IMAGINAÇÃO (soneto)



Não vejo a imensidão na dor latente.
Só o sonho interrompido hoje me corta.
Só o gesto frio, vão e indiferente
do silêncio penetra a minha porta.

Só a mística lembrança trago à mente.
Só o lírio do deserto me conforta,
dando-me o dom da vida ingênuo e quente,
fazendo-me sentir a idéia morta.

Cavalgo ventos brandos pelos prados,
seguindo alguns roteiros mal traçados
por um lápis peralta imaginário,

que rabisca nas linhas do horizonte,
pelas mãos d'água de uma virgem fonte,
este corpo viril de meu fadário!


Autor: Antônio Manoel ALVES RANGEL


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