Atendimento 2.0



Atendimento 2.0

Sempre me incomodou o fato da minha função (tão adorada função) ser denomidada de atendimento. Atendimento confunde-se facilmente com atendente (de call-centers) e passa um preconceiro que sempre existiu no meio publicitário: o de que somos uma mera interface agência-cliente. Ou pior, boys de luxo. Não pensamos. Repassamos.

A verdade é que por traz de todo o preconceito, sempre existem exceções que o transformaram em moda. E no começo de toda lenda urbana, sempre há uma chama de verdade, ainda que distorcida.

Nessa nossa lenda urbana publicitária, a distorção surge justamente de um escopo mal elaborado na nossa função. NÃO SOMOS ATENDENTES, nem ao menos somos atendimento - somos homens e mulheres de negócio.

Quando estava na faculdade aprendi que a função do atendimento era representar a agência no cliente, e o cliente na agência. Ao longo da minha profissão vi que nada disso era verdade.

Somos Gerentes de Conta. Somos gestores. Somos seres pensantes e estrategistas (ainda que a criação relute em aceitar).

Felizmente o fenômeno da internet tem acelerado esse nosso processo de distinção. A internet veio para chacoalhar com o mundo dos negócios, e com isso tem separado "o joio do trigo".

Com a web tudo mudou. O cliente perdeu-se no meio da tecnologia, e no mundo "on-demand" os papéis inverteram-se e o atendimento passou a demandar. Os que já eram bons e rápidos finalmente tiverem a chance de destacar-se.

A Era digital forma agora um novo profissional. Bem vindos ao Atendimento 2.0. Uma espécie rara, que entende de tecnologia, que gera negócios, que mensura, analisa, cria os próprios briefings (e pede ao cliente o de-briefing), define a verba com base no break even point - e depois ensina e covence ao cliente o que ele deve fazer e porque.

Essa nova espécie, totalmente voltada para negócios, metas agressivas e rentabilidade da conta, está crescendo em número e qualidade.

Fiquem atentos, pois a partir de agora muita coisa vai mudar. Criativos, produtores, mídias e clientes: atenção!
Esqueçam briefing, esqueçam fee, esqueçam budget...e lembrem-se do que digo: tudo vai virar on-demand...e em pouquíssimo tempo.


Autor: Luiza Cunha


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