A NECESSIDADE DA IMUNIZAÇÃO DE CRIANÇAS FRENTE AO HUMAN PAPILOMA VIRUS (HPV) NO PRÓXIMO QUINQUÊNIO DIANTE DO AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS DE PEDOFILIA E INICIAÇÃO SEXUAL PRECOCE.



Introdução. A agência norte americana Food and Drug Administration (FDA) que regulamenta a aprovação de alimentos e medicamentos nos EUA, aprovou, no última dia 8 de junho, a primeira vacina desenvolvida, para prevenir a infecção pelo HPV. O vírus dispõe de cerca de 100 tipos reconhecidos sendo que cerca de 20 tipos infectam áreas genitais. Dentre as patologias comuns, destacamos os tumores de pênis, ânus e útero. A vacina foi aprovada para o uso em mulheres entre 9 e 26 anos e tem eficácia frente aos tipos 16 e 18 responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo uterino e, também, eficácia frente aos tipos 6 e 11 causadores de verrugas genitais (FRAZER,2006). Os países europeus deveriam vacinar de forma rotineira as estudantes de 11 e 12 anos (NELSON,2006). A vacina Gardasil produzida pela Merck & Co é utilizada de forma obrigatória em pré-adolescentes do Estado de Michigan (CDC,2006). Objetivo. O objetivo desta pesquisa é apresentar dados atualizados sobre a necessidade de imunoprofilaxia para o HPV em crianças brasileira para o próximo quinqüênio. Metodologia. A pesquisa é bibliográfica, utilizando-se bases de dados (PUBMED e MEDLINE) do ano de 2006 sobre a vacina Gardasil e a legislação associada. Desenvolvimento. A pesquisa esclarece que a vacina Gardasil, do Laboratório Merck Sharp & Dohme, é uma vacina recombinante, que tem posologia recomendada de 3 doses, sendo a segunda dose aplicada dois meses após a primeira aplicação e a terceira, seis meses depois. É esperado que a imunização previna a maioria dos casos de cânceres passíveis de serem causados pelos tipo de HPV incluídos na vacina. Porém, o produto não oferece proteção para a mulher que já tenha sido infectada por um deles (PINCOCK, 2006). Quatro estudos, um nos EUA e outros multinacionais foram realizados contando com a participação de 21 mil mulheres entre 16 e 26 anos e outros estudos com meninas de 9 a 15 anos, sendo que nos dois grupos pesquisados a eficácia da vacina se manteve (NELSON,2006). Esta em estudo e desenvolvimento uma vacina similar para ser aplicada em homens (FRAZER, 2006). Conclusão. Podemos concluir que a vacinação de meninas suscita polêmica porque para setores mais conservadores representa uma mensagem que sexo nessa idade é inadmissível. Os membros do Departamento de Saúde do Estado de Michigan (EUA) após estudos de viabilidade encaminharam ao governador do Estado parecer técnico , o que gerou a decisão de aprovar uma lei que obriga a vacinação de estudantes a partir dos 11 anos de idade, desde o dia 21 de setembro em todo o Estado de Michigan sendo que em outros países, como o Brasil, a medida também deveria ser adotada minimizando danos em nossas crianças neste próximo qüinqüênio.

FRAZER, I. Should HPV vaccines be mandatory for all adolescents? The Lancet, v368, Issue 9543, 07 October 2006, page 1212.

NELSON, R. New tools for preventing HPV infections. The Lancet Infectious Diseases, v6, Issue 8, August 2006, pages 468-469.
PINCOCK, S. Finding a vaccine for human papillomavirus. The Lancet,v367, Issue 9504,07 January, page 21.

CDC – Centers for Diseases Control and Prevention :Departament of Health and Human Services www.cdc.gov acessado em 30 de outubro de 2006.

Autor: EDSON COSTA


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