História Centenária dos Baianos Sob Risco de Demolição e Alvo de Galhofas



Vivemos numa sociedade em que a própria sanidade mental de certas pessoas é usurpada por determinados interesses que somente ao fim da linha poderia alcançar o ponto da iconoclastia de uma instituição filantrópica centenária! Durante mais de um século o Colégio Marista de Salvador foi responsável pela formação de jovens que atualmente não só compõem, mas também alicerçam o mínimo de ética que ainda resta neste País.

Refletindo intensamente sobre qual ser humano seria capaz de negar a existência do valor histórico de um colégio único, logo percebi a resposta incognoscível de minhas dúvidas. Ninguém que tenha um mínimo de racionalidade e conhecimento de causa seria capaz disso. Ou pelo menos ninguém que não tenha outros interesses implícitos em suas afirmações infundadas e inverídicas. Se o Colégio Marista de Salvador não for um patrimônio histórico da nossa comunidade, o que seria então; a Fonte Nova?

Acredito que as afirmações da Jornalista Larissa Oliveira em seu artigo no Jornal da Metrópole precisam ser reavaliadas pela autora. Uma profissional que nega o valor inestimável do patrimônio que aqui se discute, em poucos passos estaria afirmando que o futebol tem caráter mais importante do que a formação de cidadãos que irão enfrentar a dura rotina da sociedade, sem é claro diminuir o papel importante do esporte na construção de um jovem.

Fomos todos educados para trabalhar, crescer e progredir, porém, naquela instituição se fazia muito mais, deixando de lado o caráter cristão que se poderia ali ter, a essência de fraternidade, honestidade, amizade e ajuda para com o próximo era despertada nos alunos. Naquele local ampliavam-se os horizontes para se enxergar o caos social em que a sociedade está mergulhada. Numa sociedade em que esses valores estão completamente recônditos é essencial que existam alicerces para a mudança que precisamos enfrentar, principalmente na luta verbal contra pessoas individualistas.

Tenho certeza que a prezada jornalista não encontraria nenhum aluno insatisfeito e que deixe de vangloriar a educação especial que teve no Colégio Marista de Salvador. Alunos, que atualmente são pais e tiveram aquele colégio como referência absoluta de formação, hoje já não podem oferecer a seus filhos a mesma qualidade de ensinamentos, pois a sociedade está repleta de pessoas como a Larissa Oliveira e muitos outros iconoclastas que negam o valor daquele patrimônio e que para piorar ainda mais a situação, anseiam pela demolição do centenário prédio marista que teria em seus entulhos a história de vida de pessoas que estão prestes a perderem o palco de suas vidas para a construção de um prédio de luxo.

A sociedade está repleta de pessoas que pensam como Larissa Oliveira, com certeza nenhum deles teve a educação marista. A jornalista do Jornal da Metrópole não só discriminou em seu artigo a atitude solidária dos alunos, funcionários, professores e ex-alunos com o abraço no colégio, como também mediocrizou a grande passeata pacífica realizada por esses em prol da sobrevivência da instituição e não exitou em chamar a todos de desocupados. E alguns ainda têm a coragem de dizer que aquele colégio não tem nenhum valor histórico?Que outro colégio seria capaz de tamanha mobilização? A comunidade baiana quer a manutenção do prédio histórico por isso se mobilizou.E o que parece é que a jornalista quer desmerecer a passeata para retraí-la a importância

Artistas, empresários e cidadãos célebres se formaram no Colégio Marista de Salvador.O objetivo de todos esses ex-alunos foi concluído quando conseguimos impedir a demolição do prédio e agora a ameaça ressurge.O que mais impressiona é que a jornalista Larissa Oliveira juntamente a seu séquito retomam a crítica ao tombamento tão próximo do início da análise do tombamento definitivo pelo Conselho da Cultura.Que interesses estão por trás disso?Espero que todos esses críticos saibam que os ex-alunos e sempre "maristas" estão aptos para lutar pelo palco de suas juventudes, agora ameaçado.

Ramon Nelson Souza, ex-aluno Marista e cidadão soteropolitano
Autor: Ramon Souza


Artigos Relacionados


Poluição Atmosférica

Áreas Verdes: Necessidades Urbanas

Por Que Fazer Estágio?

O Papel Da Sociedade Na Preservação Do Meio Ambiente

A Importância Da Água

Alfabetização Ecológica

Educação Ambiental - Meio Ambiente