Alta dos CDBs pode ter prejudicado cotistas



Maio de 2008

O consultor da Risk Office, Marcelo Rabatt, está preocupado com a forma como foram feitas as marcações dos fundos com CDB de bancos, que deram uma estilingada nas últimas semanas passando de 98% do CDI para bancos de primeira linha para 104%, enquanto os bancos de segunda linha subiram suas taxas de 102% para 107% do CDI. Como não houve qualquer critério para marcar os novos preços nas carteiras dos fundos, muitos cotistas que resgataram nos primeiros dias podem ter sido beneficiados em detrimento daqueles que ficaram no fundo.

Para Rabbat, a alta dos CDBs dos bancos foi determinada principalmente pela incidência do IOF nas empresas de leasing, que antes captavam livremente para repassar aos seus bancos, e pelo fechamento do mercado externo por conta da crise do subprime. Com isso, os bancos tiveram que elevar as taxas de captação. Ele conta que um cliente telefonou à Risk Office para contar que, ao renovar seus CDBs em um banco de primeira linha, encontrou taxas bem maiores.


Rabbat imediatamente alertou os outros clientes, sugerindo que pedissem explicações imediatamente aos seus gestores. "Acho que foi um processo meio anárquico, alguma autoridade deveria ter recomendado o fechamento dos fundos até a reprecificação de todos os ativos", protesta Rabbat. "Alguém deveria ter protegido o investidor".

Segundo ele, os fundos de renda fixa estão num péssimo momento por causa dessa reprecificação dos CDBs. Isso deve ficar claro quando começarem a sair suas rentabilidades ao final de maio", analisa. "Tem gente que está preferindo comprar CDB diretamente dos bancos do que ficar em fundos", diz.

Reunião de regimes próprios AL em BH

Do dia 14 ao dia 16 de maio acontece, em Belo Horizonte (MG), o Primeiro Encontro Latino-Americano de Dirigentes de Previdência no Serviço Público. Tendo como objetivo o intercâmbio de experiências e conhecimentos sobre os problemas, soluções e desafios dos sistemas de previdência dos funcionários públicos, o evento abordará temas como mecanismos de coordenação entre sistemas, compensações financeiras, financiamento, atuaria, investimentos e gestão financeira por meio de painéis e grupos de debates. Ao final, será elaborado um plano de trabalho. O encontro é uma iniciativa do Ministério da Previdência Social do Brasil; do Conselho Nacional dos Dirigentes de Regimes Próprios de Previdência Social (Conaprev) do Brasil e do Consejo Federal de Previsión Social (Colepres) da Argentina em cooperação com o Programa de Formação em Métodos Quantitativos Aplicados à Seguridade Social para as Américas (Quatrain - Américas) da Organização Interna¬cional do Trabalho (OIT) e com a Conferência Interamericana de Seguridade Social (CISS).

PL quer acabar com voto de desempate em conselhos

Está na Câmara dos Deputados, tramitando em regime de prioridade, um projeto de lei complementar (PLC) que extingue o voto de minerva dos presidentes dos conselhos deliberativo e fiscal de fundos de pensão cujos patrocinadores sejam instituições públicas - União, Estados, municípios, autarquias, fundações, empresas estatais e sociedades de economia mista. Hoje, esses conselhos são formados por representantes dos patrocinadores, participantes e assistidos, sendo o presidente, quem tem o voto de desempate, indicado pela patrocinadora. Segundo o autor do PLC 140/07, deputado Eudes Xavier (PT-CE), o voto de minerva desequilibra a relação de igualdade entre as partes nos conselhos. A proposta está sendo analisada pela comissão de Seguridade Social e Família, para depois ser enviada à comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, só então, seguir para o Plenário.


* Marcelo Rabbat atualmente é também diretor da PR&A, empresa especializada em Risco de Crédito, Risco de Mercado e Consultoria de Investimento.

Fonte: Caderno de Economia


Autor: Agência Goodae


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