SÚPLICA



SÚPLICA

 

Por que não ser feliz,

Se a vida inteira é canto e alegria,

Se cada sol revela a esperança,

E cada raio analisa o mundo,

Espanta o medo

E gera a liberdade?

 

Olha adiante – há flores nas estradas!

As pedras removidas

Espalham-se distantes...

 

Se a luz ainda é tênue,

Há sombras, há regatos,

Há mundos incompletos.

Há muito para dar e receber,

Antes da máxima, total apreensão.

 

Teus risos e palavras

São bênçãos para o mundo,

Neste universo que se reconstrói.

 

Existes! És verdade e sentimento.

 

Recebe a doação que se revela:

Um coração repleto de esquemas,

Uma visão de horizontes verdes,

Um marco no caminho

E a promessa de nova caminhada.

 

Sonha, criança, a noite é companheira,

Fiel reveladora de momentos.

 

Agora, que revejo o Sim do mundo,

Preciso entender a natureza

E a certeza de sua liberdade.

 

Oh, vive, por favor, pois quero ver-te

Desabrochar em novas primaveras.


Autor: Paulo de Aragão Lins


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