OBRA DA INSPIRAÇÃO E NÃO DO DESTINO



Escrevi uma obra

E como bolhas de sabão

Ela se dissolveu

Publiquei-a

Mas não sei sobre o seu paradeiro

Quando achei dificil

E pensei que Ela,

A inspiração

Havia me deixado

Surgiu este escrito e,


Percebi

Ela estava o tempo todo dentro de mim

Foi dificil entender que

Nós poetas

Somos como marionetes

Nas mãos da inspiração

Sem ela, somos como

A comida sem sal

A noite sem estrelas ou luar

Somos como sacos vázios

Eles não param em pé

Nós nada escrevemos

Aliás sem ela

somos seres vázios

Sedentos

Débeis, inúteis

E nem uma linha sequer

Que poderá chamar a atençao da humanidade

Podemos escrever

 O poeta não tem obra

O destino também não, e nunca terá

Engana-se quem diz foi obra do destino

A  obra é da inspiração

Onde esta o meu escrito?

Como bolhas de sabão

Se desintegrou ao ser publicado

E não o achei mais

Será que o destino,

Tornou-se sarcástico com o meu ser,

Destruir a obra que não é minha e nem dele,

Mas da inspiração?

Vinguei-me de ti ó destino

Pois extirpou uma obra tão importante

A inspiração foi quem disse, vingue, escreve outra

Logo um texto se formou na minha mente

Ó destino, tornou-se meu inimigo agora?

Eu construo aquilo que ela me dá

E tu destrói aquilo que não

Podes construir?

Aqui esta a outra obra

Que substituirá aquela que tu fizeste sucumbir

Ela não é minha

Poderia chama-la de obra do destino

Isso mesmo, ó destruidor

A obra poderia ser sua

Mas não tu és contra os meus atos

E se opõe aquela que me instrui

Tornou-se meu inimigo intimo

E por isso

A chamarei, então, de obra da inspiração. 

 

 

 

 

 

 


Autor: EVANIO JESUS DE ARAUJO


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