Sapatos, sapatos, sapatos !



Rosângela Maluf*

Não há no mundo, mulher normal que não se encante por um belo par de sapatos! É um fetiche, um encantamento ao qual não resistimos e as vitrines, propagandas, catálogos e desfiles nos pegam exatamente, por aí: atiçando o desejo incontrolável que esses objetos despertam em nós.

De um lado nós, consumidoras, nos matando para tornar realidade esses pequenos sonhos, do lado de lá do balcão o lojista de calçados se equilibrando na corda bamba para dar conta do recado.

Vejamos porque: em primeiro lugar é preciso que o mix de produto esteja muito bem definido. Qual o percentual que cada tipo de cliente representa em seu mercado: as clássicas e tradicionais; as vorazes-consumidoras-de-moda; as que usarão aquele modelito de salto quinze, roxo, com pois amarelos?

Conhecendo os tipos de sua clientela fica mais fácil definir e acertar a compra. Em seguida vem a famosa grade: de cada modelito escolhido quantos pares de cada número; quais as corres, e os modelos, os detalhes- um lacinho, uma fivela, um detalhe em metal e por aí vai.

Após a compra e o estoque na loja, o treinamento das vendedoras é o passo fundamental: tipo de material utilizado, tendências, vocabulário específico, quem usou, onde; celebridades, fotos, revistas, TV! O tempo vai passando, a coleção vai sendo vendida. Ótimo!

E aqueles sapatinhos, tão lindos aos olhos do lojista mas que agradaram a apenas meia dúzia de clientes? São horrorosos ou calçam mal? Estão além do preço justo ou nada têm a ver com o mundo fashion.

O que fazer?

Hoje existem técnicas de treinamento capazes de impedir que uma grande sobra do estoque comprometa a lucratividade das vendas. Consiste num acompanhamento periódico dos itens parados e em procedimentos capazes de reverter o fraco desempenho de um produto específico.

Na verdade, o que fica, para as consumidoras, é a fatura do cartão de crédito, fruto do exagero cometido e rapidamente esquecido ao se colocar no pé aquela sandália ma- ra -v i- lho- sa ! )

E o lojista? Ah, o lojista, precisa se virar : assegurar o lucro para a compra da próxima coleção, preparar as vendedoras com técnicas de vendas e book de tendências; cobrar o correto giro dos produtos, comprar bem, acertar na escolha, não ultrapassar a quantidade, ousar nos itens, precificar sem errar na dose, facilitar o pagamento que o mercado pede, fazer uma belíssima vitrine, apresentar uma embalagem diferente, caprichar na iluminação da loja ...uffa!!!

Para isso é que nós, consultores, existimos, para socorrê-lo nessas horas tão difíceis !! O mundo fashion é um luxo, mas nem sempre...nem o tempo todo.
Autor: rosangela maluf


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