VIDA INTERNA
Será só o mistério de uma incompreensão?
O império do desejo de sonhar sem receio?
Sem bloqueio de à razão dizer: Não! ?
Não! Não! Não! Não! Não! Não!...
Penso que pra sempre
Posso estar fadado ao vício
De viver com os pés suspensos
E não ver certas coisas
E querer outras coisas
Que talvez não sejam o certo
Quiçá nem verdadeiras
Mas talvez sejam elas o que faz
Algo valer a pena
O que traz
Cores às minhas telas
Tornando-as menos sérias e frias
Será só um mero desperdício da atenção?
Um medo de querer ter tudo o que não tenho?
Crer no que não creio?
Não! Não! Não! Não! Não! Não!...
Sei que há aqueles
A quem não faz nenhum sentido
As freqüentes insônias
Meus segredos de outras vidas
Mas me importa pouco
Nem busco que o olhar dos outros
Possa ter minha visão
Ou a percepção que está atrás
Das distintas paredes reais
Já que só minha vista
Pode alcançar minha vida interna.
Autor: Luiz Francisco Ballalai Poli
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