Informatização na Comunicação



Alberto Silva

1-Não há como informar sem comunicar:

Isso remonta o caminho da comunicação e da informação como viés da educação da raça humana. Lá nas cavernas, começou-se a gravação em pedra com a sofisticada técnica de esculpir usando a própria pedra como instrumento de corte para impressão das ideias, quer seja de força, quer seja de domínio. Essa necessidade abrupta de informar pensamentos, o ser humano criou à escrita. Essa nova ferramenta, poderosíssima fez o homem navegar na sua história não mais coletando e caçando, agora pensando.

Alexandre Magno ao perceber a força deste instrumento como arma, jamais toliu seus conquistados de seus saberes, invés disso, atrelou-lhes tudo de conheceres que havia arrebanhado em suas conquistas. Há exemplo, Biblioteca de Alexandria, incendiada pela brutalidade militar. A grande vedete ainda neste período é carta, que associada ao homem e a sua montaria saiam pelo mundo, visto que o mundo era Roma paraíso dos Arautos da dominação.

As galés ganharam velas longas avanço tecnológicos que permitiu a Roma maior velocidade nas suas conquistas e prontidão da vontade do Império. Assim permaneceu após a queda de Roma do Ocidente, o homem, os cavalos, os navios mais velozes e as Cartas. Essa tecnologia a serviço da opressão, da fé, do poder e da minoria burguesa abastada controlada pela Sacrossanta Igreja Católica.

2 - Informação como instrumento de libertação:

O homem, a carta e os navios rumaram para os Orientes cegos pela opressão religiosa, que lhes enviou para a ampliação do poder papal; lá encontraram o conhecimento usado pelos bárbaros infiéis, descobriram que a guerra também educa. É a guerra, a mais cruel forma de universalização da informação e da instrumentalização do conhecimento. Os cruzados que foram conquistar o santo sepulcro, aprenderam o comercio, o câmbio; criaram seu próprio sistema de financiamento, fortaleceram-se e seus instrumentos de comunicação permaneciam os mesmos. Até que no século XV criou-se a imprensa tipada, enfim a carta ganhava uma forte aliada para universalização da informação. Essa luz que veio do Oriente próximo fez evoluir os pensares e ao invés de um mastro e uma vela começou-se a fazer flutuar naves com três mastros seis velas mais a bujarrona, que singraram os mares para o novo mundo. Com esse novo instrumento pensado para guerra as cartas ganharam a velocidade e deram a notícia mais rápida e mais precisamente. Apesar de ser uma temática de discussão atual, o processo de globalização é um fenômeno que teve sua origem na época dos descobrimentos, das grandes navegações, e do início do mercantilismo, nos séculos XVI e XVII, quando, iniciaram-se as trocas de produtos entre os países imperialistas e entre eles e suas colônias. A importação e adaptação de mudas e sementes florâneas para os países europeus, para a agricultura em larga escala, com fins comerciais, foi a forma rudimentar da globalização (também chamada de globalização ecológica). Através dela, os países imperialistas europeus e suas colônias tiveram acesso (quer produzindo ou consumindo) aos mesmos produtos agrícolas.

A revolução industrial trouxe-nos nos ferramentas navio a velas é substituída por navio a Vapor, a carta como ferramenta de comunicação rápida dá seu lugar ao telegrafo sem fio, a primeira grande guerra aperfeiçoa o avião para o combate e diminui as distâncias; deixa-nos como herança um correio mas internacional mais rápido o rádio ondas curtas começa a desenvolver-se o telefone dá saltos em melhoramento.

Essas ferramentas tecnológicas vão evoluir com advindo da segunda grande guerra. Os navios com motores a explosão mais rápidos, aviões de passageiros transcontinentais, o radio o telefone a imprensa e a conseqüência óbvia um encurtamento de tempo da informação, mesmo assim manteve resistente a velha e boa carta como meio seguro de comunicar e informar.

Após a segunda grande guerra o mundo foi dividido em blocos, dessa divisão, a informação e a contra-informação fez desenvolver a piscar de olhos as tecnologias da comunicação humana. Criam-se os computadores como capacitância de armazenamento de conhecimento tecnicocientífico, desenvolve--se todos os conhecimentos pesquisadosem relação a informação como forma de poder de controle, domínio e o pressão do ser humano.

Quando caiu a cortina de ferro no meado dos anos oitenta, a humanidade pôde perceber o quanto havíamos viajado na comunicação desde a pedra polida imprimindo história na parede das cavernas e do pergaminho egípcio. Deparamo-nos com o computador e sua capacidade de armazenamento de dados o telefone celular, que a partir da década de noventa vai se popularizar como ferramenta de informação. Viramos o século na capacidade de informação simultânea, informação no tempo real. Contudo, uma ferramenta se manteve pelos séculos, a carta. Resistente a todas as formas de instrumentalização, ganhou velocidade levou saberes, trouxe pareceres e quase derrotada pela união do computador com a telefonia celular, a carta aliou-se aos novíssimos instrumentos da tecnologia e virou E-mail após um clique. Essa é hoje a velocidade da universalização da informação na rede mundial, um clique.


Autor: Alberto Silva


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