Um olhar sobre a literatura e o silêncio.



A última conferência no fórum do INES,teve uma surpresa: uma ex-normalista que nunca se valeu da fonoaudiologia,começou a defender a oralidade e o ensino da Literatura para deficientes auditivos,sem que fossem infliuenciados pela língua de sinais,uma vez que estão seriamente comprometidos com esse tipo de linguagem. A leitura como apoio,a leitura como forma de percepção; a Literatura como voz. Graças ao tema e o impacto causado pela estudante de Letras,também deficiente auditiva,que nunca fez uso de libras,professores e fonoaudólogos repessam e estudam a proximidade de incorporar uma nova linguagem ao ensino de língua e literatura para esses jovens.

 Não se pode pensar em Literatura sem a linguagem,nem se pode pensar na abrangência da linguagem sem a literatura.

Como estágiária do INES,por três anos seguidos,captei a grande dificuldade que jovens e crianças surdas apresentam no convívio literário,além da falta de distinção dos mais diversos gêneros textuais.

O que será a causa disso tudo?,a língua,o silêncio?,embora pareçam claras as dificuldades,não é impossível contorná-las.

Uma das maneiras de inverter o quadro ,que mais se aproxima do pesado analfabetismo funcional,seria ir abolindo a libras após a educação infantl,intermediando o vínculo com o universo literário e da língua portuguesa,tão distante quanto presente.

A fonoaudiologia não resolve,melhora as capacidades sensoriais,mas é a aproximidade do silêncio poderoso da escrita,quase que uma voz gritante ,que apoiaria triplamente o desenvolvimento linguístico desses indivíduos, que em razão da língua acabam por depender de sinalizações e familiares durante toda as fases da vida.
                         
                       
Autor: Taís Victa


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