SUBPRODUTO(18/05/1989)



Poeta por poeta
Eu também sou.
Será que todo poeta tem que ser doutor?
Mas eu não
Eu não tenho outra profissão
Além de poetizar.
Eu não faço outra coisa na vida
Além de procurar inspirações
Nas ruas,nas pessoas, nas ações.
Sou um subproduto da miséria
Nascido da ferida que a pobreza cria.
Minha dor vira poesia
Meu barraco vira paisagem
Meus desejos reprimidos viram gemidos
Calados,rimados.
Mas lê-los me conforta
E me inspira outros desejos
E em um rápido lampejo
Já estou eu falando do mar
Do mato, do amor, da flor.
Da beleza do simples
Da importância do humilde
Da grandeza da amizade
E mudando assim a cor da necessidade.
Talvez a minha poesia
Tenha um outro sabor
Mas poeta por poeta doutor
Eu também sou!

Autor: Marlene Santos


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