Educação Antiga: Educação no Egito, Grécia e Roma



JOSENEIDE MARTINS

EDUCAÇÃO ANTIGA

Trabalho da disciplina de História da Educação, Curso de Licenciatura em Física da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

Prof º Roberto R. Keller

CURITIBA

2009/1

1. EDUCAÇÃO NO ANTIGO EGITO

1.1ANTIGO IMPÉRIO

Período Arcaico – 3ª dinastia – séc XXVIIa .C

No antigo Egito, vemos que houve muita importância nas conveniências sociais, onde há regras morais e comportamentais bem rigorosas. Os ensinamentos são de pai para filho e do mestre escriba para o discípulo, sendo que há sempre uma continuidade da transmissão do ensino de geração em geração. A autoridade dos adultos é inquestionável.

A educação do Egito se dá de uma forma mnemônica, repetitiva, sempre baseada na escrita. O ensinamento é voltado para a formação do homem político, sua educação é direcionada para o falar, depois ser obediente e enfim saber valorizar a educação.

A obediência traz outra arte, que é o saber comandar, saber se subordinar para não sofrer castigos.

1.2IDADE FEUDAL

Quatro dinastias ( 7ª, 10ª, de 2190 a 2040 a.C)

Na Idade Feudal vemos que os faraós se mostram mais preocupados com a decadência da disciplina social. Agora a educação deixa de ser um pouco de pai para filho e os pais agora confiam os jovens a uma pessoa profissional que se dedique a educa-los.

Surge agora a Educação Física tendo como esporte principal a natação, onde quem a pratica são os filhos do rei juntamente com outros jovens escolhidos pelo rei, geralmente estas aulas são feitas no palácio ou em sedes da corte.

Neste momento ainda se tem muita importância a retórica, mas surgem os chamados charlatães que não tem o dom de falar mas se espera obter o poder.

Surge a figura do escriba, que é o perito na escrita, além de funcionário da administração, ele se torna o mestre dos filhos do rei.

1.3O MÉDIO IMPÉRIO

Período Tebano ( 11ª e 12ª dinastias – 2133 – 1786 a.C

O uso do livro de texto já usado posteriormente ganha mais importância e torna-se cada vez mais freqüente e generalizado.

Temos aqui um modelo de educação privada, também feita de pai para filho ou de escriba para discípulo. A profissão de escriba toma tal importância que chega a propiciar a sua ascensão social, tornando as letras mais importantes que a palavra.

Aqui vemos que para se tornar um escriba tem que se fazer uso da obediência e do estudo, por ter um ideal a promoção social.

1.4O SEGUNDO PERÍODO INTERMEDIÁRIO

Época dos hicsos, da 13ª a 17ª dinastia ( 1785 a 1580 a C)

Além da permanência da tradição educativa vemos também a passagem da sabedoria para a cultura ou instrução, neste contexto, o livro torna-se de vital importância.

Se exalta a técnica da instrução, dando importância a habilidade manual na escrita. Vemos agora tomar importância a educação na primeira infância, mas continuando a separação da criança da mãe para freqüentar a escola.

A educação física se torna uma preparação para a guerra e continua sendo privilégio somente das classes dominantes, sendo que as classes populares achavam que o exercício físico não era saudável para os jovens e a força adquirida era temporária.

1.5O NOVO IMPÉRIO

Neste período ainda vemos exaltado o valor do ensinamento. A profissão de escriba perde

um pouco seu status, e passa a ser destinado a pessoas de compleição frágil.

Vemos que a punição se torna cada vez mais freqüente, principalmente a punição corporal, mas surge também a reclusão e os grilhões.

1.6PERÍODO DEMÓTICO

Período (1069 – 333 a C )

Agora se dá maior importância não a retórica mas a subordinação, onde se deve assimilar os costumes, ter obediência e submissão.

Vemos agora que se tem o objetivo de preparar as crianças para a guerra, não somente para o obedecer, mas também para o comandar.

2EDUCAÇÃO NA GRÉCIA

Período Arcaico ( século VIII a VI a C)

2.1 Educação Homérica

A educação neste período teve um caráter prático. As epopéias de Homero: a Ilíada e a Odisséia, falam dos ideais dessa educação, que compreende os dois momentos da ação de quem governa, ou seja, a sabedoria e ter poder de ação.

Neste momento, ao lado dos cuidados com a educação física, torna-se importante a formação intelectual.

No início a educação é aristocrática, e em fins do século VI a C aparecem formas simples de escolas e a educação deixa de ser só de responsabilidade da família, adquirindo aspectos coletivos. O Estado demonstra interesse, mas ainda o ensino não se torna obrigatório nem gratuito, continuando sob a iniciativa privada.

2.2 Educação Ateniense ( 600- 450 a C)

Em Atenas a educação da criança de até 7 anos se restringe em casa, a cargo da família, muitas vezes aos cuidados de amas e escravos.

Neste momento surge a figura do " pedagogo", designa em sua origem o condutor de meninos; por isso eram chamados de pedagogos oes escravos encarregados de guiar as crianças à escola.

A criança grega freqüentava dois tipos diferentes de escolas: a escola de música e a escola de ginástica.

Para os gregos, a educação física não é só destreza corporal mas vem acompanhada de uma preocupação moral e estética.

Na educação musical, a música tem um significado mais amplo. Cultiva-se o canto em forma de coral e a declamação de poesias, tendo também como expressão a dança que seria a ligação entre o exercício físico e a música.

2.3 A escola do alfabeto

Durante muito tempo a leitura e a escrita merecia menor atenção, dando maior ênfase as práticas esportivas e musicais. À medida que aumenta a exigência de melhor formação intelectual, começa a surgir três níveis de educação: a elementar, a secundária e superior.

Na educação elementar surge a figura do gramático, que costuma reunir um grupo de alunos, a quem ensina leitura e escrita, usando como método o recurso da silabação, repetição, memorização e declamação, escrevem em tabuinhas enceradas e fazem cálculos com o ábaco ou com o auxílio dos dedos.

Mais ou menos aos 13 anos, completa-se a educação elementar. As crianças pobres procuram um ofício, e as de família rica continuam os estudos, sendo encaminhadas ao ginásio, onde as atividades musicais se ampliam, abrindo espaço também para a matemática, geometria e astronomia.

A educação superior só aparece com os sofistas, onde se ensina principalmente a retórica e a filosofia.

2.4 Os Docentes

Na Grécia, o mestre geralmente é uma pessoa humilde, mal paga e sem prestígio.

O ofício de mestre era o ofício de quem caíra em desgraça, era visto como mendigo e recebiam um salário de miséria. Sofriam perseguições políticas por cobrarem por seu trabalho.

Neste contexto começa o processo de estatização da escola, onde haverá uma melhoria das condições econômicas e do prestígio social dos mestres. Mas mesmo assim resiste a ironia com os mestres e a resistência em pagá-los.

3EDUCAÇÃO EM ROMA

Em Roma, o pensamento dos romanos tendia para o prático, enquanto que os gregos se

Preocupavam com a racionalidade, harmonia e preparação.

A sua instrução escolar no sentido técnico, especialmente das letras, é quase totalmente grego, pois os romanos julgavam tudo pelo critério da utilidade ou da eficácia.

3.1Educação na Família

Em Roma, a família desempenha papel muito importante, onde o pai é o principal

Responsável pela educação dos filhos.

Até os 7 anos as crianças permanecem sob os cuidados da mãe. Depois desta idade, as meninas continuam na lar com os trabalhos doméstico, enquanto o filho fica sob responsabilidade do pai, que se encarrega pessoalmente da sua educação. O pai tem pleno poder sobre seus filhos, ele pode matar os filhos anormais, castigar, prender, vender ou matar os filhos rebeldes.

A partir dos 15 anos, o jovem acompanha o pai no foro, praça central onde são tratados os assuntos públicos e privados, paraaprender civismo.

Aos 16 anos o jovemé encaminhao para a função militar ou política.

3.2A primitiva educação romana (753- 250 a C)

Durante a última parte desse período surgiram as escolas elementares. São as escolas

Do ludi magister, onde se aprende a ler, escrever e contar. Os mestres são pessoas simples e mal pagas, usando qualquer espaço para ministrar suas aulas.

3.3A introdução das escolas gregas (205 – 5 a C)

Pro volta dos séculos III e II a C, as incursões militares e o comércio colocam os

Romanos em contato comoutros povos. A Grécia, ao ser transformada em província romana, passou a influir sobre a cultura do conquistador, provocando a exigência da aprendizagem do grego.

Surgem as escolas de gramáticos, onde se obtém conhecimentos literários e tem acesso as disciplinas como geografia, geometria e astronomia. Iniciam-se na arte de bem escrever e bem falar.

Com as mudanças históricasa cultura grega continua influenciando a vida em Roma. O tipo de saber mais aceito é a retórica, esta escola era freqüentada por aqueles que queriam uma carreira política, onde estudavam política, direito e filosofia além das disciplinas reais.

A educação física também é praticada pelos romanos, mas com fins diferentes dos da Grécia, aqui, os jovens lutam no circo e anfiteatros, é a formação do soldado.

3.4A escola do Estado

A escola começa a ver uma crescente intervenção do Estado. No início,o Estado é

Mero inspetor, com o tempo há um controle da legislação, até que toma para si a responsabilidade da educação.

No século I d C, é liberado os impostos para professores de ensino médio e superior, é instituída a nomeação de professores pelo Estado.

Neste momento é o Estado que provê o salário dos mestres.

3.5O declínio da educação romana

O que mais caracteriza a decadência da educação romana é o fato de ela ter passado a se limitar à classe mais elevada. A educação deixa de ser possível para um povo inteiro, ou para indivíduos de dada categoria.

A educação ministrada pela primitiva Igreja Cristã veio, gradualmente, substituir a decadente educação romana.

4BIBLIOGRAFIA

MANACORDA, M. A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO São Paulo: Cortez, 2004.

PILETTI, Claudino FILOSOFIA E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO São Paulo: Saraiva, 1988.

ARANHA, Maria Lúcia HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO São Paulo: Moderna, 1993.


Autor: Josi Martins


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