Novas Doenças, Velhos Responsáveis



Vivemos hoje uma ameaça a saúde da população mundial com a presença do vírus A – H1N1, ou seja, um velho conhecido, o vírus da Influenza, responsável pela gripe. Faz necessário lembrar que não só a gripe nos ameaça, mais quase todas as doenças, principalmente as causadas por outros seres vivos, as quais sempre lutamos.Como pode velhos conhecidos ser tão ameaçador? Para tentarmos responder a esta pergunta temos que retroceder ao tempo.

O homem e todos os outros seres vivos devem manter-se em equilíbrio em seus ambientes, garantindo com isto, realizar o grande objetivo da espécie – manter-se presente geração após geração. O equilíbrio é fundamental, pois, permite o tempo de vida suficiente para a reprodução.

Neste equilíbrio encontramos várias relações biológicas, as que favorecem a sobrevivência da espécie e outras, tão importante quanto a anterior, porém negativas, cuja agressão e inviabilidade, mantém a populações em limites toleráveis. Uma destas relações importantes é o parasitismo. Uma relação entre espécies diferentes, desarmoniosa e altamente específica.

O homem, na sua evolução, comporta-se como apanhador de frutas, caçador, desenvolve agricultura e torna-se criador, promovendo a domesticação de animais.

Porém, em uma opinião pessoal, entendo que a maior evolução do homem foi cultural, com a sua inteligência e sua imaginação, sendo capaz de superar muitos dos desafios impostos pelo ambiente, e as ameaças de rompimento ao equilíbrio que mencionei algumas linhas acima. Nesta evolução cultural temporal, encontramos a criação de utensílios, instrumentos para obtenção de uma melhor alimentação, a descoberta do fogo, do antibiótico, das vacinas, e muitas outras que inclusive estarão por vir. Com todas estas mudanças conseguimos o que parecia impossível a uma espécie – aumentar o tempo de vida.

Devo chamar atenção também pelo fato das doenças, principalmente as parasitárias, de provocarem respostas tão diferentes na mesma espécie. È comum neste período que estamos, com o clima mais frio, as pessoas desenvolverem a gripe, pois a tendência é ficarmos em ambientes mais fechados, com pessoas mais aglomerados. Entretanto, algumas pessoas ficaram muito gripadas, outras levemente gripadas e algumas, sem qualquer manifestação de gripe. Esta situação, que sempre atribuímos a estas pessoas, a capacidade de maior resistência, como por exemplo na gripe, é devido a uma variabilidade do seu patrimônio genético. Há muito tempo sabemos que todas as espécies são formadas pelos mesmos elementos químicos e pelo mesmo material genético. Apesar disto, nem todos os organismos tem o mesmo patrimônio genético. Esta heterogeneidade é uma das responsáveis pelas diferentes respostas dos hospedeiros e seus parasitos.

Neste caso, se nós humanos evoluímos fica fácil imaginar que todos os outros seres vivos também evoluíram, encontrando caminhos alternativos as nossas intervenções, justificando em parte as diversas doenças, tão antigas quanto o próprio homem, que nos assombram até os dias de hoje.


Autor: josé roberto borelli barros


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