Existe vida após a imortalidade?



O presente estudo sobre a existência de vida após a imortalidade do autor Zygmum Bauman aborda reflexões distintas a respeito da vida, da morte e da eternidade. O referido autor afirma que nos homens temos consciência do valor de nossa vida e a cerca da nossa mortalidade. A busca pela eternidade não é vista como algo de fácil acesso e sim é conseguida por meio de um grande esforço e de uma exorbitante auto amolação.

Citando Georg Simmel, todo valor deriva do sacrifício que demanda, o valor de qualquer objeto é medido pelas dificuldades de suas aquisições. Sendo assim a cultura humana empreendeu a tarefa de fazer o volátil se tornar sólido, ou seja, buscar uma vida após a morte. Pois a morte em si é uma das conseqüências certa. É uma chegada sem convite. Acreditamos que a morte é um dos maiores temores da humanidade, é algo sombrio , desconhecido e inevitável.

Todos querem ir para o céu, entretanto ninguém quer morrer. Não somos preparados para aceitar completamente o desconhecido sem haver algum receio. Por este motivo o autor revela o desejo do homem pela imortalidade. Numa perspectiva religiosa, segundo a palavra de JESUS CRISTO a vida humana sem fim é possível. Em João 17:3 fala da existência de vida eterna, contudo, o homem procura outraspossibilidades de obter a imortalidade mas sem ser por meio da aritmética colocada por DEUS a nossa disposição.

A reflexão humana busca o caminho para alcançar a eternidade no texto, Zygmun cita esse caminho como "pontes Modernas". Essas pontes permitem o homem projetar, construir, mapear meios de alcançar a imortalidade tão desejada. Percebemos que o homem não se mantem passivo diante de algo lhe apresentado como um problema. Esta busca pela eternidade tem levados filósofos, cientistas e pesquisadores a aprofundarem seus pensamentos.

Platão diz na discursão filosófica acerca da morte e da imortalidade que a mesma é o inicio do espanto, define como a separação da alma e do corpo. A morteé o desligamento ou libertação da alma encarcerada pelo corpo, é um fim irrevogável do fenômeno homem. Pesquisadores revelam a imortalidade do homem pela ciência.

A descoberta do DNA que permanece vivo de geração em geração e uma das diversas existentes. Zygmun fala da memória da posteridade que seria esta uma forma de permanecer no mundo enquanto houver pessoas com memórias. Governantesde estados, cientistas, inventores, lideres, políticos, legisladores, comandantes de exércitos, nações, famílias podem passar as ser memória .

Na sociedade Contemporânea a imortalidade sai um pouco de cena para dar espaço à notoriedade e surge assim uma nova classe de pessoas para a memória da posterioridade. São artistas clubes de Futebol e outros fenômenos emergentes. Porem todo esse movimento repercute no pensamento da humanidade que hoje ver a imortalidade como algo que perdeu seu atributo crucial. A morte agora é apenas a morte. Na atualidade a procura é por uma vida longa e adequada como fala o autor adiando assim o momento da morte. O mesmo conclui que viver a vida com o que ela tem a oferecer se fixa no pensamento presente do homem moderno que pela primeira vez quebra a idéia de que os seres humanos mortais conseguem viver sem a imortalidade e parecem não se importarem com isso.

Pensamos que falar sobre a morte, deuses, imortalidade não é uma tarefa fácil, pois meche com o abstrato, com as mais intimas preocupações humanas. O homem se preocupa com a morte e pensa nela como o mistério dos mistérios . Pensamos sobre isto por que sabemos do valor incalculável e inrepetível da vida. Vemos que o homem esquece de sua fragilidade e acabam se julgando deuses para serem imortais por que são completamente perdidos, uma vez que se encontrasse não se preocupariam mais com isso. Descobrimos que existem coisas mais interessantes para viver e aprender do que invejar os deuses e sua imortalidade.

Bibliografia – CF Platão. Fédon 99 d.100 a. G. Reale caracteriza a descoberta "supra-sensível" como "o desafio de Platão ao materialismo"do homem hoje (Sagezza ântica: terapiaperi mall'unomo d'oggi. Milano, 1995. P. 206. 199-231).  

BAUMAN, Zygmun. A Sociedade Individualizada – Vidas contadas e historias vivida. Tradução José Gradel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2008. P. 298-313


Autor: Maressa Lima


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