Operação Policial Na Favela Da Coréia/rj



Quando é que a sociedade civil vai dar crédito aos policiais por terem, durante perigosa incursão em área dominada pelo tráfico de drogas e violento confronto armado, desempenhado seu papel de protegê-la de ações do crime organizado?
Será que os manifestantes da OAB/RJ, da Associação das Favelas, das ONGs, e até membros do legislativo - que nessa hora sempre aparecem para aproveitar um pouquinho dos holofortes - sabem o que significa um confronto armado? Uma execução?

Uma coisa é um disparo a queima-roupa, em local deserto, longe dos olhos de quem quer que seja, sem possibilidade de defesa da vítima; outra coisa é a morte de uma pessoa durante um legítimo confronto, acompanhado, inclusive, por câmeras de televisão. O que estariam fazendo dois homens correndo na “rota de fuga” utilizada por traficantes, durante um tiroteio policial, enquanto inocentes moradores encontravam-se recolhidos em suas casas? Claro, quando a polícia é o alvo das críticas, perguntas como esta sequer são cogitadas por “pseudo defensores” dos direitos humanos...

Do dia do confronto na Favela da Coréia - 17 de outubro de 2007 - até hoje, só li críticas contra a ação policial... E como são rápidos para falar mal da polícia do Rio de Janeiro... Por que será que essas pessoas criticam tanto os policiais? Será porque eles têm rosto, um número de identificação, e ninguém para falar por eles, afinal, sempre são deixados à própria sorte... vamos aguardar quanto tempo vai durar essa “defesa” por parte do governo do estado e da secretaria de segurança pública.

Para mim, cidadã cansada de tanta violência, de um tráfico de drogas crescente, arregimentando mais e mais de nossos jovens, os Policiais Civis e Militares do Estado do Rio de Janeiro estão de PARABÉNS por sua CORAGEM, por sua DETERMINAÇÃO... é necessária muita FIBRA, muita RAÇA para percorrer becos e vielas desses aglomerados urbanos, quase de peito aberto, utilizando armamento muitas vezes bem inferiores aos utilizados pelas facções criminosas, coletes que são facilmente atravessados por projéteis de fusis...

Ainda não li uma crítica, uma manifestação dos órgãos defensores dos direitos humanos sobre o número de policiais que morreram por conta de uma bala de fusil que lhes atravessou o colete, durante tiroteio com marginais... será que chegaremos a ver isso um dia? Acredito que não... No Brasil, policiais não são considerados possuidores de direitos humanos...

Assisti às cenas exibidas nos noticiários da TV, e o que vi não foram execuções de inocentes... pude observar policiais avançando para combater aqueles que atiravam neles... combater homens armados como aqueles que adentraram a casa do pequeno Jorge Cauã, e queriam tirá-lo dos braços de sua mãe para fazê-lo de refém... Será essa a nova arma dos traficantes? Já que não é possível se distinguir, em um confronto, traficantes e trabalhadores inocentes, quem sabe a utilização de uma criança como “escudo” poderá coibir a ação policial?

Pois bem, as entidades defensoras dos “direitos humanos que policiais não possuem” clamam por “supostos traficantes” mortos...

Eu clamo pela morte do policial civil - valente e combativo guerreiro - Sérgio da Silva Coelho, de 43 anos, agente da Polinter, casado e pai de duas crianças: uma de 10 e outra de 5 anos de idade. Ele foi morto, com um tiro no peito, por um traficante, quando se aproximou de uma casa invadida por seis marginais. E minhas orações têm sido também pelo restabelecimento dos quatro policiais feridos durante o confronto, encurralados por cerca de duas horas por traficantes nas matas da Vila Aliança, favela vizinha da Coréia: delegado de polícia Rodrigo Oliveira, atingido por estilhaços de granada no pescoço; agente Gilberto Barbosa, de 51 anos, que sofreu fratura exposta após baleado na mão esquerda; agente Mendel Naschpitz, de 32 anos, ferido no rosto e no nariz por estilhaços de granada; e Marcelo dos Santos Fernandes Silva, de 25 anos, ferido com um tiro na coxa esquerda, enquanto corria com o pequeno Jorge Cauã em seus braços, sob a mira dos traficantes, que nem nesse momento deixaram de atirar.

As palavras do policial militar Marcelo, já ferido, ao entregar a criança de apenas 4 anos de idade ao socorro médico: “me deixem morrer, mas salvem o menino”, mostram um pouco do espírito solidário e abnegado desses defensores de sociedade tão cruel...

Para mim, existem policiais e "policiais"... "esses", cujo comportamento incompatível com a função de servir e proteger, compromete e denigre a imagem da instituição a que pertencem, devem ser identificados, processados, julgados e condenados, nos termos das leis brasileiras, além de definitivamente afastados do serviço público... junto-me a todos que lutam para expurgá-los das organizações policiais...

Aqueles, que a despeito dos baixos salários e das condições de trabalho - armamento inferior, obrigatoriedade da dedicação exclusiva, horários que dificultam um aprimoramento pessoal e profissional, dos locais insalubres, das cabines sem banheiro e sem vidros blindados, entre outras - exercem sua profissão com honestidade, seriedade e dedicação, deveriam ser valorizados, reconhecidos pelo mérito de suas ações, merecendo aplausos da sociedade, e não constantes críticas e perseguições por parte desses "pseudo defensores" dos direitos humanos, mesmo diante de uma legítima e inquestionável ação de confronto armado...

O saldo da operação foi: oito mortos (seis traficantes, um policial e uma criança de 4 anos), cinco feridos (quatro policiais e o traficante que matou o agente da Polinter), prisão de dez elementos suspeitos, com quem foram apreendidos: uma moto, três carros, seis fusis - sendo um 7,62 com brasão do Exército, uma metralhadora anti-aérea .30, seis pistolas, quatro granadas, 20 kg de maconha, quatro mil papelotes de cocaína, material de contabilidade do tráfico de drogas e radiotransmissores. Dois ônibus foram incediados por “moradores” da favela.

Sabe quando é que os manifestantes da OAB/RJ, da Associação das Favelas, das ONGs e do legislativo - os dos holofortes - vão defender os policiais? Infelizmente, somente quando um ente querido deles estiver refém de um traficante...

Esperando que esta realidade mude através da conscientização, vontade e ação de cidadãos dispostos a lutarem contra o crime organizado, a corrupção, a violência e pela Educação, fica registrado o meu RECONHECIMENTO e o meu MUITO OBRIGADA a vocês, Bravos Policiais Civis e Militares do Estado do Rio de Janeiro que participaram da ação policial na Favela da Coréia, no bairro de Senador Câmara, na cidade do Rio de Janeiro, no dia 17 de outubro de 2007.

E, que o relator especial da ONU sobre execuções sumárias aproveite sua estadia, no dia 7 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro, para conhecer a rotina e o trabalho dos policiais, antes de ser “mais um” a assinar o manifesto sobre “supostas execuções” que teriam sido praticadas por eles.
Autor: Sandra Bossio


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