PROJETO DE OFICINA PEDAGÓGICA



Dhiogo Jose Caetano

Graduando da UEG-UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS.

1. APRESENTAÇÃO

 

            Podemos notar a dificuldade que encontramos na educação atualmente, seja pelo desrespeito aos profissionais da educação, entre eles o professor, seja pela herança que conhecemos do estudo da disciplina de história, que ainda é passada de maneira estereotipada, com relação ao conhecimento e informações didáticas.

Assim desenvolverei juntamente com os nossos orientadores Edinaldo Antonio Coelho, Leda Aparecida Sifuentes e Valtuir Moreira da Silva, a proposta de uma oficina pedagógica que pudesse trazer novos horizontes, principalmente para a parte pedagógica do professor, sendo uma proposta para a melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem de História.

            O ponto central tem como objeto de estudo “As culturas populares e religiosas no Brasil”, que serão trabalhadas de maneira diversificada, com uso de imagens, músicas, textos, comidas típicas, etc.

            Tentarei demonstrar, com as atividades realizadas, a importância do Ensino de Historia, através de uma experiência lúdica.

 

2. JUSTIFICATIVA

 

Ao tentar dar um passo em qualquer direção, tenho que planejar e medir as ações, para se chegar a um resultado esperado. O projeto oficina pedagógica tem como base levar e contar a história em sala de aula, com atividades lúdicas. Aprender de uma maneira contextualizada sem nos esquecermos do eixo central do  objeto de estudo:

 

A proposta de História para o ensino fundamental apresenta reflexões amplas para estimular o debate da área. Objetiva levar os educadores a refletirem sobre a presença de História no currículo e a debaterem a contribuição do estudo da História na formação dos estudantes. (BRASIL. 2001:15)

 

Meus objetivos vão além de apresentar uma proposta lúdica. Pretendemos ainda realizar um trabalho regional e historiográfico sobre o tema, cujo objetivo é levar aos alunos um conhecimento mais profundo em relação a essa temática.

Como afirma Rubem Alves: “às vezes eu penso que o que as escolas fazem com as crianças é tentar forçá-las a beber a água que elas não querem beber” (2004:14). Assim, ao tentar usar um projeto ou uma oficina, pretendemos incorporar um personagem “Festeiro e dinâmico’’ como será retratado nas diversas regiões, mostrando traços marcantes na cultura, modos e religiosidade do nosso Brasil.

            Portanto, meu  objetivo é o de inovar, sem esquecer que o hábito de contar histórias surge nas primeiras civilizações. As histórias, os mitos, os causos, a música, elementos mostrados de forma lúdica para poder levar nossos alunos a perceber o quanto às culturas são ricas, e na busca do saber, eles poderão aprender com prazer a importância da cultura popular, porém de forma contextual, real e didática.

 

3. OBJETIVOS

 

3.1. OBJETIVOS GERAIS

 

Desenvolver através da oficina novas maneiras lúdicas que possam promover a aprendizagem do aluno acerca das “Culturas Populares e Religiosas no Brasil”.

 

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

·        Levar os alunos ao entendimento do estudo sobre as “Culturas Populares e Religiosas no Brasil”, utilizando recursos didáticos: imagens, músicas, comidas típicas;

·        Contextualizar as Culturas Populares;

·        Conhecer personagens e fatos que compõe esse enredo da História Popular;

·        Perceber os reflexos de uma Cultura sobre a outra;

·        Compreender e viver um momento utópico e mágico com a diversidade brasileira.

 

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

            Para alcançar os objetivos propostos neste projeto, partirei de leituras básicas referentes às “Culturas Populares e Religiosas no Brasil”. Os estudos que destacam as religiões e festas populares constituem-se na busca de um campo de investigação própria, justificando a abordagens de cientistas e especialistas. O presente estudo pretende apresentar, em perspectiva sociológica, a situação das principais festas do país, num contexto que envolve a secularização da sociedade, o crescimento das religiões de nossa comunidade e a redefinição na estratégia da Igreja Católica, indagando, efetivamente, o que representa a vida religiosa para a sociedade brasileira.

            De acordo com Candido Procópio F. Camargo (1975), os critérios para constituição de uma tipologia social e cultural podem ser divididos em dois aspectos: a relação com o meio social, como afirma também Roque de Barros Laraia (2003) e a significação da religião para os indivíduos.

            Tentar compreender as formas da sociedade brasileira, que desde o período de colonização é marcada pelas trocas culturais, estando estreitamente relacionadas á realização de festas de caráter social, como a boconais, celebrações a Deus e outras às quais são geralmente patrocinadas pela população.

            O Brasil é o país das festas, onde se comemoram acontecimentos, revivem tradições, criam novas formas de expressão, afirmam identidades, enfim, preenchem espaços na vida dos grupos, dramatizando situações populares.

            Com o projeto pretendo apresentar as alternativas pedagógicas ao estudo de história, trazendo atividades lúdicas como elemento de inserção; lemos e pesquisamos vários livros e artigos, proporcionando à oficina subsídios para que tudo pudesse ocorrer de fato.

 

5. METODOLOGIA

 

            Trabalharei com leitura oral de textos acerca da cultura, tentando contextualizar junto aos alunos, ao mesmo tempo utilizaremos recursos como Retro- Projetor, Data-Show, mostrando várias imagens de fatos, lugares, e utilizando músicas que possam promover uma viagem do nosso país.

            Além disto, utilizarei à oficina como um espaço aberto, onde os alunos poderão a qualquer instante fazer questionamentos e tirar dúvidas, deixando em aberto o espaço para discussões e debates para que possamos aproximar nossa linguagem do entendimento do aluno.

             Por fim buscarei, juntamente com eles, fazer uma análise avaliativa da representação das culturas, observando o que houve de aprendizado, críticas, e tudo que ocorreu no período da oficina pedagógica.

 

6. REFERÊNCIAS

 

CERTEAU, M. A cultura no plural. Tradução Enid Abreu Dotránszky. Coleção Travessia do Século. Campinas-SP: Papirus; 1995.

 

LARAIA, R. de B. Cultura: um conceito antropológico. 16ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

 

SANTOS, J. Luiz dos. O que é Cultura. São Paulo: Brasiliense, 2003.

 

PESSOA, J. de Morais. Saberes em Festa: Gestos de Ensinar e Aprender na Cultura Popular. Goiânia: editora da UCG/ editora kelpes, 2005. (94 p.)

 

BENJAMIN, A. Junior, Comunicação e Cultura Brasileira. São Paulo: Editora Ática, 1989.

 

ORTIZ, R. A Moderna Tradição Brasileira. São Paulo, Editora: Brasiliense, 1960.

 

WILLIAMS, R. Cultura. Rio de Janeiro: Paz e Treva, 1992.


Autor: DHIOGO JOSÉ CAETANO


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