O ENTRAVE DA BUROCRACIA JURÍDICA



Diante de tanta tecnologia, de um País totalmente globalizado e dispositivos tecnológicos criados para facilitar a vida das pessoas, como: pagamento de contas, pesquisa de diversos assuntos, envio de Imposto de renda, emissão de Guias e outros serviços disponibilizados pela internet, nos vemos em meio a um serviço arcaico, moroso e desqualificado dos serventuários dos Fóruns de São Paulo.

Os Cartórios dos Fóruns dispõem , atualmente, de sistema informatizado, mas não tem pessoas qualificadas que alimentem esse sistema com informações em tempo hábil, isso quando colocam. Percebe-se claramente que não existem NORMAS E PROCEDIMENTOS que regule o trabalho dos serventuários, que simplesmente, se arrastam entre mesas e processos. Serventuários com vícios malfadados de funcionário público, já que não existe nada que os discipline ou o risco de perder o emprego.

A disposição das mesas sem fluxo de circulação e organização administrativa capenga torna o ambiente de trabalho, dos serventuários, difícil e desmotivado.

Com isso, os cidadãossão prejudicados com processos lentos e mal conduzidos, já que levam a erro os magistrados que assinam despachos que protelam o término da lide como: solicitar documentos e guias já acostados aos autos, demorar meses para expedir cartas de arrematações ou de adjudicações após deferimento, expedição de ofícios, mandados, citações, Formal de Partilha, etc. Forma-se um relacionamento desgastado e estressante entre os Advogados e os serventuários que se digladiam nos balcões dos cartórios. De um lado, os advogados que cobram primeiramente respeito e em segundo, um serviço com qualidade, eficiente e com prazo, do outro lado serventuários  mal humorados e desmotivados.

Torna-se necessário, com urgência, um projeto de NORMAS E PROCEDIMENTOS a ser estudado pelo Judiciário para que todos os serviços cartorários tenham um único formato, como é feito por diversas empresas que prezam por sua qualidade, custo/ beneficio de seus serviços e lucro, mas no caso do Judiciário se prezaria a economia processual, a qualidade do serviço e a qualificação dos serventuários. O Judiciário poderia considerar a possibilidade de fazer uma licitação para contratar uma empresa de assessoria jurídica e administrativa para identificar as deficiências do serviço judiciário e propor essas Normas e Procedimentos, com a ajuda dos próprios serventuários.


Dra. Edemeia Gomes de Morais

Advogada e

Diretora da CONSULNEGI

Consultoria de Negócios e Gestão de Idéias

São Paulo, 11 de abril de 2008.


Autor: Edemeia Gomes de Morais


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