Morte
A cada noite, ao dormir,
Experimento um pouco a morte,
Lamento de pouca sorte
Para os dias que vivi
Neste ensaio cabuloso,
Abrem as portas os meus sonhos
Para o momento sem destino
Expandido em um sono eterno.
Dias passaram inutilmente
E não teve, uma vez que me lembre,
Um dia que passei alegremente
Neste estágio lamentoso.
O ciclo esteve se fechando
E como a poeira de meu sapato
Estou voltando para algum buraco
Lamentando minha morte.
Aniquilação absoluta, vida sem sentido.
O que adiantou tantas perguntas?
Nunca consegui encontrar respostas!
Tudo foi em vão, tudo perdido...
A morte avança sobre mim
E não tenho dúvidas: este é meu fim!
Olho para ela, para ver se tem coração...
Mas seu olhar não expressa compaixão.
Sendo sufocado, vejo somente escuridão.
E neste término...
Somente eu e minha solidão
No completo abandono e desprezo
É certo! Tudo que começa tem de terminar!
Mas preferia que nunca tivesse começado,
Pois sei que é negado
A imortalidade há quem um dia tiver nascido.
Autor: Rudinei Moor
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