistas econômicos por conta do seu potencial de geração de renda e de emprego. No pós-fordismo, esta atenção se intensifica à medida que os atributos de flexibilidade e agilidade de adaptação às demandas do mercado características de muitas PMEs são valorizadas. Assim, as políticas de inovação e apoio voltadas para estas empresas podem ser um instrumento de estímulo ao crescimento e à competitividade de setores e de regiões. Entretanto, a diversidade do universo destas empresas torna difícil a prática de políticas de inovação e apoio a elas destinadas.

A capacidade prática das PMEs depende de vários fatores, relacionados à organização do setor e ao sistema de inovações no qual elas se encontram. Tanto as PMEs como as grandes empresas têm vantagens para gerar e adotar inovações. Enquanto as grandes empresas têm vantagens materiais para gerar e adotar, as pequenas e médias empresas têm vantagens comportamentais relacionadas à sua maior flexibilidade e capacidade de adaptação a mudanças no mercado. Normalmente as empresas menores têm atividades diversificadas e estruturas flexíveis que favorecem ações rápidas a mudanças no mercado. Além disso, estas empresas podem operar em nichos que apresentam uma alta taxa de inovação. O ambiente das empresas pequenas induz a uma maior motivação dos empregados em desenvolver a produtividade e a competitividade através de inovações.

2 PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS: DIFICULDADES, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

2.1 PAPEL DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS NO QUE DIZ RESPEITO A INOVAÇÃO E AOS TIPOS DE POLÍTICAS DE APOIO DESTINADAS AS MESMAS

Na atualidade com a quebra de paradigmas as pequenas e médias empresas vêm redefinindo e firmando-se na Era do Conhecimento, obtendo com isso resultados favoráveis as inovações e ao desenvolvimento de políticas de apoio ao desenvolvimento das mesmas. Considerando esse o papel das PME's – Pequenas e Médias Empresas – algumas ações destacam-se nos tipos de políticas de apoio, como por exemplo, as ações que se refere à cultura empreendedora que inclui os programas de divulgação, demonstração e premiação, e também disponibiliza infra-estrutura, logística, serviços básicos, dentre outros, enfim ações que estimulam a melhoria nas operações.

Outro tipo de política de extrema relevância é o conjunto de serviços de apoio, que geralmente inclui programas de informação, capacitação e consultoria. As políticas surgem no intuito de apoiar as empresas fortalecendo suas capacidades e competências de forma continuada, dentro de uma probabilidade de longo prazo.

Vale ressaltar ainda as políticas de financiamentos à criação e o desenvolvimento das pequenas e médias empresas, variando desde financiamentos diretos, incentivos fiscais e muitas outras nesse mesmo propósito.

Os tipos de políticas de apoio destinadas as PME's procuram aperfeiçoar os mecanismos existentes e diminuir as restrições quanto à obtenção de financiamentos, paralelo a isso, estimular ainda a criatividade em financiar o desenvolvimento da instituição.

2.2 MEDIDAS DE INTEGRAÇÃO DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS À ECONOMIA DO CONHECIMENTO E QUAIS AS VANTAGENS DECORRENTES DESSE PROCESSO

As empresas nunca vivenciaram um ambiente de tantos desafios e concorrência como os atuais, por isso, mudanças nas relações empresariais vêm se intensificando na medida em que se acumulam e consolidam as transformações técnicas, organizacionais e econômicas. A globalização passou a influenciar as empresas de diferentes formas, desde a gestão do fluxo de caixa até o perfil de recrutamento de pessoas para suas organizações. Ao mesmo tempo em que algumas empresas acabaram produzindo produtos e serviços semelhantes, atuando, nos mesmos mercados onde a cada dia que passa, fica mais acirrada a competição.

A competitividade relativa determina a lucratividade relativa. A procura por vantagens é inerentemente sustentável. É necessário acelerar a aprendizagem organizacional para ultrapassar competidores na construção de novas vantagens, contribuindo para maior flexibilidade organizacional. A competição baseada na inovação derruba, a cada dia, barreiras tradicionais de comércio e investimento. É nesse contexto que pequenas empresas competem, buscando antes de tudo assegurar sua sobrevivência.

Mas a competitividade contribui para a capacidade da empresa formular estratégias concorrências, que lhe permitam ampliar ou conservar, de forma duradoura, uma posição sustentável no mercado, obrigando as empresas a buscarem novas formas de manter esta posição sustentável no mercado.

As formas que estas organizações podem assumir são várias, mas todas visando o beneficiamento do negócio. Não permanecendo rígidas, estas estruturas seriam suficientes, através de sua responsabilidade, contribuindo para a abertura de novas oportunidades para a organização e seus associados, tornando-os mais adaptativos ao negócio.

A fim de se precaver contra os possíveis efeitos perversos desse modo de organização, é conveniente desenvolver pesquisas adicionais sobre o papel desempenhado pelas empresas. Torna-se imprescindível a utilização de uma abordagem dinâmica para o planejamento estratégico dos sistemas de produção, definida como a análise dos processos de mudança.

As pequenas e médias empresas, em decorrência da globalização e suas imposições, vêm buscando alcançar vantagem competitiva para sua sobrevivência no mercado. Muitas procuram associar-se em redes locais como clusters e arranjos produtivos locais para enfrentar a concorrência com grandes empresas.

2.3 CONCEITO, FUNDAMENTOS E PARADIGMAS DE REDES E FIRMAS – CONTRIBUIÇÃO DESSE SISTEMA NA MELHORIA DAS POLÍTICAS DE APOIO E INCENTIVO AO DESENVOLVIMENTO DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

Firma ou razão comercial é o nome sob o qual comerciante ou sociedade exerce o comércio e assina-se nos atos a ele referentes. A firma é uma unidadeque aprende e acumula conhecimento, principalmente construída em formatosorganizacionais que privilegiam o aspecto local, favorecendo os ganhos decompetitividade da instituição.

O conceito de rede transformou-se, nas últimas décadas, em uma alternativa prática de organização, possibilitando processos adequados para responder às demandas de flexibilidade, conectividade e descentralização das esferas contemporâneas de atuação e articulação social. Capazes de reunir indivíduos e instituições, de forma democrática e participativa, em torno de objetivos e/ou temáticas comuns, as redes se estabelecem por relações horizontais, e em dinâmicas que supõem o trabalho colaborativo e participativo.

As redes se sustentam pela vontade e afinidade de seus integrantes, caracterizando-se como um significativo recurso organizacional, tanto para as relações pessoais quanto para a esqtruturação social.

Uma atuação em rede supõe valores e a declaração dos propósitos do coletivo (missão): por que, para que e fundamentada em quê a rede existe? Há alguns parâmetros que norteiam a interação e devem ser considerados por quem queira trabalhar colaborativamente, uma espécie de código de conduta para a atuação em rede. Sem intencionalidade uma rede não consegue ser um sistema ativo, mas apenas um amontoado de possibilidades. A comunicação e a interatividade se desenvolvem a partir dos ajustes e dos padrões estabelecidos em comunidade. Uma rede é uma comunidade e, como tal, pressupõe identidades e padrões a serem acordados pelo coletivo responsável. É a própria rede que vai gerar os padrões a partir dos quais os envolvidos deverão conviver. É a história da comunidade e seus contratos sociais.

A participação dos integrantes de uma rede é que a faz funcionar. Uma rede só existe quando em movimento. Sem participação, deixa de existir. Ninguém é obrigado a entrar ou permanecer numa rede. O alicerce da rede é a vontade de seus integrantes, a colaboração entre os integrantes deve ser uma premissa do trabalho. A participação deve ser colaborativa.

2.4 AS PEQUENAS EMPRESAS E A ECONOMIA BRASILEIRA

As pequenas e médias empresas são invisíveis, mas fundamentais para o sistema econômico. E por ter um poder mais difuso ninguém a vê como um potencia. Considerando que o cenário de crescimento econômico veio evoluindo nos últimos anos em razão do controle inflacionário e da estabilização da moeda nacional, a tendência também é de crescimento nesse número que já possuía indicadores favoráveis. Acrescente-se aí, o fato da ausência de investimentos e políticas públicas de financiamento da atividade empresarial no Brasil, ou seja, quem possui recursos (grandes empresas), investe em produção, os que não dispões de recursos próprios (micro e pequenas empresas) dependem exclusivamente de mecanismos de financiamento e de políticas públicas voltadas ao segmento.

  
 

3 CONCLUSÃO

O desenvolvimento teórico no campo organizacional tem passado por diversas discussões e formulações, cujos fundamentos estão estacionados em múltiplas formasde encarar as organizações, absorvendo contribuições das mais variadas áreas do conhecimento.

Contudo, limitações de ordem conceitual, no que refere-se às questõesadaptativas, fizeram com que a perspectiva de mercado tratasse de ajustar algumasdistorções das inovações, propondo uma análise a partir do padrão derelacionamento entre organização e ambiente e entre as redes deorganização. Destaca-se, assim, o potencial colaborativo entre organizações, a fim de fornecerem respostas mais adequadas às demandas de mercado.

Portanto, a evolução dos formatos organizacionais tem privilegiado a aproximaçãoentre as organizações, no intuito de elevar o grau de relacionamento entre elas,dado que no cenário atual, as organizações não conseguem prosperarisoladamente. A conjuntura da percepção dos pequenos e médios empresários demanda níveis de relação capazes de oferecer solidez e força as organizações, o que conduz estas, por conseguinte, abuscarem na formação de redes as bases para superar os obstáculos impostos pela alta competitividade e mutação constante do ambiente.

A teoria de redes traz alguns conceitos que ajudam a visualizar as organizações de maneira distinta dastradicionais perspectivas, sendo, então, de vital importância para uma maiorconsolidação da teoria organizacional.

Em vias de conclusão, cumpre alertar que, embora tenha evidenciado os pontos positivos da teoria das redes e privilegiado a harmonia em detrimento do conflito, sendo assim esta seria sua principal limitação, não se pode negligenciar que, as teorias de rede, em sua maioria, não consideram as assimetrias decorrentes das relações entre os agentes. Desta forma, o poder se apresenta como uma variável que interfere significativamente no funcionamento da estrutura relacional da rede.


Autor: Valdelício Menezes


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