HISTÓRIA E VERDADE



(Adam Schaff)

Dhiogo Jose Caetano

Graduando do UEG - Universidade Estadual de Goiás

Palavras-Chave: Rebelião, Totalidade, História, Positivismos, Humana,

Croce, Ciência, Contemporânea e Espiritualidade.

Podemos perceber a partir da análise do texto Adam Schaff que ocorre um processo de reformulação dos princípios fundamentais da escola tradicional; os quais contrapõem as teses anteriores.

As divergências surgem entre os historiadores no momento que eles passam interpretar os fatos ficando claro que o estudo dos fatos histórico vai além dos limites da compreensão humana; formulando as contraposições, afirmando que no conhecimento histórico, no sujeito e o objeto constituem uma totalidade orgânica, agindo um sobre o outro; cabe ao historiador, a função de interpretar os acontecimentos históricos, observando que na história não existe leis e regras.

Os antipositivistas revelam á distinção entre acontecimentos e os fatos históricos, afirmando que o historiador tem o papel de trabalhar e compreender, pois a relação cognitiva nunca é passiva contemplativa, mas ativa por causa do sujeito que conhece; destacando sempre a realidade histórica com a história total, trabalhando não só a parte social condicionada pelo processo de formação de uma totalidade orgânica e vice e versa.

Schaff considera Hegel um precursor do presentismo, por que mesmo suas ideias sendo consideradas opostas, trás obras que merecem ser destacadas, como por exemplo, na forma em que os historiadores, apresentam as ideias sobre o conhecimento histórico. Tal idéia nos condiciona a compreender " fielmente" a história mas, em um sentido de ambigüidade deixando de ser passivo enquanto pensamento, tentando sempre observar a diversidade da reflexão dos fatos histórico, não tendo somente o papel de reescrever tais ocorridos, submetendo-se a um pensamento que observa, entrelinhas as deformidades e o reflexos de uma particularidade puramente receptiva.

Não podemos esquecer de destacar o ponto de vista mais concreto e interessante da reflexão de Hegel sobre a história pragmática, que segundo ele é o presente projeto sobre o passado. Este problema comporta dois aspectos: Como para o historiador o passado se torna presente, e como o presente é projetado subsequentemente sobre a visão do passado é uma das questões formulada por Hegel.

Ao longo do texto percebe-se que Hegel em seu esboço destaca as ideias fundamentais da futura "rebelião antipositivistas", ou seja, o fato sujeito na história, que se representa como projeção do presente sobre o passado, as razões pelas quais se reescreve a história, ideias que faz de Hegel o verdadeiro precursor muito embora inesperada, assim deixa claro schaff.

Da mesma maneira que o intuicionismo o presentismo constitui um desenvolvimento da "filosofia" do espírito. Nessa idéia Croce afirma a teoria instituída puramente entre as contradições com tese segundo a qual e o conhecimento que se produz do passado. Croce defende a tese de que toda história é contemporânea isto é a tese do presentismo, baseando se na "filosofia do espírito". Croce recusa a história do estatuto de ciência, pois para ele os elementos importantes, devem ser formulados antes mesmo de começar a análise do presentismo.

Segundo ele, a intuição pura e a forma fundamental da atividade do espírito; fundamental porque é independente da atividade prática, enquanto esta pelo contrário, depende da intuição. A intuição é o fundamento da existência do objeto sendo ele "estado de almas" fora dos quais nada existe. Desde logo se compreende porque Croce crítica Vico e Hegel por terem introduzido, na filosofia, o transcensus metafísico e obscurecidos ficando claro que o homem possui apenas a sua experiência iminente que existe apenas na realidade, portanto Croce aplica o intuicionismo de sua teoria do juiz histórico o qual o objeto desse juiz é intuitivamente vivido pelo historiador.

Croce nos deixa claro que toda história é atual, enquanto que a verdade do conhecimento histórico é função da necessidade que gerou esse conhecimento relacionando o qual conhecimento com a verdade, com a necessidade, o interesse ao qual este conhecimento corresponde apresentado indelevelmente o presentismo ao pragmatismos.

A interpretação radical do presentismo, como esta implícita em Croce leva a consequências muito graves, particularmente a reconhecendo que não podemos falar de história, porque existe uma multiplicidade de histórias, igual á quantidade de espírito que "criam" a história. Por conseguinte e preciso admitir que não só cada época possui a sua imagem particular da história, como cada nação, cada classe social, mais também praticamente cada historiador é mesmo cada indivíduo pensante. E preciso igualmente pensar que o único critério permitido julgar estas historias múltiplas é necessariamente diferentes, seja a medida na qual elas correspondem ás necessidades, os interesses e as exigências.

Quando o historiador por trabalhar com conceito de verdade, ele deve contestar e promover interpretações contraditórias de um mesmo acontecimento histórico, na medida estas corresponderiam a interesses recíprocos; com efeitos e hábitos de um "espírito absoluto de decidir entre juízos históricos e contraditórios", em que cada um é, no entanto verdadeiro em condições definidas, os efeitos disto seriam do ponto de vista da historiografia; fora da esfera do pensamento das categorias dos "espíritos absolutos", a única evidência é a seguinte ter razão o ultimo a falar, este veredito priva a história da sua qualidade de ciência.

Pois toda a história segundo Collingwood é história do pensamento. O historiador que reconstituiu o pensamento do passado, o faz, no entanto no contexto do seu próprio saber, ou seja, de uma maneira crítica. As atividades cuja história estuda, constituem para ele não um espetáculo que lhe é preciso reviver no seu conhecimento, apenas na medida em que são igualmente subjetivas como atividades pessoais do historiador. A imagem histórica é o produto da imaginação do historiador, e o caráter necessário desta imagem esta ligada á existência a priori da imaginação. Assim a obra do historiador diferenciar da obra romancista apenas na medida em que a imagem criada pelo historiador é considerada como verdadeira.

Nos anos trinta e quarenta que o presentismo conheceu nos Estados Unidos, o seu maior desenvolvimento; esse desenvolvimento que Robinson lhe tinha prometido uma "história nova". A importância do presentismo americano se relaciona sobretudo com o fato de ter sido desenvolvido principalmente por historiadores eminentes como Charles A. Beard. Não se trata, pois de especulações filosóficas no gênero das que praticavam Croce e Collingwood, mas do ponto de vista elaborado por historiadores em relação direta com as suas investigações.

O presentismo americano provém diretamente de Croce cujas ideias foram implantadas nos Estados Unidos, por um filósofo da influência de John Dewey, pois há um incontestável parentesco de ideias entre o presentismo de um e o pragmatismo de outro.

Dewey baseiam-se apenas em juízos relativos e coisas que podemos observar no presente (documentos, monumentos e etc.) em juizes que são o resultado de uma seleção operada em função de necessidades definidas. São assim relativos em relação aos problemas e ao mesmo tempo, é sempre o produto de um presente definido.

A história esta assim sempre em relação com um presente definido que fornece os princípios da seleção e assume a responsabilidade dos fatos do passado. Daí a conclusão, cada presente tem seu passado, cada presente reescreve a história.

No entanto Schaff considera o nosso juízo essencialmente negativo; toda a apreciação exige um sistema de referencia e só pode ser feita a partir de oposições escolhidas. Se rejeitarmos o presentismo, apesar de aprovarmos a orientação da sua critica dirigida contra o positivismo, fazendo a partir de posições filosóficas determinadas, porque o que nós rejeitamos, é precisamente o fundamento filosófico desta doutrina.

Em primeiro lugar, Schaff nega recaindo sobre o idealismo, precisamente, sobre o subjetivo da doutrina do presentismo.

Ao escama tear o processo histórico o objetivo ao qual Schaff que referir o nosso conhecimento e a verdade objetiva, fulminadas nos caminhos danificados do subjetivismo; a definição clássica da verdade perde em toda esta aventura a sua cidadania e a sua razão de ser.

Para o marxista, o positivismo, assim como o presentismo, é inaceitável da mesma maneira, mas cada um por razoes diferentes para eles, a questão não é saber qual destas duas posições é a mais errônea ou a mais próxima dos seus próprios pontos de vista; ambas lhe são igualmente estranhas, mesmo se pode aprovar os argumentos críticos adiantados por uma contra a outra.

O presentismo coloca-se, pois em posições subjetivas, embora sublinhando, com razão o condicionamento social do sujeito que conhece.

O problema teórico que consiste em captar numa só teórica corrente e não contraditória a tese sobre a história considerada como um processo objetivo que se produziu no passado e que nós estudamos, a tese sobre o conhecimento encarada não como uma contemplação, mas como um processo objetivo e ativo.

Enfim, controvérsias entre o presentismo e o positivismo esclareceram um pouco estes problemas, fornecendo-nos a sua contribuição teórico-históricas. Mas estas mesmas questões constituem igualmente o objetivo de estudos e investigações em disciplinas cientificas que, apesar de indiretamente, influencias, consideravelmente a nossa reflexão metafísica.


Autor: DHIOGO JOSÉ CAETANO


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