AJUDA-TE E O CÉU TE AJUDARÁ



AJUDA-TE E O CÉU TE AJUDARÁ

 

 

Pedi e dar-se-vos-á, buscai e achareis, batei, e abrir-se-vos-á. Porque todo o que pede, recebe; e o que busca, acha; e a quem bate, abrir-se-á. Ou qual de vós, por ventura, é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra ? Ou, por ventura, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente ? Pois se vós outros, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos Céus, dará boas dádivas aos que lhes pedirem. (Mateus, VII: 7-11).

 

Uma das características que diferencia o ser humano dos animais é o seu constante desejo de melhorar. É exatamente esse desejo que o impulsiona às invenções, às descobertas e ao aperfeiçoamento em todas as áreas do conhecimento humano. É assim que vamos, gradualmente, passando do estágio selvagem ao chamado estágio civilizado.

 

Se o progresso intelectual do homem é inegável e cada vez mais rápido (para isso basta observar o que a raça humana produziu em termos de conhecimento nos últimos 40 anos, por exemplo), o mesmo, não necessariamente, se observa no campo moral.

 

Por meio do processo de reencarnações sucessivas é que cada indivíduo vai passando, lentamente, do estágio da barbárie à civilização moral. Se as almas deixassem a Terra para não mais retornar, a humanidade se renovaria apenas com entidades primitivas, que teriam tudo a aprender.

 

Infelizmente, o progresso que realizamos individualmente a cada processo reencarnatório é muito pequeno, quase insignificante e até mesmo imperceptível em muitos casos.

 

Onde então reside a nossa dificuldade individual em progredir moralmente ?

 

Talvez a nossa primeira dificuldade seja exatamente a nossa conscientização dessa necessidade. Dedicamos parte significativa do nosso tempo aos nossos afazeres terrenos e simplesmente nos esquecemos de reservar e dedicar tempo às nossas necessidades espirituais. Ademais, esse tema carece, de maneira geral, por parte das religiões dogmáticas e das instituições terrenas, de maior esclarecimento e fundamentação frente a razão. Enfim, os temas religiosos, relativos à alma, ao Espírito e a Deus acabam ficando em segundo plano em nossas vidas. Pior ainda, quando as coisas materiais (finanças, negócios, saúde, etc.) vão bem. Ai esquecemos, quase que definitivamente, de Deus.

 

Independentemente do nosso nível de consciência quanto à necessidade de nossa evolução moral e espiritual, a nossa falta de proatividade nesse tema também permite que as nossas áreas de aprimoramento sejam proclastinadas na espera de um momento oportuno, permitindo que a matéria se sobreponha ao espírito.

 

Na busca incessante e infindável da satisfação de nossas necessidades materiais vamos permitindo que os “pais” de todos os nossos males, quais sejam, o orgulho e o egoísmo, vão ganhando forças e se apoderando de nós. Nos tornamos então prisioneiros de nossas posses materiais, de nossos relacionamentos. Queremos ser os donos nossos parceiros, de nossos filhos, de nossos amigos e somos incapazes de perdoar quando estes não fazem exatamente o que o nosso egoísmo ordena.

 

Arrogância, inveja, ódio, rancor, desdém intolerância, impaciência, incompreensão, preguiça e todos os sentimentos a eles correlatos, vão se apoderando de nós, pouco a pouco, silenciosamente, até o momento de nossa queda, do nosso novo despertar, para a necessidade inexorável da nossa evolução.

 

Distorcemos então e nos equivocamos quanto ao conceito de “aproveitar a vida”, dedicando parte significativa da nossa existência à satisfação das nossas necessidades materiais, campo aberto, entre outros, para a luxuria, os vícios das drogas, do álcool, do fumo e do sexo desvairado e inconseqüente, como se fossem esses os grandes atrativos da vida ! O grande barato ! A grande curtição !

 

Mas que desilusão ao “cairmos na real” e observarmos que ao invés de prazer e liberdade essas práticas nos levam ao aprisionamento e ao vazio interior total. Quanto tempo e esforço a ser despendido para nos livrarmos desses falsos prazeres.

 

É então que levantamos os nossos olhos ao alto e pedimos o apoio do Pai e dos nossos bons irmãos protetores, que nunca nos abandonaram, para que eles nos ajudem a encontrar novamente a rota, o caminho que nos leva até Deus.

 

Marcha e atingirás ! Encontrarás pedras nos teus passos; mantém-te vigilante; e afasta-as por ti mesmo ! Nós te daremos a força necessária, se quiseres emprega-la. (O Livro dos Médiuns, Cap. XXVI, no. 291 e seguintes).

 

“Pedi a luz que deve clarear o vosso caminho, e ela vos será dada; pedi a força de resistir ao mal, e a tereis. Pedi a assistência dos bons Espíritos, e eles virão ajuda-vos e como o anjo Tobias, vos servirão de guias; pedi bons conselhos, e jamais vos serão recusados; batei à nossa porta, e ela vos será aberta; mas pede sinceramente, com fé, fervor e confiança; apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias forças, e as próprias quedas que sofrerdes constituirão a punição do vosso orgulho. É esse o sentidos dessas palavras do Cristo: Buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 25, item 5).

 


Autor: SILNEY DE SOUZA


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