Padrão de consumo: Você e sua empresa sabem consumir e comprar?



Padrão de Consumo: Você e sua empresa sabem consumir e comprar?

 

Estamos vivendo a maior crise dentro sistema capitalista  desde da segunda guerra mundial, quando os mercados foram desabastecidos, empresas ficaram sem investimentos,  os indivíduos sem o poder de demandar e consumir,  e os países se afundaram em dívidas macroeconômicas sem comparações para os seus soerguimento. Nos dias atuais, com o episódio da “bolha”  americana, relativa a crise do crédito nas imobiliárias, dos bancos e das indústrias de bens de consumo, a crise é maior só que com uma diferença, excesso de consumo dos indivíduos, das empresas e dos governos, e quase nenhuma poupança. Sobre essa contextualização, ela apenas serve para abordarmos um tema ainda não devidamente discorrido como deveria  ter sido, que é o padrão de consumo e gastos, especialmente por organizações e pessoas.

Para entendermos a verdadeira importância de se economizar e sermos mais tempestivamente eficazes com orçamentos, precisamos definir a palavra Padrão de Consumo. Padrão de Consumo (PDC), deve ser entendido antes de tudo com, não apenas um bordão administrativo, para se tocar no assunto que algum gestor do alto do seu birô pensou, para fazer uma apresentação sobre evolução da despesa que existem em relatórios gerenciais. PDC deve ser entendido também como um padrão mental, e  desenho social no qual os seres humanos e corporações projetam suas necessidades para existirem. Relaciono aqui alguns pontos para todos refletirem no âmbito pessoal e profissional quando estiverem no comando da vida financeira e de alguma Companhia:

 

1-Mudar sistema de crenças racional e emocional de consumo:

1.1-)  Se a projeção psicosocial que um individuo projeta dele mesmo como sendo de alguém que tem sempre comprar itens para seu dia-a-dia, do bom e do melhor, sem se preocupar com orçamentos familiares ou pessoais, provavelmente terá problemas de liquidez.  Mesma coisa para empresas;

 

1.2-)  Todos precisam questionar as reais prioridades sobre tipos de produtos que realmente precisamos e não podemos viver sem eles, e minimizar ou eliminar consumos que tenham substitutos, até de um padrão menor ou alternativo e até mesmo reciclado, e reutilizado. Ex: De verdade mesmo para que serve TV a CABO, para que serve mesmo celular e Ipods e blackberrys, quando a maioria só usa as funções mínimas destas “coisas glamourosas” da vida?  Para que o bilhetinho amarelo ” Post It”, e um monte de materiais de escritório que podem ser também substituído por outros. E os exageros de serviços e produtos de gráfica em algumas empresas? Convido a todo mundo passar um dia inteiro sem fazer ligação de celular. Depois,... dia sim, dia não; depois de dois em dois dias e assim vai. Num gesto de reconhecimento, o qual podemos mudar, o modelo de exageros, “sem ter nem por que”.

 

1.3-) Se não houver uma reculturalização sobre padrão dos materiais, produtos e serviços  a serem consumidos( qualidade )  e suas quantidades, não haverá mudança com viés de redução de despesas para nenhum desses atores sociais. Tenho um amigo que na casa dele tem 4 geladeiras, abarrotadas, e de vez em quando ele ainda pede ao vizinho para guardar algum produto que não coube na sua casa. Vocês devem estar pensando que esse cidadão é rico e de família grande: não. Ele tem dois filhos, é representante comercial e a esposa funcionária pública de nível médio, e deve ser uma renda familiar liquida de uns R$ 5.000,00. 

 

2- Criar ações e campanhas de redução de consumo efetivas 

 

2.1-) Que famílias (a não ser aquela Família Amorim que apareceu no programa Fantástico da Rede Globo)  e quais empresas realmente tem uma ação voltada para reduzir consumo, baseado não só em sazonalidades das crises, mas como um padrão mental e cultural de questionamentos?

Quem já está operando de verdade uma ação, depois de toda essa crise de consumo que estamos vivendo num espectro globalizado e local? Quem controla energia, água, compras superfúlas  etc?

 

 

2.2-) Quem pode ser indicado e tem o perfil econômico nas famílias, e organizações para poder capitanear, implantar, gerar políticas, criar padrões, cobrar e fiscalizar o consumo  de todos, respaldados por todos?

 

Muito além da abordagem econômica já descrita, ainda se soma a essas alterações e novas atitudes, a questão de preservação do meio-ambiente, do processo errado de descarte e do quanto já poluímos nossas mentes, casas, cidades e empresas. Controle das despesas é ser muito mais estratégico do que se pensa. É responsabilidade pessoal, social e deixa todo mundo feliz quando se apura os resultados.

                                  

Silvio Broxado – artigo para site  Sensus Des. Empresarial –  Brasília - março  de  2009


Autor: silvio broxado


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