MECANISMOS DE CONTROLE DA REJEIÇÃO NO TRANSPLANTE DE ILHOTAS PANCREÁTICAS ENCAPSULADAS



Introdução. O Diabetes Mellitus (DM) do tipo 1 é uma doença causada pela destruição, por mecanismo auto-imune, das células Beta das ilhotas pancreáticas, produtoras de insulina. O tratamento convencional da DM é realizado por meio de injeções diárias de insulina exógena. O transplante de ilhotas pancreáticas inclui-se, atualmente, como uma das alternativas terapêuticas à insulinoterapia. Objetivo. O objetivo deste trabalho é apresentar dados sobre os últimos avanços no transplante de ilhotas pancreáticas na terapia da DM. Metodologia. O estudo é exploratório-descritivo e realizado através da coleta de dados compreendendo os anos de 2001 a 2006. Desenvolvimento. Os resultados indicam que o isolamento das ilhotas em cápsulas com membranas semipermeável pode ser o tratamento de escolha para o DM, pois dispensa o uso de imunossupressores (CENEVIVA ,NETTO ,2001); deve existir a colaboração entre o endocrinologista e o nefrologista para melhorar a sobrevida dos diabéticos com nefropatia associada (DELFINO,MOCELIN, 2002); embora a terapêutica intensiva com insulina tenha proporcionado um controle metabólico melhorado e diminuído a incidência de complicações, a ocorrência de hipoglicemia grave permanece sendo um tópico, da mesma forma que o potencial contínuo para complicações, sendo o transplante de ilhotas indicado, entretanto existem problemas associados com o uso de imunossupressores como o aumento na incidência de infecções oportunísticas (OLIVEIRA,2004); a encapsulação de ilhotas pancreáticas antes do transplante realiza-se como proposta de prevenir quadros de rejeição de alo-ilhotas e xeno-ilhotas, sem o uso de drogas imunossupressoras (COTTERELL, KENYON,2006). Conclusão. Podemos concluir que, apesar dos esforços intensos para estabilizar níveis de glicemia em indivíduos diabéticos, as complicações a longo prazo e os episódios hipoglicêmicos graves frequentemente ocorrem sendo que o transplante de ilhotas diminui estes episódios, no entanto, fatores tais como a indisponibilidade do tecido doador e a toxicidade dos imunossupressores são limitadores do sucesso terapêutico. Cabe-nos enfatizar que a microencapsulação de ilhotas, a fim de proteger as mesmas da rejeição de células receptoras demonstrou prolongar significativamente a função do enxerto, sendo uma possibilidade real para o tratamento da DM para os próximos anos.


CENEVIVA, R.; NETTO, J.C. Transplante de ilhotas pancreáticas em dispositivos de imunoisolamento celular – resultados iniciais. Acta Cirur Bras, v.6 supl.1, São Paulo,2001.

DELFINO,V.D.A.; MOCELIN, A.J. Transplante de pâncreas e ilhotas pancreáticas: visão do nefrologista. Arq. Bras. Endocrinal Metab v.46 n.2 , abril,São Paulo, 2002.

OLIVEIRA, EMC .Avaliação funcional, in vitro e in vivo, de ilhotas pancreáticas humanas nuas e microencapsuladas. Tese de Doutorado, Instituto de Química da Universidade de São Paulo,141p. São Paulo,2004.

COTTERELL, AA; KENYON,NS . Alternativas para medicamentos imunossupressores no transplante de ilhotas humanas, Current Diabetes Reports Latin America, v.2 n.1:69-75, 2006.

Autor: EDSON COSTA


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