Omelete à brasileira



Essa vai no capricho! Nada de questões ´´paloccianas``, nem do ´´curta`` nada inédito – ´´De volta ao ´Palocci` de governo. Vitórias mais que ´´Paloccianas``, impossível. Aliás, esperavas qual resultado, Joãozinho? Salvo cenários pela aposentada (acho que) mãos à palmatória, entre pesos e medidas, ficamos mesmo com os pesados dos nossos congressistas em prol do povo e não é coisa de novela global, não senhor. E pena que a guerra dos tomates – mais conhecida como a tomatina – só acontece na Espanha. Vai que mudem na produção do rodízio de pizza por aqui, sendo nós um dos maiores consumidores da apetitosa redondinha, um bom omelete também faz a diferença. Afinal de contas, o nosso jabá continua sendo por demais (inter)nacional. Bem pago, a mudança de camisa é instântanea. É amor jurado desde pequenininho.

E já que entramos na ´´Era Vitoriana`` do Pré-Sal (favor não confundir com o de cozinha), o que é profundo é profundo mesmo e não tem pra ninguém. Isso é fato – todo mundo sabe – e não há nó que desate. E um a zero pra quem mesmo? Haja vista de quem jogue algumas fichas no glorioso nobel da ´´União Mundial`` pra cima de que ´´cara`` mesmo? Dou-lhe uma... que o efeito bumerangue é fatal. Vai e volta pro seu dono numa boa. Tal o daquela famosa turma, portanto, nem precisamos dar nomes aos muitos bois. Eles inovam em tudo e não mudam em nada. E nada de id ibidem, movimentos bruscos, daquela história de que o trabalho não mata, mas porque correr o risco? Com tanta gente dando o suor, quanto ao meu, ora pois, não preciso ser chamado na ´´nhãnha``. Que sentar no quibe não tem nada a ver com a bronca do patrão. Dou para que dês, uma vírgula. Só recebo – e de preferência na boca do caixa. Dois, três...

Voalá, andam dizendo que o Suplicy canta como fala. Em slow motion – o popular câmera lenta (do Senado) e que produtores independentes, que gostam de arriscar sempre em novos talentos, apostam em superlotação nos palcos. Como não dá mais pro Michael, a pop star Madonna que se cubra.

E não será o Benedito?, mas tenha santa malvadeza, porque a gente tem sempre que dar uma gozadinha, né? Já que ele – o ´´Supla in Concert`` – não goza mais com a Marta, ops, ops... Quando a (pós) ´´Idade Média`` chega, chega. Salvo o milagre das academias, dos salões de beleza, dos litros de silicone acomodados no alto do peito, de repente sob o risco de não se atravessar nenhuma cerca de arame farpado, ou algo de corte menos pontiagudo, todo cuidado é pouco.

E quer outra! Com toda essa onda de cortes, lá no meu barraco, pela manhã, a manteiga no pão é numa passada só. De ida. E que a sessão ´´boca nervosa`` é só mesmo na nossa teledramaturgia agora pra lá de universal e sempre com a mesa posta. Talvez com todo mundo pensando no falecido Picasso – aquele pintou a tal mesa – e não há quem não queira pintar. Só não me apoquente com perguntinhas do escalão: ´´O que uma lagosta tece lá embaixo com seus pés dourados?``, que eu respondo que o oceano sabe. Ou, ´´por quem a medusa espera em sua veste transparente?``, que eu respondo que ela espera pelo tempo, como tu. Ou, que comer lula no restaurante do seo Takeo... Vamos lá, meu companheiro (e)leitor, se o gato comeu a língua da companheira Marisa, pelo menos ela serve como dama de companhia e não importa do que ria tanto. E bem sei que se já disse, vou dizer de novo: se a bola rola, e se a mola, amola, então, o ferro...

E tome nota que no frigir dos ovos é que se tem um bom omelete. Vai que mudem a coisa, depois que a tacha está quente, tudo torra. Que o teatro, quando é cômico, todo mundo se diverte. O cuidado maior fica ainda é por conta do monólogo daquele que sobe à tribuna, rosnando no verdadeiro e doloroso ´´ser da questão`` shakespereana, e que, numa palhinha em memória a tragédia de Hamlet ´´Será mais nobre/Em nosso espírito sofrer pedras e setas/Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja``... Vai que um piedoso suplente em exercício pense que a chefia da Casa endoidou, no contante a dúzia e ½ de palavras mastigas ao vento...

Salvo causos, e como dizem por aí (claro, alguém sempre está dizendo alguma coisa) temos, sim, é graúdos que vivem de orelhinhas e orelhões. Agora, sobre a verdadeira estória do grão que não enche o papo, dessa eu não me engano não. E que descer, por mais que a língua resista e que os dentes cedam – salvo a dentadura postiça que o Raul Seixas cantou – todo mundo desce.

Quê? Brincar de dois ou um, então, três, ganhei! Se não aprendeu a fazer as contas, oras! Veja lá que com mais oito mil cargos em benefício da nossa hasteada política do ´´nonsense`` (traduza-se por ´´sem sentido``), além do meu omelete esticadão no prato, depois de passado na tacha, bom, a boa e apetitosa sopa de fubá também enche a barriga e não faz bucho.

E merci beaucoup que eu ando mais é pra lá de déjà vu... Dormindo. Com um olho só!


Celso Fernandes, jornalista, escritor. Colunista de Moda, TV e Literatura. Assessoria de imprensa. Blog: http://modarougebatom.blog.terra.com.br

Follow me: http://twitter.com/celsocolunista


Autor: Celso Fernandes


Artigos Relacionados


Tpm

CoraÇÃo Machucado

Constatação

Pleno Amor

EssÊncia

Severa Certeza

Fugidia