Formação Continuada - Parte 2 - Busca de plenitude



Francisco Eudes Gomes

O grupo de professores que lecionam no Brasil, escolheram as escolas públicas e particulares para trabalhar. Sabemos que todas as unidades escolares passaram por mudanças e continuarão persistindo em grandes transformações, é uma caminhada sem volta. Muitas pessoas já mostraram o caminho. A humanidade sempre evolui assim, com base nos que mostraram o caminho, que mostraram que o centro não é a Terra, mas o Sol.

São pessoas que fazem ruptura de padrões e paradigmas de olhar, sentir, agir, comunicar, educar. Há paradigmas de plenitude e paradigmas de degradação. Nós somos dirigidos, ainda, por paradigmas da degradação. O salto para isso é um salto de consciência. Cada um que ganhe consciência disso, que começa a trabalhar nessa direção, está sendo um agente de transformação em busca da sua plenitude. Aqueles que pronunciam constantemente o paradigma de degradação, são pessoas que continuam no isolamento cultural e social, vivem na defensiva daquilo que não criaram; não lutam para melhoria de seu país, são os verdadeiros escapistas (fogem quando são chamados para ser um colaborador) e vivem reclamando sem nada fazer para mudar.

O projeto na educação deve percorrer nessa direção, de favorecer que os adolescentes das escolas tenham a oportunidade de refletir sobre isso.

Pelas técnicas do auto-cuidado e do cuidado do outro, da natureza, elevar-se, ganhar consciência de que é possível sair dessa degradação. E a idéia de desenvolvimento humano integral é a de aprendermos a desenvolver nosso potencial em todas as categorias que nos levam a uma vida em plenitude. A plenitude é sabedoria e felicidade. Temos que acabar com o conceito de que desenvolvimento é ter coisas materiais. Estamos em um momento em que se diz que o conhecimento é o fator de elevação, pois o conhecimento é meio.

Fator de elevação é o uso do conhecimento, dizem os economistas que a moeda de troca no século XXI é o conhecimento. Temos que aprender a transformar o que hoje é fim, em instrumento. Dinheiro é instrumento, produção é instrumento. Se o dinheiro for fim ele é mefistofélico, ele conquista a pessoa, ele escraviza.

É a sociedade que passa essa visão, porque nela você é valorizado pelo que você tem e não por aquilo que você é. Se o adolescente ganha a visão de que o importante é ser, independente da calça jeans estar furada, do sapato rasgado da sua opção cultural, ele não precisa fazer violência. Ele vai tentar sobreviver, mas não de maneira violenta. Vai buscar na criatividade os meios de sobrevivência. O planeta está cada vez mais globalizado, a humanidade precisa de novos antídotos para buscar sua plenitude. Todos os trabalhos realizados nas escolas para impedir os preconceitos são bem-vindos, pois nosso potencial enquanto profissionais da educação deve está a serviço da humanidade. Quem prega uma visão negativista do outro, deve mudar sua postura e viver no melhor dos mundos que é a harmonia.

A humanidade entrou num período de mudanças cuja amplitude, profundidade e, sobretudo, rapidez provavelmente nunca tiveram um equivalente na história. A internacionalização da vida das sociedades nacionais, o fenômeno da mundialização, os problemas do meio ambiente, as tensões e os conflitos de um novo tipo, bem como a generalização de certas normas e de certos comportamentos culturais que entram em conflito com os valores tradicionais, os problemas éticos cada vez mais complexos, dos quais nem os indivíduos nem as sociedades podem escapar, são alguns dos fatos relevantes da nossa época.

As sociedades, as relações entre os indivíduos, entre estes últimos e as instituições, entre diversos grupos e entre nações tornam-se cada vez mais complexas. Um nível inicial de educação cada vez mais elevado e uma educação constantemente renovada e completada no decorrer da vida passaram a constituir necessidade absoluta para todos os seres humanos, a fim de que eles possam levar uma vida com sentido, obter um rumo da sociedade, enfrentar os inúmeros novos desafios e evitar cair numa situação sem identidade e objetos claros.
Autor: Eudes Gomes


Artigos Relacionados


O Lúdico Como Forma De Ensino Em Matemática

A Função Da Escola E Da Educação

O Discurso / Mídia / Governo

Educação Física Escolar

A Perspectiva Construtivista De Ensino

Fantasma Da Corrupção

ReflexÕes Sobre O Amor